Filme "Oppenheimer" (2023), Christopher Nolan

Resenha do Filme Oppenheimer (2023, Christopher Nolan)

Não pense que o filme “Oppenheimer” tem como núcleo a bomba atômica. A arma nuclear, é óbvio, faz parte da trama, mas não é nela que a câmera do diretor Christopher Nolan procura focar. O personagem principal desta história é composto de carne, osso e quociente de inteligência bombado; o pai da matéria a ser cinebiografado é na verdade o “pai da bomba atômica”, Oppenheimer (Cillian Murphy), ou Oppie para os mais próximos.


Christopher Nolan utilizou como base para o roteiro desta cinebiografia, o livro biográfico de J.R. Oppenheimer, a obra ganhou diversos prêmios, em especial a conquista de um Prêmio Pulitzer na categoria “Biografia ou Autobiografia”, em 2006. A biografia do físico teórico foi escrita a quatro mãos pelos autores Kai Bird e Martin J. Sherwin, durante um período de vinte e cinco anos.

Quando lemos ou escutamos o nome bomba atômica é inevitável pensar lá no início da segunda metade da década de 1940, no final da Segunda Guerra Mundial, os ataques nucleares dos Estados Unidos da América às cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Do avião bombardeiro B-29, o “Enola Gay“, foi lançado à primeira cidade a bomba de codinome “Little Boy” (bomba de fissão de urânio), no dia 6 de agosto de 1945. Em 9 de agosto do fatídico ano, apenas três dias após o primeiro ataque nuclear da história, outro avião bombardeiro B-29 (apelidado de ‘Bockscar‘, ou ‘Bock’s Car‘) lançou sobre a segunda cidade nipônica a bomba de fissão de plutônio, apelidade de “Fat Man“.

Essas duas bombas lançadas sobre as cidades japonesas foram as únicas até então a serem utilizadas durante uma guerra. Antes de utilizá-las para valer, os Estados Unidos conduziu o primeiro teste de arma nuclear dentro do “Projeto Manhattan”, no dia 16 de julho de 1945, no Novo México, foi posto em prática a experiência Trinity, nome da bomba de plutônio de implosão, o mesmo tipo de arma utilizada posteriormente em Nagasaki (Japão).

Logo após a passagem da onda de choque da Experiência “Trinity“, instaurou a “Era Atômica”, designada “Era Nuclear”. Esse período da história – também conhecida como “Idade Atômica” – foi intensificada após a utilização em larga escala da tecnologia nuclear que culminou na destruição em massa das cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, e das milhares de pessoas mortas (cálculos conservadores estimam que até o último mês de 1945 haviam cerca de 110 mil pessoas mortas, em ambas as cidades; outros estudos calculam mais de 210 mil vidas ceifadas).

Na rabeira do fim da Segunda Guerra Mundial, o conflito travou entre a ex-União Soviética e dos Estados Unidos, o périodo de tensão geopolítica entre as duas superpotências mundiais polarizou o mundo em dois grandes blocos: o Oriental (bloco socialista, liderado pela URSS) e o Ocidental (bloco capitalista, liderado pelos EUA). A Guerra Fria inicia com a “Doutrina Truman”, lançada no discurso do então presidente estadunidense Harry S. Truman, diante do Coingresso de sua nação, no dia 12 de março de 1947; e termina com a dissolução da União Soviética, no dia 26 de dezembro de 1991.

Os acontecimentos resumidos acima e seus diversos personagens fazem parte do roreito adaptado de Christopher Nolan e estão – e são – representados na esplendorosa captação de som e imagem assinadas pela grife C. Nolan em parceria com o compositor de cinema sueco Ludwig Göransson, o diretor de fotografia holandês Hoyte van Hoytema e a constelação de superelenco, que tem como estrela mais brilhante o ator irlandês Cillian Murphy.

A semelhança física de Murphy e seu personagem-título incrementa a sua potência interpretativa, que aliás adentra ao íntimo caótico do biografado, as cenas e imagens em que somos os intrusos dentro da cabeça do criador da bomba atômica, captam lapsos de tensão e terror imaginados na consciência do homem diante do dilema em torno da potencialidade destrutiva que a sua criação provocará às pessoas, ao mundo e ao próprio criador, um fardo do qual Chris Nolan capta produndamente nas cenas do Teste Trinity, momento em que, meio do deserto do Novo México, é detonado a primeira bomba atômica; sequência onde a junção do design de som e imagem conjugam-se concomitante.

É claro o saber quanto ao climax do filme, espera-se ver – e principalmente escutar – o detonar e a sequência explosiva da bomba atômica (Trinity), neste momento somos surpreendidos pela inteligência da direção à maneira como nos é transmitida a explosão, no momento derradeiro o sistema de som da sala de cinema é tomada pelo peso do silêncio pertubador, momento em que somos impactados por uma onda de cosnciência que imagino levar a um pensamento coletivo diante das consequências de que o sucesso do Teste Trinity causaria futuramente, tratando-se de uma arma de guerra impiedosa, de poder destrutivo capaz de aniquilar do tempo e espaço qualquer coisa ou ser. A chegada estrondosa do som oriundo da detonação da bomba atômica Trinity estremece a alma.

Apesar de achar os longínquos 180 minutos de duração, essas 3 horas de filme transcorrem inperceptível no tempo, o banheiro e o bocejo ficam para segundo plano, no transcorrer dos créditos finais, graças a inquestionável qualidade técnica e narrativa já tantas fezes aprovadas em produções anteriores assinadas por Nolan & Cia.

Albert Einstein é o gênio da física que se faz presente na biografia de J. Robert Oppenheimer, sua participação é pontual e em ação transmite carisma através da interpretação de Tom Conti. Para mim, caso no futuro venha ser produzido cinebiografia do pai da Teoria da Relatividade, o ator deve repetir o seu personagem. Ainda neste bloco, faço questão de trazer à tona outros atores que merecem os elogios devido a excepcional prestação de serviço executada em cena: Florence Pugh como Jean Tatlock, Emily Blunt como Kitty Oppenheimer, Josh Hartnett como Ernest Lawrence, Kenneth Branagh como Niels Bohr, Matt Damon como Leslie Groves e uma das melhores performances dele, Robert Downey Jr. como Lewis Strauss.

Os envolvidos no departamento de som merecem os aplausos, pois um dos quesitos técnicos de maior destaque cai sobre os ombros dos profissionais responsáveis pelo departamento design de som. As diversas explosões de bombas ouvidas ao longo do filme são sentidas com tamanha perfeição sonora que quem escuta chega até a esboçar uma reação de tapar os ouvidos tamanho é o realismo do som.

Abro um parênteses aqui para testemunhar em palavras uma atitude coletiva que aconteceu dentro da sala de cinema: eu percebi, em meio a tensão da contagem regressiva, anuncia que o detonador da bomba atômica está carregado, nesse momento algumas pessoas levaram os dedos indicadores ao ouvido para abafar o som da explosão, mal sabiam a surpresa que viria logo após a detonação.

