Resenha do Filme Som da Liberdade (2023) com Jim Caviezel

É elementar que a missão do filme “Som da Liberdade” (‘Sound Of Freedom’, 2023) transcende o mero prazer do entretenimento efêmero, tão recorrente nas produções cinematográficas contemporâneas; o diretor mexicano Alejandro Monteverde alerta o mundo sobre a exploração e o tráfico sexual infantil através de uma história baseada em acontecimentos reais, vividos in loco, pelo ex-agente especial do Governo Americano Tim Ballard interpretado sob uma entrega intensa e contagiante de Jim Caviezel.


A história da produção “Som da Liberdade” tem como propósito mostrar e denunciar ao mundo a real existência das redes internacionais de tráfico de crianças. Para isso, o diretor Monteverde inspirou o roteiro com base no trabalho realizado por Ballard. Timothy Ballard é um ex-agente especial da “Homeland Security Investigations” (HSI) e o fundador e ex-CEO da Operation Underground Railroad (OUR), uma organização sem fins lucrativos anti-tráfico sexual.

Momento que Tim Ballard resgata o garotinho Miguel Aguilar.
Cena na qual Tim Ballard se emociona ao ver e resgatar o garotinho Miguel Aguilar do domínio de um pedófilo, em operação realizada na fronteira México-Estados Unidos.

Angel Studios acredita em princípios, por isso Sound of Freedom

O longa-metragem começou a ser escrito em 2015 e filmado em 2018 com produção da 21st Century Fox. No ano seguinte, em 2019, a The Walt Disney Company comprou a 21st Century Fox e o projeto “Som da Liberdade” foi jogado ao limbo, por longos 5 anos, até que a pequena Angel Studios – estúdio cristão, responsável também por produzir a série bíblica de sucesso “The Chosen” (‘Os Escolhidos’) – recomprou o filme e assim adquiriu os direitos da obra cinematográfica para trabalhar em mais alguns detalhes e então, finalmente, lançá-lo comercialmente.

Considerada uma produtora de pequeno porte, a Angel Studios é a responsável por tirar a poeira de cima do projeto corajoso liderado pelo produtor Eduardo Verástegui (que também atua no papel de Pablo Delgado, personagem que ajuda a financiar a operação principal liderada por Ballard dentro do filme. Na vida real, Verástegui trabalha como um dos produtores, profissional responsável em investir do seu próprio capital ou captar recursos financeiros de terceiros para custear os gastos e despesas da presente obra) e o diretor Alejandro Monteverde.

Vale um adendo aqui para um detalhe divino quanto à decisão da Angel Studios de recomprar o projeto “Sound of Freedom”: logo após o produtor de cinema Eduardo Verástegui ter conhecido Ballard, ele se sentiu chamado a fazer o filme para aumentar a conscientização sobre a indústria do tráfico sexual. O orçamento para a produção do filme foi de apenas US$ 14 milhões (R$ 68 milhões), até o momento em que escrevo o filme já ultrapassou a receita mundial de US$ 200 milhões (mais de R$ 1 bilhão) em todo o mundo. Segundo dados da Comscore, entre os dias 28 de setembro e 1º de outubro a produção teve público de 521,3 mil pessoas e bilheteria de R$ 7,27 milhões.

Mais que uma resenha crítica de Som da Liberdade

A sinopse do filme “Som da Liberdade” é a seguinte: Tim Ballard (Jim Caviezel) é um agente federal dos Estados Unidos que atua para desmantelar redes de pedofilia na internet e colocar os envolvidos atrás das grades. Ao término de uma operação, o policial se encontra incomodado e decepcionado com os resultados e se arrisca em uma missão de vida: abandonar a sua carreira de policial para fundar a sua própria ONG e ir atrás de criminosos responsáveis por formar uma complexa rede internacional de tráfico infantil na Colômbia, além de fazer um resgate em plena mata colombiana, dentro de um território rebelde, domínio em que ninguém entra, nem exército, muito menos polícia. O objetivo nessas investidas é encontrar e resgatar o maior número possível de crianças sequestradas.

De uma coisa eu garanto a você: o enredo do filme “Som da Liberdade” está envolto em um tema brutal, complexo e delicado que envolve crianças. Entretanto, não se preocupe com as cenas em que as crianças contracenam, o diretor foi prudente ao evitar a exposição dos atores mirins às cenas de violação sexual, para esses momentos de tensão extrema e brutalidade, o diretor Alejandro Monteverde utilizou da sutileza e da sugestão sem mostrar a concepção do ato.