A biografia de J. Robert Oppenheimer é pautada sobre três temas principais: história, ciência e política, respectivamente inseridas no roteiro do drama. Apesar do filme seguir uma narração seguindo a cronologia dos fatos, há na edição saltos temporais regressivos e evolutivos, ambos visitados e revisitados ao longo da história, como guia para saber em que tempo a história transcorre, o diretor, junto aos editores, utiliza imagens coloridas e imagens em preto e branco: o passado é retratado em imagem colorida, enquanto o futuro se passa em imagem preta e branca. Um recurso de edição simples, mas e que ajuda na estética do filme e na questão de localização temporal.

Chris Nolan é um mestre quanto a filmar suas obras cinematográficas para o formato IMAX de 70 mm (para a exibição em IMAX, obteve-se um rolo de filme de 280 kg e 18 km. Em todo o mundo, somente 30 salas de cinema foram planejadas para exibir esta versão do longa-metragem, nenhuma sala no Brasil), em “Oppenheimer” o diretor faz da tecnologia audiovisual um potencializador da qualidade estética e técnica contida em sua arte fascinante. A parceria com o diretor de fotografia Hoyte Van Hoytema preenche a tela de fortes emoções expressadas principalmente através da atuação magneticamente majestosa de Cillian Murphy, capaz de nos impossibilitar ao menos uma única piscadela diante dos frames.

Os diálogos carregados em meio a toda tensão, nos entrega interpretações de uma régua de qualidade artística no patamar das mais elevadas, o dilema moral está no centro do filme, raciocínio perturbador que ocupa um espaço significativo dentro da cabeça brilhante de J. Robert Oppenheimer, todo o seu conhecimento teórico de mecânica quântica e física é materializado na bomba atômica. Nos minutos finais do filme, várias questões que incluem jogo político, traição, conspiração, investigação e julgamento ficam claras e totalmente expostas dentro e fora de Los Alamos.

Agradou-me a decisão de Christopher Nolan quanto a limitar a detonação somente à fase de teste realizado no deserto. A ausência das bombas em plena guerra mostra a grandeza ética de Nolan quanto às vítimas e a própria nação do Japão. Há notícias de que a estreia de “Oppenheimer” na “terra do sol nascente” não deva acontecer, caso se concretize não seria nenhuma surpresa devido a motivos óbvios para os japoneses.

Dentro do roteiro desta produção surgem várias frases de efeitos, muitas delas já ouvidas pelo público em geral, que causam impacto quando vistas e ouvidas, muitas são verdadeiros estopins para reflexões filosóficas sobre o futuro do mundo após a invenção bélica, causa de interesse principal de muitas pessoas em assistir a esta produção épica. Dessas frases, destaco a fala de J. Robert Oppenheimer: “Agora eu me tornei a Morte, a destruidora de mundos”.

Na cena final é perceptível o peso do mundo jogado com todas as forças sobre as costas do “pai da bomba atômica”, junto do seu “descarte” por parte do governo estadunidense, uma vez comprovada o sucesso do nascimento do seu “filho”. É devastador ver através da espressão final de J. Robert Oppenheimero a visão dele quanto ao futuro do mundo. Rezo para que Deus não permita que a visão que Oppie teve ao final de sua cinebiografia não venha tornar realidade hoje (NEM NUNCA), por meio da Guerra Russo-Ucraniana. Amém!

Inté, e que Deus nos proteja, se Ele quiser!

Nota: Nota do crítico: 4 estrelas (ótimo)

 

O porquê do “Prometeu Americano” no título do livro de Oppenheimer

O nome do titã da mitologia grega, Prometeu, presente no título do livro, é utilizado como referência por ser o responsável em ter roubado o fogo de Héstia (a deusa virgem grega do lar, lareira, arquitetura, vida doméstica, família, estado e fogo místico) e dá-lo aos mortais; atitude essa claramente associada a J. Robert Oppenheimer devido a sua bomba atômica, dando aos humanos o poder de utilizá-la para se destruírem.

Prometeu foi um titã (da segunda geração) que tinha Jápeto (filho de Urano, incesto entre Urano e Gaia) como pai, irmão de Atlas, Epimeteu e Menoécio; quanto à sua mãe, Tétis é citada por algumas fontes, enquanto outras fontes, neste caso Pseudo-Apolodoro, apontam para Ásia.

 

Trailer

Pôster

Pôster do filme "Oppenheimer" (2023)

Curiosidades sobre Oppenheimer

O conteúdo abaixo contém espoiler!

  • Para que as seções em preto e branco do filme fossem filmadas com a mesma qualidade do resto do filme, a Kodak produziu um suprimento limitado de seu filme preto e branco Double-X em 70 mm. Este filme foi escolhido especificamente por sua herança – foi originalmente vendido a fotógrafos como Super-XX durante a Segunda Guerra Mundial e era muito popular entre os fotojornalistas da época;
  • A cena de detonação Trinity usa uma combinação de efeitos práticos e composição digital. Múltiplas explosões foram realizadas de forma prática, com um híbrido de gasolina, propano, alumínio e substâncias de magnésio envolvendo grandes miniaturas. Eles foram filmados em alta velocidade de vários ângulos e, em seguida, colocados em camadas usando efeitos digitais para criar a icônica “nuvem em forma de cogumelo”;
  • Várias cenas foram filmadas em Los Alamos e Princeton. Tom Conti achou “realmente muito engraçado” andar por Princeton e ver as pessoas reagirem a ele vestido de Albert Einstein;
  • O físico Enrico Fermi chega para assistir ao teste Trinity no final do filme. Fermi é famoso, entre outras coisas, pelo Paradoxo de Fermi, um experimento mental que questiona por que os seres humanos nunca observaram evidências de vida inteligente em outros lugares do universo. Um possível motivo para isso é que qualquer espécie suficientemente inteligente pode inevitavelmente se exterminar por meio de um comportamento autodestrutivo. A criação de armas nucleares, especialmente quando Edward Teller e outros físicos temiam que a bomba de fissão que estavam construindo pudesse incinerar o planeta, foi um desses momentos de “Grande Filtro” na história da humanidade;
  • O diretor de fotografia Hoyte Van Hoytema, quando entrevistado no talk show holandês Zomergasten (1988) em 2023, disse que nenhum quadro do filme foi planejado. Para ele, essa é uma das produções mais livres que Christopher Nolan e ele fizeram até agora. Eles também preferiram, por uma questão de princípio, filmar o menor número possível de tomadas de uma cena. Por causa do foco raso das lentes IMAX de grande angular, às vezes um ator fica um pouco fora de foco, mas se a energia da tomada parecer correta, eles a deixam assim;
  • A partitura que toca depois que Niels Bohr (Kenneth Brahnagh) pergunta a um jovem Oppenheimer se ele consegue “ouvir a música” ao discutir sua comparação entre a matemática e a música consistia em 21 mudanças de andamento separadas e levou 3 dias para ser composta, apesar de ter apenas 107 segundos. Devido à sua complexidade, o compositor Ludwig Göransson queria gravar a partitura em segmentos, mas com o convencimento de sua esposa, Serena, e uma série de técnicas de gravação especializadas, a partitura foi gravada em uma única tomada contínua;
  • Ultrapassou “Bohemian Rhapsody” (2018) como o filme biográfico de maior bilheteria em todo o mundo;
  • Quando lhe perguntaram que nome ele gostaria de dar à bomba em Los Alamos, Oppenheimer murmurou “Batter my heart, three-person’d God” (Força meu peito, Deus trino) antes de dizer “Trinity”. Essa frase foi tirada da primeira linha do “Holy Sonnet 14” (Soneto Sacro XIV) de John Donne, que se refere à Santíssima Trindade;
  • Oliver Stone disse o seguinte sobre esse filme: “Assisti a 3 horas de ‘Oppenheimer’, fascinado pela narrativa de Chris Nolan. Seu roteiro é cheio de camadas e fascinante. Familiarizado com o livro de Kai Bird e Martin J. Sherwin, uma vez recusei o projeto porque não conseguia encontrar o caminho para sua essência. Nolan a encontrou”. Oppenheimer foi comparado a “JFK: A Pergunta Que Não Quer Calar” (1991), de Stone, outro épico político de 3 horas com um elenco composto. De fato, Nolan disse que assistiu a “JFK: A Pergunta que Não Quer Calar” (1991) para a equipe antes da produção para se inspirar no tipo de filme que tinha em mente;
  • A designer de produção Ruth De Jong disse que Christopher Nolan cortou 30 dias de filmagem para realocar fundos para o design de produção: “Parecia um filme independente de US$ 100 milhões. Isso não é “Tenet” (2020). Chris queria filmar em todo o território dos Estados Unidos… só as passagens de avião e a colocação da equipe em todos os lugares [são caras]. Sem mencionar que tenho que construir Los Alamos, que não existe. Foi aí que eu realmente senti que era impossível. Chris disse: ‘Esqueça o dinheiro. Vamos apenas projetar o que queremos’. Então foi isso que fizemos e, quando a construção orçou minha cidade pela primeira vez, o valor era de US$ 20 milhões. Chris disse: ‘Sim, não. Pare.’ Tínhamos uma enorme maquete branca e comecei a tirar prédios dela, sem contar que queríamos filmar em Nova York, Nova Jersey, Berkley, Los Angeles e Novo México… Os produtores estavam perguntando o que eu poderia fazer para reduzir [o orçamento]. O produtor executivo Thomas Hayslip veio ao meu escritório e disse: ‘Chris vai filmar isso em 55 dias’. É muito dinheiro que recebemos de volta! Nesse momento, você sente que precisa fazer mais e melhor, porque ele simplesmente abriu mão de seus dias. Ele, mais do que qualquer outra pessoa, sabe o que quer fazer em cada dia e como quer fazê-lo, e passa de 85 para 55 dias.”;
  • As cortinas da cozinha de Oppenheimer têm folhas de árvore gingko. Um grupo de árvores gingko conseguiu sobreviver aos bombardeios de Hiroshima;
  • Christopher Nolan escolheu deliberadamente nomes reconhecíveis em todos os papéis principais para ajudar o público a diferenciar os diferentes personagens;
  • Em uma entrevista de 2023 com HugoDecrypte, Christopher Nolan falou sobre sua decisão específica de não usar imagens geradas por computador para representar o teste Trinity e sua visão sobre o uso de IA (Inteligência Artificial) em filmes: “É uma escolha artística porque sinto que a computação gráfica, incrivelmente sofisticada e versáteis que são, e um trabalho extraordinário foi feito com eles, eles tendem a se sentir um pouco “seguros” para mim. Eles tendem a brincar mais no mundo da animação e por isso é difícil receber uma “ameaça” deles, particularmente em um filme onde o resto do tom é muito realista, muito texturizado. Acho que qualquer ferramenta, seja gerada por IA, baseada em computador ou qualquer outra coisa, é outra ferramenta para os cineastas criarem. Portanto, contanto que tenhamos fé em nossos seres humanos criando essas ferramentas… o meio cinematográfico continuará a se desenvolver de maneiras emocionantes.”;
  • A empresa cinematográfica Kodak foi pioneira no primeiro filme preto e branco em formato IMAX, especialmente para esse filme, a fim de garantir a precisão das cores em seus segmentos monocromáticos. A Kodak também é conhecida por ser pioneira no filme Kodachrome, que foi o primeiro filme colorido bem-sucedido para cinematografia – possibilitado pelo financiamento do próprio Lewis Strauss, que era banqueiro de investimentos antes de sua carreira no governo e posterior foco na política de energia atômica;
  • Christopher Nolan rompeu seu relacionamento com a Warner Bros. porque odiou o padrão de lançamento de “Tenet” (2020) durante a pandemia da COVID-19, ou seja, um lançamento teatral básico antes de chegar quase simultaneamente à HBO Max. Em vez disso, ele levou o filme para a Universal, que prontamente concordou com sua pressão por um lançamento no cinema;
  • O filme favorito do ator de Lewis Strauss, Robert Downey Jr. Quando o filme estreou em Londres, no Odeon Luxe Leicester Square, Downey Jr. disse: “Vou dizer isso sem rodeios: Este é o melhor filme de que já participei”;
  • Christopher Nolan disse que a semelhança entre a cena em que J. Robert Oppenheimer usa pela primeira vez o chapéu e o cachimbo que são sua marca registrada e as cenas da trilogia do Batman em que Bruce Wayne veste o traje de morcego foi intencional, para mostrar que Oppenheimer é uma espécie de super-herói da vida real, sendo seu poder mágico o aproveitamento da energia atômica;