A entrega em harmonia com a sinceridade artística dos atores aparecem cristalinas em cada encenação, está explícito no semblante, na profundidade do olhar, na entoação do falar. Garanto a você que o elenco está em plena sintonia artística, não comete falha em nenhum momento, um deslize sequer. No lado dos adultos sobressai a entrega do experiente ator Jim Caviezel sob a pele do personagem inspiracional Tim Ballard. Já pelo lado infantil, acredito que você vai se emocionar bastante com a atuação dos irmãos hondurenhos Rocío e Miguel, respectivamente interpretados pelos atores mirins Cristal Aparicio e Lucás Ávila.

Os irmãos Rocío e Miguel com outras crianças raptadas dentro de um contêiner.
Em cárcere privado dentro de um contêiner, os irmãos Rocío e Miguel em companhia de outras crianças sequestradas gritam por socorro.

O impacto provocado em quem assiste “Som da Liberdade” é sentido logo nos derradeiros minutos iniciais do filme, o diretor não poupa a tensão e faz com que você se sinta apreensivo na sua poltrona, descarregando o nervosismo em seus já “tocos” de unhas, enquanto o drama se constrói na tela à sua frente. É inevitável não prever o que vai acontecer nos minutos seguintes, quando se apresenta a personagem Giselle (Yessica Borroto Perryman) batendo à porta da casa da pequena Rocío (Cristal Aparicio) para fazer uma proposta ao seu pai que os levarão, também ao seu irmão, a um caminho infernal. Daqui em adiante é transmitido um sentimento de angústia tremendo, sobretudo para quem é pai ou mãe. Pesado.

A trilha sonora do compositor espanhol Javier Navarrete é um ponto técnico elementar e que cumpre com o seu objetivo de dar intensidade emocional à cena e por consequência refletir em nossa percepção. Por falar em sonora, a composição da cena em que é revelado – pela fala do personagem Vampiro (Bill Camp) – a fonte de inspiração que nomeou a produção “Sound of Freedom” (no idioma original), acredito que muitas pessoas vão engolir à seco, pasmos diante da imagem que traduz em uma revelação audiovisual o nome do filme.

Pelo fato da produção ser inspirada em acontecimentos reais vividos com afinco por Tim Ballard, o personagem principal, a história nos choca e nos desperta para a reflexão ao tema. Se há exagero ou não, pouco me importa e em nada influenciaria a minha opinião quanto a qualidade da obra cinematográfica em foco e, além disso, admiro a causa pela qual o projeto corajosamente se posicionou frente a um assunto sensível e espinhoso, o primeiro pelo fato de envolver o tráfico sexual infantil e o segundo devido ao possível envolvimento de pessoas milionárias e influentes que contribuem para a sustentação do tráfico infantil, assim relatado pelo próprio Ballard.

Não há o que discutir quando o assunto desemboca na atuação de Jim Caviezel, a competência profissional do ator e a conexão instantânea com o espectador é rara nos dias de hoje, sem citar a questão da coragem que o ator teve ao interpretar Jesus Cristo no filme “A Paixão de Cristo” (2004, Mel Gibson), pois mesmo o calejado Gibson tendo alertado Caviezel sobre as consequências previstas – do cancelamento e destruição da sua carreira por parte da indústria de Hollywood – caso o papel no filme cristão fosse aceito, o jovem e destemido ator – à época em que tinha aceito o papel, tinha 33 anos de idade (idade de Jesus quando foi crucificado) – abraçou o projeto e carregou a sua cruz até a conclusão de um trabalho magnânimo, que permanece até hoje como a melhor interpretação de Cristo.

Primeiro encontro de Tim Ballard e Vampiro.
Em Cartagena: Ballard é apresentado a Vampiro por intermédio de seu amigo leal, o oficial colombiano Jorge (Javier Godino), localizado no centro da imagem.