  • Christopher Nolan precisou apenas de três meses para preparar o filme e filmou tudo em apenas 57 dias;
  • Christopher Nolan escreveu o roteiro em primeira pessoa. Visualizando a história apenas sem nenhum ator específico no papel;
  • Ultrapassou “O Resgate do Soldado Ryan” (1998) como o filme de maior bilheteria da Segunda Guerra Mundial no mercado interno, e ultrapassou o próprio “Dunkirk” (2017), de Christopher Nolan, como o filme de maior bilheteria da Segunda Guerra Mundial em todo o mundo;
  • O produtor Hal B. Wallis encarregou Ayn Rand de escrever um filme sobre o Projeto Manhattan, intitulado “Top Secret”, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. Ela queria que o filme “mostrasse que a bomba atômica foi uma grande conquista da mente humana e que só pode ser feita por mentes livres”, e entrevistou várias figuras importantes, incluindo J. Robert Oppenheimer, Leslie Groves, Kenneth Nichols e Frederick Reines, bem como a esposa de Oppenheimer, Kitty. Wallis vendeu inesperadamente o projeto para a MGM, e o roteiro foi arquivado. As experiências de Rand com Oppenheimer inspiraram o personagem Robert Stadler em seu romance “Atlas Shrugged”;
  • De acordo com várias fontes, Cillian Murphy restringiu-se a uma amêndoa por dia durante partes das filmagens, a fim de manter o perfil magro de Oppenheimer;
  • Rami Malek causou tanto impacto em seu breve papel como David Hill, que o cientista da vida real ganhou um artigo da Wikipedia apenas três dias após o lançamento do filme nos cinemas;
  • Denis Villeneuve disse o seguinte sobre este filme: “Onde [Oppenheimer] está agora, a minha projeção foi por água abaixo. É um filme de três horas sobre pessoas falando sobre física nuclear… Existe essa noção de que os filmes, na mente de algumas pessoas, tornaram-se conteúdo em vez de uma forma de arte. Odeio essa palavra, ‘conteúdo’. O fato de filmes como ‘Oppenheimer’ serem lançados na tela grande e se tornarem um evento traz de volta à tona a ideia de que é uma tremenda forma de arte que precisa ser experimentada nos cinemas.”;
  • Antes da audiência de Lewis Strauss no Senado, seu assessor disse: “O senador Thurmond me pediu para dizer para não sentir que você está sendo julgado”, ao que Strauss responde: “Não senti, até que você disse isso”. Strom Thurmond escreveu ao presidente Dwight D. Eisenhower recomendando que Strauss fosse nomeado secretário de Comércio, mas o Senado acabou negando o cargo a Strauss. Essa foi a oitava vez na história americana em que um nomeado pelo Gabinete não foi confirmado pelo Senado. Desde então, isso só aconteceu mais uma vez – em 1989, foi negado a John Tower o cargo de Secretário de Defesa no governo de George Bush;
  • A cena do Salão Oval seria filmada na biblioteca presidencial de Richard Nixon. Devido a um erro de reserva, a sala não estava disponível no horário programado. Um set teve de ser construído rapidamente do zero para a cena;
  • Quando Christopher Nolan abordou Florence Pugh sobre o papel de Jean, ele disse a ela que não era um papel enorme. Pugh disse que faria um papel extra apenas pela chance de trabalhar com ele;
  • Christopher Nolan insistiu para que o elenco usasse roupas de época durante toda a produção;
  • Filmado com o título provisório de “Gadget”;
  • O único personagem fictício do filme é interpretado por Alden Ehrenreich;
  • Paul Thomas Anderson disse o seguinte sobre esse filme: “Quando um cineasta tão forte como Chris aponta o dedo para você e lhe diz para onde ir… você ouve… e o público tem sido recompensado por isso. Conheço alguns cinéfilos que dirigiram de El Paso a Dallas para ver o filme corretamente. São cerca de 18 horas de viagem de ida e volta. Acho que ninguém pode discordar: ver “Oppenheimer” em filme é superior em todos os sentidos. Sem mencionar que as pessoas estão cansadas de perguntar: “Por que eu iria a um cinema para assistir à TV? Boa pergunta… você não precisa mais.”;
  • As fotos externas de Los Alamos são, na verdade, de Abiquiu, NM. O Pedernal Peak, que ficou famoso por Georgia O’Keefe, aparece em destaque no fundo de várias fotos;
  • Oppenheimer diz que a matemática de sua teoria quântica e a conexão com as “estrelas escuras” (buracos negros) podem ser validadas por um astrônomo, seguindo seu trabalho. Ironicamente, o astrofísico e matemático Stephen Hawking faz exatamente isso. Que, durante a Segunda Guerra Mundial, era um bebê durante a blitz de Londres. A pesquisa e os dados teóricos de Hawking se tornaram a base do filme “Interestelar” (2014), de Christopher Nolan;
  • O sobrenome “McCarthy” é mencionado algumas vezes por Lewis Strauss. Ele se refere ao senador Joseph McCarthy, um anticomunista extremista que usava sua posição para vigiar, perseguir e prender qualquer suspeito de realizar qualquer atividade antiamericana no final da década de 40 e início da década de 50, uma prática abusiva conhecida com o tempo como A Era McCarthy ou McCarthyismo. A história dessas acusações selvagens e infundadas de “subversivo”, “traidor” e “comunista” contra seus oponentes ou qualquer pessoa que ele percebesse como um possível oponente foi contada em “Boa Noite e Boa Sorte” (2005), em que Robert Downey Jr. (Strauss) interpretou Joe Wershba;
  • O segundo filme com classificação R (Restrito) de maior bilheteria em todo o mundo, depois de “Coringa” (2019);
  • O verdadeiro Robert Oppenheimer tinha 1,80 metros de altura e pesava, em média, apenas 58 quilos. Sob a pressão do Projeto Manhattan, seu peso havia caído para 52 quilos;
  • O National Museum of Nuclear Science and History (Museu Nacional de Ciência e História Nuclear), em Albuquerque, Novo México, dedica exposições informativas à cidade construída em Los Alamos, ao local de testes em Alamogordo e à planejada invasão do Japão, que levaria três anos e envolveria muitas baixas. Um lugar instigante, que vale a pena visitar, pois explica muito do que o filme não tem mais tempo para abordar;
  • O Grauman’s Chinese Theatre ressuscitou um projetor de cinema e criou meticulosamente uma cabine personalizada para exibir o filme. Ele se tornou o filme de maior bilheteria nos 97 anos de história do cinema, arrecadando US$ 2,3 milhões. O detentor do recorde anterior era “Star Wars: O Despertar da Força” (2015), que arrecadou US$ 1,5 milhão. “O Despertar da Força” obteve sua bilheteria em 15 semanas, enquanto “Oppenheimer” levou apenas 4;
  • Superou “Sing: Quem Canta Seus Males Espanta” (2016) como o filme de maior bilheteria que nunca alcançou o primeiro lugar nas bilheterias domésticas;
  • O Cartoon Brew informou que 80% dos artistas de efeitos visuais desse filme não foram creditados, embora o estúdio de efeitos DNEG tenha listado todos eles em seu site;
  • Lawrence menciona a Guerra Revolucionária Americana (American Revolutionary War) a Oppenheimer, enquanto discute o resultado da Segunda Guerra Mundial. A primeira foi frequentemente comparada a Prometeu. No contexto, o filósofo alemão Immanuel Kant comparou o inventor norte-americano Benjamin Franklin a Prometeu. Devido à pesquisa experimental do último com eletricidade;
  • As cenas da perspectiva de J. Robert Oppenheimer são coloridas e as cenas da perspectiva de Lewis Strauss são em preto e branco;
  • Superou “Perdido em Marte” (2015) como filme de maior bilheteria de Matt Damon;
  • Easter egg: Quando Einstein é visto pela primeira vez, ele está jogando uma pedra. Seu sobrenome em alemão significa “uma pedra”;
  • O filme não-Batman de maior bilheteria de Christopher Nolan e seu terceiro filme de maior bilheteria geral, depois de “Batman – O Cavaleiro das Trevas” (2008) e “Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge” (2012);
  • Tanto o compositor Ludwig Göransson quanto a editora Jennifer Lame voltaram a trabalhar com Christopher Nolan depois de trabalhar com ele em “Tenet” (2020);
  • Além de suas diferenças políticas, uma das diferenças pessoais entre Robert Oppenheimer e Leslie Groves era que, embora o primeiro fosse fumante inveterado e bebedor inveterado, Groves não bebia nem fumava;
  • O segundo filme biográfico de maior bilheteria no mercado interno, depois de “Sniper Americano” (2014);
  • O quinto filme de maior bilheteria mundial com duração de três horas ou mais, depois de “Vingadores: Ultimato” (2019), “Avatar: O Caminho da Água” (2022), “Titanic” (1997) e “O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei” (2003);
  • A produtora Emma Thomas disse que ela e seu marido, Christopher Nolan, tinham o “sonho impossível” de que esse filme superasse a bilheteria do fim de semana de estreia de “Dunkirk” (2017), que foi de US$ 50,5 milhões. O filme acabou fazendo isso em grande estilo, arrecadando US$ 80,5 milhões;
  • Filme de maior bilheteria de Robert Downey Jr. fora do Universo Cinematográfico Marvel, superando “Sherlock Holmes” (2009) e “Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras” (2011);
  • O quinto filme de Christopher Nolan lançado nos Estados Unidos no terceiro fim de semana de julho, depois de “Batman – O Cavaleiro das Trevas” (2008), “A Origem” (2010), “Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge” (2012) e “Dunkirk” (2017). “Tenet” (2020) estava originalmente programado para ser lançado nesse fim de semana, mas foi adiado para o início de setembro devido à COVID-19;
  • Este é o único filme dirigido por Christopher Nolan e produzido por sua empresa Syncopy que não é distribuído pela Warner Bros;;
  • Este filme foi finalmente lançado na China em 30 de agosto, que também é o último país a lançá-lo no cinema em todo o país;
  • O filme reúne Cillian Murphy, Sir Kenneth Branagh e James D’Arcy após “Dunkirk” (2017), também dirigido por Christopher Nolan;
  • Esse foi o primeiro filme dirigido por Christopher Nolan em que Cillian Murphy apareceu sem Michael Caine. Cillian Murphy participou de cinco filmes antes desse: “Batman Begins” (2005), “O Cavaleiro das Trevas” (2008), “A Origem” (2010), “O Cavaleiro das Trevas Ressurge” (2012) e “Dunkirk” (2017), e os cinco filmes também contam com Caine;
  • Perto do final do filme, o então senador John F. Kennedy é mencionado no diálogo. Jason Clarke, que interpreta Roger Robb neste filme, interpretou o irmão de Kennedy, Ted Kennedy, em “O Legado Kennedy” (2017);
  • Segunda vez que David Krumholtz interpreta um cientista. Enquanto neste filme interpreta Isidor Rabi, ele estrelou a série de TV “Numb3rs” (2005) no papel do matemático Charlie Eppes;
  • Quinto filme de Christopher Nolan sem trilha sonora de Hans Zimmer, depois de “Seguinte” (1998), “Insônia” (2002), “O Grande Truque” (2006) e “Tenet” (2020);
  • Reencontra Matt Damon com Emily Blunt após “Os Agentes do Destino” (2011); neste mesmo filme trabalharam com John Slattery. No MCU, Slattery interpretou Howard Stark, pai de Tony Stark/Homem de Ferro interpretado por Robert Downey Jr., que interpreta Lewis Strauss neste filme. No MCU, Howard Stark esteve envolvido com o Projeto Manhattan;
  • Robert Downey Jr. estrelou “Boa Noite e Boa Sorte” (2005), que também teve como foco a era McCarthy;
  • Alguns compararam Christopher Nolan a J. Robert Oppenheimer. Enquanto o último lutou abertamente contra seu papel na criação da bomba atômica, o mesmo aconteceu com Nolan, que – com sua trilogia do Batman de Christian Bale – é um dos principais criadores do blockbuster de super-heróis do verão, algo que o próprio Nolan expressou seu descontentamento;
  • Cillian Murphy disse que assistiu ao filme com a esposa e o filho de 15 anos na casa de Christopher Nolan antes do lançamento, acrescentando que foi muito forte e emocionalmente ventoso quando assistiu ao filme;
  • Cillian Murphy disse que assistiu ao filme com sua esposa e filho de 15 anos na casa de Christopher Nolan antes de ser lançado, acrescentando que foi avassalador e emocionalmente instável quando ele assistiu ao filme;
  • Segundo filme de Christopher Nolan lançado no mesmo fim de semana de um filme voltado para o público feminino, no caso, “Barbie” (2023). O primeiro foi “Batman – O Cavaleiro das Trevas” (2008), lançado no mesmo fim de semana de “Mamma Mia! O Filme” (2008);
  • Para que as seções em preto e branco do filme fossem filmadas com a mesma qualidade do restante do filme, a Kodak desenvolveu o primeiro estoque de filme em preto e branco para IMAX;
  • Matt Damon estava em uma pausa na carreira de ator como uma promessa à sua esposa, com uma condição: ela seria suspensa se Christopher Nolan ligasse. Por sorte, Nolan ofereceu a Damon o papel de Leslie Groves, e a pausa foi suspensa;
  • Em 16 de dezembro de 2022, a autorização de segurança de J. Robert Oppenheimer foi restabelecida postumamente pelo Departamento de Energia dos EUA, quase 70 anos depois de ter sido revogada pela primeira vez por seu antecessor, a Comissão de Energia Atômica. Falando ao New York Times, Kai Bird, co-autor de “American Prometheus“, a biografia vencedora do Prêmio Pultizer sobre a vida de Oppenheimer e a inspiração para o filme, refletiu sobre a audiência de segurança famosamente falha da AEC, o impulso da comunidade científica para restaurar a identidade de Oppenheimer. liberação e a decisão do Departamento de Energia, dizendo: “Estou emocionado. A história importa, e o que foi feito a Oppenheimer em 1954 foi uma farsa, uma marca negra na honra da nação. Os estudantes da história americana agora serão capaz de ler o último capítulo e ver que o que foi feito a Oppenheimer naquele tribunal arbitrário/desonesto (‘kangaroo court’) não foi a última palavra.“;
  • A trilha sonora do filme não apresenta nenhuma bateria, já que o diretor Christopher Nolan e o compositor Ludwig Göransson sentiram que usar um som tipicamente associado aos militares não seria autêntico para capturar musicalmente o personagem de J. Robert Oppenheimer;
  • J. David Wargo, que estudou física no MIT (Massachusetts Institute of Technology – Instituto de Tecnologia de Massachusetts) optou pelos direitos do “American Prometheus” em 2015, mas o projeto definhou no “development hell” (inferno do desenvolvimento – é o período em que um filme ou outro projeto está com sua produção parada) por anos. Wargo se encontrou com seu velho amigo James Woods durante a pandemia, e Woods marcou uma reunião com Charles Roven, que por sua vez passou o livro para Christopher Nolan. Wargo e Woods são produtores executivos creditados. O que ajudou Nolan a decidir dirigir o filme foi um livro de discursos de Oppenheimer dado a ele por Robert Pattinson na festa de encerramento do filme anterior de Nolan, “Tenet” (2020);
  • Albert Einstein é mostrado caminhando na floresta com Kurt Gödel. Os dois realmente faziam longas caminhadas juntos, como amigos no “Institute for Advanced Studies” (Instituto de Estudos Avançados);
  • Christopher Nolan revelou em uma entrevista ao Collider que não há cenas CGI (Computer Graphic Imagery – imagens feitas com computação gráfica) no filme;
  • Richard Feynman (Jack Quaid) é mostrado tocando bongô várias vezes durante o filme. Além de suas habilidades em física, Feynman era conhecido como um prolífico tocador de bongô;
  • Quando Matt Damon leu o roteiro que lhe foi apresentado por Christopher Nolan, ele ficou surpreso ao ver que estava escrito em papel vermelho, na primeira pessoa, um formato que ele nunca tinha visto antes;
  • De acordo com um artigo do The New York Times em 7 de julho de 2023 sobre o filme, Kai Bird visitou o set em Los Alamos. Ao chegar, ele ficou surpreso com a semelhança de Cillian Murphy com J. Robert Oppenheimer, e os dois tiveram a seguinte troca: “Dr. Oppenheimer! Estou esperando décadas para conhecê-lo!” Bird disse que Murphy apenas riu. “Todos nós lemos seu livro”, disse o ator. “É leitura obrigatória por aqui.”;