Antes dessa atuação, Caviezel era considerado uma estrela ascendente em Hollywood, no entanto tudo mudou logo após o término da produção no ano de 2004: sua ascensão se voltou para uma conversão ao declive por conta de um ataque covarde dos meios seculares e de uma poderosa organização judaica que considerou “A Paixão de Cristo” anti-semita. Contudo, o ator ascendeu ao céu não entre as estrelas de Hollywood, muitas delas decadentes, mas sim no meio de Deus, por via da sua conversão ao cristianismo (Católico) assim que finalizou as gravações do filme de Gibson. Este, vale lembrar, é creditado em “Som da Liberdade” como produtor executivo.

De volta ao filme pela qual esta resenha crítica se dedica, é curioso a qualidade na arte da interpretação de Jim Caviezel nos momentos em que seu personagem precisa interpretar outro personagem – destaque para os momentos em que ele se encontra na companhia do mafioso com aparência de tiozão do pavê, o Vampiro, que aparece em cena sobre a boa atuação de Bill Camp.

O processo quanto a preparação à entrada no “campo minado”, tendo em vista a partida à missão derradeira do filme, coloca Tim Ballard e Vampiro contracenando lado a lado, enquanto nos prepara para momentos de tensão plena, levando-nos a uma misturado de sentimentos que oscilam da raiva ao nojo o tempo todo, principalmente quando vemos todas aquelas crianças desamparadas, em meio a corja de pessoas da pior espécie, tudo isso sobre os olhares de perplexidade que a dupla precisa se submeter para que a missão de resgatar o maior número de crianças seja finalizada com sucesso.

Em 2 horas de 11 minutos o filme transcorre a sua história em diversos campos do gênero cinematográfico, dos quais o drama é onipresente a todo momento, o peso angustiante que ele nos transfere é efêmero ao sentimento de impotência e dor que muitos pais de filhos raptados estão passando neste exato momento em que você lê este texto. A produção “Sound of Freedom” é um farol a iluminar um campo em trevas para as crianças que sofrem na ausência do amor sentido quando presentes na companhia daqueles que mais as amam, os pais. Estes, muitas vezes desamparados pela justiça terrena, se fixam na esperança última da justiça divina, na qual o reencontro está para acontecer em um novo alvorecer.

Sound of Freedom é o pequeno Davi lutando contra grandes Golias

Na Bíblia está escrito em I Samuel, 17 a história da luta mortal entre Davi e Golias: o primeiro, um pequeno e jovem pastor de ovelhas, Davi; já o segundo, um homem de guerra gigante e experiente, Golias. O resultado final do confronto: Davi, munido de fé, coragem, confiança em Deus e com as habilidades necessárias para superar o desafio, derrota o imenso Golias com um único e providencial golpe na fronte do filisteu, aplicado com uma única pedra lançada por meio de uma funda (ou fundíbulo).

Cito a história bíblica escrita no trecho acima – de maneira bem sucinta – como uma figura de linguagem, uma metáfora, frente a batalha que o filme independente “Som da Liberdade” e todos os profissionais envolvidos combateram, combatem e combaterão contra as inúmeras e absurdas tentativas de cancelamentos e boicotes de uma volumosa força da qual fazem parte a grande mídia progressista alinhada aos críticos e a Hollywood, sendo a imensa maioria militantes da cultura woke.

Para aproveitar a citação bíblica, no Novo Testamento, Timóteo é um discípulo conhecido por ter boa reputação e que fora chamado por Paulo (Paulo de Tarso) para ser companheiro do apóstolo na suas viagens missionárias, foi também o destinatário de duas das epístolas paulinas (Corpus Paulinum): I Timóteo e II Timóteo. No filme Tim Ballard recebe das mãos de Miguel uma medalhinha da capela de São Timóteo, presente dado ao menino pela sua irmã, também sequestrada. No verso da pequena medalha está gravado o versículo registrado na Bíblia, em I Timóteo, 6:11: “Hombre de Dios, sigue la justicia, la piedad, la fe el amor.”  Neste momento Ballard dá início a uma cruzada que vai de encontro à passagem bíblica e ao significado do seu primeiro nome Timothy (Timóteo): “honrando a Deus”.

Som da Liberdade não é política, é combate contra o tráfico infantil

Toda essa horda barulhenta afogada em hipocrisia e ódio está contra um filme que conta a trajetória de um policial estadunidense que decide deixar de trabalhar para seu governo e seguir uma jornada com um propósito de vida sublime: combater o tráfico infantil e resgatar crianças da mãos de pedófilos e entregá-las para suas famílias.