  • O filme mais longo de Christopher Nolan, com 180 minutos de duração. O desejo de Nolan era superar seu filme anterior de maior duração, “Interestelar” (2014) (169 minutos);
  • Na festa de Natal, e logo após o teste da bomba, um indivíduo pode ser visto tocando bongô. Este era Richard Feynman, um dos cientistas mais jovens que trabalhava em Los Alamos. Sua esposa estava morrendo de tuberculose linfática em um sanatório em Albuquerque e foi uma das únicas pessoas que rotineiramente tiveram a chance de deixar Los Alamos. Um dos poucos carros particulares disponíveis para ele pertencia a Klaus Fuchs, que costumava emprestá-lo a Feynman;
  • Devido ao tamanho do filme IMAX 15 perfurações 70 mm e à velocidade com que ele é puxado pela câmera, é quase impossível gravar o som no set com a câmera funcionando. É por isso que a maioria das cenas de diálogo são filmadas no formato 70 mm de 5 perfurações, em vez do IMAX full frame;
  • Christopher Nolan disse que seu primeiro encontro com o nome “Oppenheimer” surgiu por meio da letra da música “Russians” de Sting, de seu álbum de 1985 “The Dream of the Blue Turtles” – “How can I save my little boy, from Oppenheimer’s deadly toy?” (‘Como posso salvar meu garotinho, do brinquedo mortal de Oppenheimer?’);
  • O primeiro filme IMAX parcialmente filmado em celuloide preto e branco de 65 mm;
  • Durante uma entrevista com o repórter David Martin na CBS Sunday Morning (16 de julho de 2023), o diretor Christopher Nolan apontou que todo o rolo de filme IMAX usado para a produção tem 18 quilômetros de comprimento e pesa 280 quilogramas;
  • Parte das filmagens ocorreu na cabana original (mas restaurada) de J. Robert Oppenheimer, no Novo México, de acordo com um artigo do The New York Times, em 7 de julho de 2023, sobre o filme e sobre o trabalho em torno do livro de Kai Bird e Martin Sherwin, “American Prometheus“, no qual o filme é baseado;
  • O elenco deixou a estreia no Reino Unido após o anúncio da greve dos sindicato dos atores americanos (2023 SAG-AFTRA strike), deixando Christopher Nolan sozinho para se dirigir ao público;
  • Segunda e consecutiva colaboração entre Christopher Nolan e o compositor Ludwig Göransson, logo após “Tenet” (2020). O colaborador frequente de Nolan, Hans Zimmer, não estava disponível porque estava comprometido com as trilhas sonoras de “Duna” (2021) e “Duna: Parte Dois” (2023) na época de ambos os filmes de Nolan;
  • Embora eles tenham colaborado anteriormente em cinco outros filmes, esta é a primeira vez que Cillian Murphy interpreta o papel principal em um filme de Christopher Nolan;
  • Sexta colaboração entre Cillian Murphy e Christopher Nolan depois de “Batman Begins” (2005), “Batman: O Cavaleiro das Trevas” (2008), “A Origem” (2010), “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge” (2012) e “Dunkirk” (2017). Murphy apareceu em mais filmes de Nolan do que qualquer outro ator, exceto Sir Michael Caine, que apareceu em sete (ou oito, se você contar sua participação especial em ‘Dunkirk’);
  • Martin Sherwin foi diagnosticado com câncer durante as discussões entre Kai Bird e Christopher Nolan para desenvolver um filme sobre Oppenheimer baseado no livro de Bird e Sherwin “American Prometheus: The Triumph and Tragedy of J. Robert Oppenheimer“, de acordo com um artigo no The New York Times em 7 de julho de 2023. Sherwin estava muito doente para comparecer às negociações e mais tarde morreu de câncer durante as filmagens do filme;
  • No início do filme, quando J. Robert Oppenheimer é apresentado, alguém pergunta o que significa o “J”. Antes que ele possa responder, o personagem de James D’Arcy, Patrick Blackett, responde com um “Nothing” (nada) e a pergunta nunca é respondida no filme. O “J” significa “Julius”. De acordo com “American Prometheus”, o livro no qual o filme foi baseado, Oppenheimer recebeu o nome de seu pai Julius, mas sempre insistiu que o “J” significava nada. Coincidentemente, o nome do meio de Harry S. Truman é simplesmente S – que não significa nada;
  • A escalação de Josh Hartnett marca um momento interessante de “círculo completo”, já que Hartnett foi um dos três finalistas para interpretar o Batman em “Batman Begins” (2005), de Christopher Nolan, mas respeitosamente recusou o papel, depois disse que se arrependeu da decisão, pois é um grande admirador do trabalho de Nolan como cineasta e desejava construir um relacionamento criativo com ele. O filme chegou aos cinemas em 21 de julho de 2023, que é o aniversário de Hartnett;
  • Rami Malek e David Dastmalchian foram os últimos a ter seus papéis revelados publicamente. Embora seus elencos tenham sido anunciados no final de 2021 e início de 2022, seus papéis não foram anunciados até junho de 2023;
  • O elenco conta com cinco vencedores do Oscar: Matt Damon e Sir Kenneth Branagh (ambos vencedores na categoria ‘Roteiro Original’), e os vencedores consecutivos de “Melhor Ator” Casey Affleck, Gary Oldman e Rami Malek. Três indicados ao Oscar também aparecem: Tom Conti, Robert Downey Jr. e Florence Pugh.
  • Este será o sexto filme de Christopher Nolan a ser rodado em IMAX 70 mm 15 perfurações após “Batman: O Cavaleiro das Trevas” (2008), “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge” (2012), “Interestelar” (2014), “Dunkirk” (2017) e “Tenet” (2020);
  • Sam Mendes originalmente optou pelos direitos do “American Prometheus” (a biografia em que Nolan baseou este filme) e o definiu como sua continuação para “Soldado Anônimo” (2005), mas sua iteração nunca decolou e ele mudou para “Foi Apenas um Sonho” (2008);
  • Primeiro filme censurado (R-rated – pessoas menores de 17 anos de idade só podem assistir ao filme nos EUA se forem acompanhadas de um adulto) de Christopher Nolan nos EUA pela MPAA (Motion Picture Association – Associação Cinematográfica) desde “Insônia” (2002);
  • Paul Schrader descreveu o filme como o “melhor e mais importante filme deste século” depois de assistir à estreia do filme em Nova York;
  • A cena do teste “Trinity” faz referência à história de Richard Feynman do capítulo “Los Alamos from Below“. Pouco antes do teste, Feynman não passa protetor solar no rosto, mas entra no carro, dizendo que o vidro vai bloquear os raios ultravioleta;
  • Este será o segundo filme de Christopher Nolan relacionado aos eventos da Segunda Guerra Mundial após “Dunkirk” (2017). O filme também está programado para ser lançado exatamente 6 anos depois de “Dunkirk” (2017);
  • Quarta colaboração entre Christopher Nolan e o diretor de fotografia Hoyte Van Hoytema. Já trabalharam anteriormente em “Interestelar” (2014), “Dunkirk” (2017) e “Tenet” (2020);
  • Este é o primeiro filme de Christopher Nolan desde “Insônia” (2002) que não tem a participação de Sir Michael Caine. Caine esteve em todos os filmes de Nolan desde “Batman Begins” (2005) até “Tenet” (2020). Ele teve uma narração em “Dunkirk” (2017) como o comandante da RAF que fala com Tom Hardy via rádio;
  • O primeiro filme de Christopher Nolan a ser um filme biográfico com uma figura histórica como protagonista e seu segundo filme baseado em um evento real após “Dunkirk” (2017). No início dos anos 2000, Nolan tentou fazer uma cinebiografia de Howard Hughes estrelando Jim Carrey como Hughes;
  • J. Robert Oppenheimer foi mencionado pelo nome no filme anterior de Nolan “Tenet” (2020) durante uma conversa entre Priya Singh (Dimple Kapadia) e o protagonista (John David Washington), aparentemente indicando que Nolan já tinha a ideia de como seria seu próximo filme;
  • Enquanto Jean Tatlock era 10 anos mais novo que Oppenheimer, Florence Pugh, que interpreta Tatlock aqui, é 20 anos mais nova que Cillian Murphy como Oppenheimer;
  • O filme anterior de Hollywood com o mesmo tema e protagonista foi “O Início do Fim” (1989);
  • Retratos notáveis ​​​​anteriores de Oppenheimer incluem (Filme/Série/TV e Ator):