Por que será que a “turma da lacração” investe tanta energia para destruir um filme cujo enredo tem um homem comum que por um momento coloca a sua própria família em segundo plano para arriscar a vida ao cometer uma ação heroica, combater o mal e salvar as crianças? Um absurdo inexplicável, agravado ao classificar o filme como pauta da direita (O QUE!?). Escrevo mais uma vez para lembrá-lo: É UM FILME SOBRE TRÁFICO INFANTIL, UM PROBLEMA DO MUNDO REAL.

Para mim – e acredito que para uma grande maioria das pessoas que tenham repulsa absoluta pelo rapto, tráfico e exploração de crianças -, a questão que mais importa em “Sound Of Freedom” não está em nada relacionado à política ou à ideologia em que a pessoa acredita, seja ela um profissional envolvido no filme ou um mero cidadão que assiste e gosta (como este que vos escreve), menos ainda se a história realmente é baseada em fatos reais ou mera história de ficção; o que importa para mim, na real, – e atrai a minha intenção e interesse em assistir “Som da Liberdade” – é a causa pela qual a produção se debruça em combater e conscientizar aqueles que assistem: a exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes.

Peço licença, amado leitor, para abrir aspas e infelizmente destacar a posição do Brasil dentro do ranking de exploração infantil, realizado pelo Instituto Liberta:

o Brasil é o segundo país na classificação quanto a exploração sexual de crianças e adolescentes! Conforme um panorama organizado pelo próprio Instituto Liberta, por ano, no Brasil, o número de vítimas é de 500 mil.

Diante dessa estatística replicada em destaque acima e do tema que abrange um problema sério da vida real, que precisa despertar com urgência o interesse seu, meu e de todo o mundo. Eu garanto a você: no roteiro de “Som da Liberdade” não existe nada sobre política, o que tem de politizado é a cabeça de quem associa um tema tão sério às teorias da conspiração, ou que tentam impelir à imagem do filme as suas próprias teorias conspiratórias. Enfim, o filme somente direciona as luzes da ribalta à causa-mor da qual devemos, munidos de muita fé em Deus e coragem, combater até o nosso último suspiro, para que mais uma criança não venha somar às outras vítimas inocentes ainda sobrevivendo ou jaz. Quem sabe?

Inté, se Deus quiser!

NOTA: Nota do crítico - 5 estrelas (excelente!)

 

Trailer

Pôster
Pôster do filme "Som da Liberdade" (2023)

Curiosidades sobre Som da Liberdade

  • Contra a vontade dos produtores, Tim Ballard insistiu pessoalmente para que Jim Caviezel o interpretasse no filme;
  • A Angel Studios financiou por crowdfunding as despesas de distribuição e marketing;
  • O filme foi concluído em 2018, mas demoraria anos a ser lançado, uma vez que os realizadores foram recusados por várias empresas de distribuição por não quererem o filme associado à sua produção, como a Netflix;
  • A 20th Century Fox estava inicialmente encarregada de distribuir o filme, mas este foi adiado quando o estúdio foi comprado pela Disney;
  • Superou o seu orçamento nos dois dias seguintes à estreia;
  • Jim Caviezel considera este o seu papel de ator mais importante desde que interpretou Jesus em “A Paixão de Cristo”, de 2004;
  • Ao final dos créditos principais, Jim Caviezel transmite uma “mensagem especial” ao público do cinema. Nela, fala de como as crianças da história são os verdadeiros heróis e de como o elenco e a equipe acreditaram tanto no filme que ultrapassaram várias barreiras para chegar às salas de cinema (referindo-se ao intervalo de cinco anos entre a conclusão do filme e a sua estreia). No final, ele pediu aos espectadores que pegassem seus telefones e usassem o site na tela para comprar ingressos para outras pessoas, apelando a que as restrições financeiras não impedissem as pessoas de ver o filme. Esta tática de marketing altamente arriscada, combinada com as participações em podcasts de Jim Caviezel e Tim Ballard, parece ter funcionado: após três semanas nas salas de cinema, tornou-se o primeiro filme independente a ultrapassar os 100 milhões de dólares de bilheteria na era pós-pandêmica, segundo a Variety;
  • Tim Ballard fundou uma organização de caridade antiescravidão chamada “Operation Underground Railroad” em outubro de 2013 em Salt Lake City, Utah. No lançamento do filme, ela estava sediada em Anaheim, Califórnia. A organização participa regularmente em conferências anti-tráfico de seres humanos, realizou operações policiais e apoia financeiramente as agências de aplicação da lei durante operações de tráfico de seres humanos;
  • Mira Sorvino ficou impressionada com os atores que interpretam as crianças que Ballard tenta proteger, descrevendo suas atuações como “de partir o coração e lindas”;
  • Lila Rose, podcaster, entrevistou Eduardo Verastegui (“Paul” no filme), que mencionou que as crianças que atuaram no filme não foram informadas sobre o enredo ou o contexto das cenas em que estavam. Isso foi para evitar qualquer trauma desnecessário na atuação das cenas. Isto também é contrário às opiniões da mídia pública, que muitas vezes culpou o filme por traumatizar desnecessariamente as crianças durante sua produção;
  • No lançamento do filme, Ballard tinha nove filhos com sua esposa há 11 anos. Dois deles foram adotados em uma operação policial que ele e sua organização realizaram no Haiti, quando ele não conseguiu encontrar seus pais. Eles residem em Utah desde o lançamento do filme;
  • Jim Caviezel e Gerardo Taracena estrelam este filme, mas ambos são mais conhecidos pelos filmes em que atuaram, dirigidos por Mel Gibson. “A Paixão de Cristo” (2004) e “Apocalypto” (2006) respectivamente;
  • Terceira produção que Mira Sorvino estrelou sobre tráfico sexual. Ela participou da minissérie de TV de 2005 “Tráfico Humano” e do filme de 2012 “Tráfico de Inocentes”, no qual coestrelou com Dermot Mulroney;
  • O filme conquistou o primeiro lugar de “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” em 4 de julho de 2023.