“O Fim ou o Princípio” (1947) por Hume Cronyn;
Enola Gay: The Men, the Mission, the Atomic Bomb” (1980) por Robert Walden;
“Race for the Bomb” (1987) por Tom Rack;
“Os Senhores do Holocausto” (1989) por David Strathairn;
“O Início do Fim” (1989) por Dwight Schultz;
“Hiroshima – A Verdade sobre a Bomba” (1995) por Jeffrey DeMunn;
“Hiroshima: A Humanidade e o Horror” (2005) por Fredrick Ruth;
Nuclear Secrets” (2007) por Joe Jones;
Einstein” (2008) por Pietro Ragusa;
“Batalha de Gênios” (2015) por Ryan Wesley Gilreath;
Einstein: Chapter Ten” (2017) por Neal Huff;
A Tale of Two Atoms” (2020) por Judd Hirsch (voz).

  • Terceira colaboração entre Sir Kenneth Branagh e Christopher Nolan depois de “Dunkirk” (2017) e “Tenet” (2020);
  • Este é o primeiro filme de Christopher Nolan desde “Amnésia” (2000) a não ser produzido e lançado pela Warner Bros. Pictures. Em vez disso, o filme foi lançado pela Universal Pictures. Antes disso, todos os longas-metragens de Nolan foram produzidos e distribuídos pela Warner Bros. com exceção de “Following” (1998), que foi produzido de forma independente antes de ser adquirido pela IFC Films em 2010 (e distribuído em vídeo doméstico pela Criterion Collection em 2012 ), “Amnésia” (2000) que foi produzido e distribuído pela Newmarket Films (agora propriedade da Lionsgate), “O Grande Truque” (2006), que foi co-produzido e distribuído internamente pela Touchstone Pictures, enquanto a Warner Bros. fez a distribuição internacional, e “Interestelar” (2014), que foi coproduzido e distribuído internamente pela Paramount Pictures, enquanto a Warner Bros. cuidou da distribuição internacional;
  • Quarta colaboração entre Gary Oldman e Christopher Nolan após a trilogia O Cavaleiro das Trevas: “Batman Begins” (2005), “Batman: O Cavaleiro das Trevas” (2008) e “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge” (2012);
  • Emily Blunt e Cillian Murphy apareceram anteriormente em “Um Lugar Silencioso: Parte II” (2020);
  • No Reino Unido, este é o primeiro filme de Christopher Nolan a receber classificação 15 do BBFC (British Board of Film ClassificationConselho Britânico de Classificação de Filmes) desde “Insônia” (2002), sem contar “Tenet” (2020), já que a Warner Bros. decidiu cortar ligeiramente o filme para garantir a classificação 12;
  • Christopher Denham interpretou o físico Jim Meeks na série de TV “Manhattan” (2014) e seu homólogo da vida real Klaus Fuchs neste filme. Ele é o único ator que atuou em ambas as produções de desenvolvimento da bomba atômica;
  • Terceiro filme teatral sobre o Projeto Manhattan, depois de “O Começo e o Fim” (1947) e “O Início do Fim” (1989);
  • Quando a equipe se encontra com Henry L. Stimson (James Remar), o general George C. Marshall (Will Roberts) está presente. Este é o mesmo general que dá autorização para missão de resgate em “O Resgate do Soldado Ryan” (1998). Nesse filme, ele é interpretado por Harve Presnell. Matt Damon interpreta Groves e Ryan, respectivamente;
  • Este é o segundo filme de Christopher Nolan de Matthew Modine depois de “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge” (2012);
  • Na cena em que J. Robert Oppenheimer retorna à sala de aula para recuperar a maçã envenenada, ele faz referência a um buraco de minhoca. Um buraco de minhoca é um dos principais pontos da trama de “Interestelar” (2014), de Christopher Nolan, onde um buraco de minhoca aparece perto de Saturno;
  • Este é o primeiro filme da Segunda Guerra Mundial de Josh Hartnett desde “Pearl Harbor” (2001), que co-estrelou Ben Affleck, irmão mais velho de Casey Affleck e amigo de infância de Matt Damon;
  • Robert Downey Jr. é famoso por interpretar Tony Stark no Universo Cinematográfico da Marvel. O pai de Tony Stark, Howard Stark, fazia parte do Projeto Manhattan dentro do MCU (Marvel Cinematic UniverseUniverso Cinematográfico Marvel);
  • Robert Downey Jr. também co-estrelou em “Boa Noite e Boa Sorte” (2005), que também enfocou a era McCarthy;
  • A frase de Harry S. Truman “Nunca mais traga aquele bebê chorão de volta aqui” é historicamente factual. Truman realmente disse isso para sua equipe depois de conhecer Oppenheimer, e também entregou-lhe zombeteiramente um lenço, conforme retratado no filme. Alegadamente, ele acrescentou “sangue nas mãos? Droga, tenho o dobro nas minhas!”;
  • Durante uma cena particularmente assustadora em que J. Robert Oppenheimer se reúne com o povo de Los Alamos para aparentemente “celebrar” as bombas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki, ele é atingido por visões horríveis de pessoas sofrendo os efeitos da bomba diante de seus olhos. Uma pessoa em particular é uma jovem mostrada enfrentando Oppenheimer enquanto pedaços de sua pele começam a descascar de seu rosto. Esta mulher é filha de Christopher Nolan, Flora Nolan. Em uma entrevista ao The Telegraph, Nolan falou sobre essa escolha de elenco, comentando que “… se você criar o poder destrutivo final, ele também destruirá aqueles que são próximos e queridos para você. Suponho que esta foi a minha maneira de expressar isso em quais, para mim, foram os termos mais fortes possíveis.”;
  • Há pelo menos uma incidência de um corte curto mostrando uma interpretação alternativa do evento: Há vários cortes curtos da cena em que Jean Tatlock se afoga na banheira. Um desses cortes, e apenas um, mostra brevemente uma mão com luva empurrando-a para baixo d’água. Nunca mais é mencionado ou discutido se foi realmente um suicídio;
  • O filme centra-se no espião soviético Klaus Fuchs ao descrever a penetração do Projeto Manhattan, mas ignora as atividades de espionagem de David Greenglass, que trabalhou nos elementos mecânicos da bomba e passou informações ao seu cunhado, Julius Rosenberg, que foi condenado por espionagem em nome da União Soviética;