Ficha técnica

Diretor: Alejandro Monteverde.
Roteiro: Rod Barr e Alejandro Monteverde.
Produtores: Dave Adams, Carlos Alvarez Bermejillo, Lukas Behnken, Ryon Bingham, Gladys Bolivar, Camilo Buendia, James Burnett, Cecilia Coppel, Tomas Cordoba, John Couch, John Paul DeJoria, Patricio Slim Domit, Archie Drury, Teresa Gaviria, Mel Gibson, Thomas Hall, Tricia Halloran, Jaime Hernandez, Paul S Hutchinson, Whitney Kroenke, Michael Manhardt, Carlos Martinez, Keith Mason, Andrew McCubbins, Tim McTavish, Brian Norton, Mickey O’Hare, Sybil Robson Orr, Warren Ostergard, Tom Paschall, Anthony Robbins, Geoff Sando, Leo Severino, Jason Shurka, Matt Stover, Renee Tab, Delmont Truman, Christopher Tuffin, Bob Unahue, Eduardo Verástegui, J. Eustace Wolfington e Sean Wolfington.
Diretor de fotografia: Gorka Gómez Andreu.
Editor: Brian Scofield.
Design de produção: Carlos Lagunas.
Figurino: Isabel Mandujano e Juliana Poveda.
Cabelo e maquiagem: Alejandra Basabe, Waldo Sanchez, Amanda Nicole Stockham, Olga Turrini Bernardoni.
Música: Javier Navarrete.
Elenco: Jim Caviezel, Bill Camp, Cristal Aparicio, Javier Godino, Lucás Ávila, Yessica Borroto Perryman, Manny Perez, Eduardo Verástegui, Samuel Livingston, Gustavo Sánchez Parra, Kris Avedisian, José Zúñiga, Carlos Gutiérrez, Hector Lucumi, Mauricio Cujar, Gary Basaraba, Gerardo Taracena, Scott Haze, Valerie Domínguez, Mira Sorvino, Kurt Fuller, María Fernanda Marín, Estela Monteverde, Jerónimo Barón, Ethan L’Hoeste, Ariel Sierra, Jaime Newball, Jairo Ordoñez, Joseph Fuzessy, Ali Landry Monteverde, Camilo Colmenares, Alina Lozano, Matt Osborne, Gustavo Angarita Jr., James Quattrochi, Alanis Escobar, Alison Soto, Karen Cardona, Sharon Pérez, Thali Georges, Eduardo Gomez Monteverde, Alejandro Muela, Collin Reisenauer.

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