  • Numa importante reunião para decidir quais cidades deveriam estar na lista de alvos da bomba atômica, o roteiro inicial de Christopher Nolan fez com que o secretário da Guerra dos EUA, Henry Stimson, riscasse Kyoto da lista de alvos, citando o significado cultural e histórico de Kyoto para o Japão. Mas depois que Nolan soube por James Remar, o ator que interpreta Stimson, que outra razão dada por Stimson para excluir Kyoto foi que Stimson e sua esposa haviam passado a lua de mel em Kyoto antes da guerra, ele decidiu que Remar adicionasse esta linha horrível ao roteiro, de acordo com uma entrevista que Nolan deu ao New York Times em 20 de julho de 2023. No entanto, desde que o filme foi lançado, nenhum historiador foi capaz de encontrar qualquer evidência de que Stimson e sua esposa alguma vez visitaram Kyoto, muito menos passaram uma lua de mel lá; Stimson só visitou as Filipinas para fins culturais ou políticos durante seu tempo como governador. Toda a documentação indica que Stimson realmente poupou a cidade pela sua importância cultural para o Japão;
  • Embora Charles Oppenheimer, neto de Oppenheimer, tenha ficado muito satisfeito com o filme, a única sequência que ele contestou foi a cena da ‘maçã venenosa’, onde seu avô injetou veneno em uma maçã para matar seu professor. Ele citou: “Isso foi um problema no “American Prometheus” (a biografia de J. Robert Oppenheimer que serviu de base para o filme). Se você ler com bastante atenção, os autores dirão: ‘Não sabemos realmente se isso aconteceu’. Infelizmente, a biografia supõe que Robert Oppenheimer tentou matar seu professor, e então eles reconhecem que talvez haja essa dúvida.”;
  • Embora o teste Trinity seja uma combinação de muitas explosões filmadas diferentes, Christopher Nolan afirmou que grandes explosões pirotécnicas reais foram detonadas no local para serem capturadas pela câmera com os atores no quadro e também para produzir reações genuínas do elenco à luz, ruído, e ondas de choque;
  • Quando Strauss e o assessor do Senado falam sobre os diferentes destinos dos colegas de Oppenheimer no Projeto Manhattan, é revelado que Lomanitz foi negado a continuar seu trabalho e terminou de trabalhar como trabalhador de manutenção ferroviária. Isto é historicamente preciso, mas incompleto: em 1954, o Conselho de Segurança de Pessoal da Comissão de Energia Atómica descobriu que Oppenheimer tinha declarado em 1943 que não queria um trabalhador no projeto relacionado ou implícito com o Partido Comunista, temendo lealdades divididas. No entanto, Oppenheimer nunca identificou às autoridades um ex-membro do Partido Comunista trabalhando no projeto. Lomanitz teve diversos empregos até 1962, quando começou a trabalhar no Instituto de Mineração e Tecnologia do Novo México e mais tarde se tornou presidente do departamento. Depois que Lomanitz se aposentou em 1991, mudou-se para Pahoa, no Havaí, onde viveu até sua morte em 2002;
  • Quando Oppenheimer é questionado sobre as vítimas do bombardeio de Hiroshima, ele responde “70 mil pessoas”. Os dados são historicamente precisos: após a detonação da bomba, 70 mil pessoas morreram instantaneamente na explosão nuclear, embora se calcule o número final entre 70 mil e 126 mil mortos, mais os feridos e mutilados que morreram ao longo do tempo pelos efeitos da radiação. . Em Nagasaki o número está entre 60.000-80.000 pessoas mortas, perfazendo um total de 129.000 ou 226.000 mortos pelas bombas atómicas;
  • Enquanto neste filme Gary Oldman interpreta o presidente americano Harry S. Truman, Oldman já interpretou o primeiro-ministro britânico Winston Churchill em “O Destino de uma Nação” (2017), também ambientado durante a mesma guerra. Esse filme competiu contra “Dunkirk” (2017), de Christopher Nolan, durante a temporada de premiações de 2018. Oldman ganhou o Oscar de “Melhor Ator”, o primeiro de sua carreira; Nolan foi indicado para “Melhor Diretor”, pela primeira vez em sua carreira, e Melhor Filme com sua esposa;
  • Quando Strauss questiona quem votou contra ele para negar seu cargo na Câmara de Comércio dos EUA, seu assessor do Senado responde ao senador John F. Kennedy, apontando a má vontade de Strauss contra ele depois disso;
  • A Guerra no Pacífico – e o próprio Japão – não são mencionados no filme até depois da rendição da Alemanha nazista;
  • Coincidências: Christopher Denham, que interpreta o espião da vida real Klaus Fuchs, também interpretou Jim Meeks na série de TV “Manhattan” (2014), da AMC, um drama amplamente ficcionalizado também sobre o Projeto Manhattan;
  • Quando no bunker, Oppenheimer diz que eles saberão se a bomba foi bem-sucedida em 1 hora e 58 minutos. A bomba explode no filme na marca de 1 hora e 58 minutos;
  • A cena de Kitty Oppenheimer se recusando a apertar a mão de Edward Teller após seu testemunho negativo na audiência de segurança de Oppenheimer aconteceu na vida real. Teller chorou com a rejeição pública de Kitty;
  • Sobre o contraste do filme colorido versus preto e branco, Christopher Nolan afirmou que era para orientar o público no período de tempo correto, bem como sinalizar um ponto de vista diferente. As memórias de J. Robert Oppenheimer são apresentadas principalmente em cores, enquanto as consequências de suas ações são apresentadas em uma imagem em preto e branco mais simplista e crítica, assumindo o ponto de vista do personagem;
  • No início do filme, Oppenheimer é visto lendo o poema apocalíptico de T.S. Eliot, “The Waste Land“, uma caótica alegoria pós-Primeira Guerra Mundial que aborda temas de rejuvenescimento, morte, esterilidade, estagnação, a louca Ofélia se afogando, a destruição contínua de cidades inteiras pela humanidade e a guarda do Santo Graal. O filme começa com gotas de chuva de primavera, assim como o poema. “The Waste Land” termina com um fogo refinador, um flash de luz e trovão sobre um mundo desolado e arruinado, e um homem quebrado sozinho em uma praia enquanto a incerteza se aproxima e as gotas de chuva caem ritmicamente mais uma vez. O filme também.

Ficha técnica

Diretor: Christopher Nolan.
Roteiro: Christopher Nolan, Kai Bird e Martin Sherwin.
Produtores: Thomas Hayslip, Christopher Nolan, Charles Roven, Emma Thomas, J. David Wargo e James Woods.
Diretor de fotografia: Hoyte Van Hoytema.
Editor: Jennifer Lame.
Design de produção: Ruth De Jong.
Figurino: Ellen Mirojnick.
Cabelo e maquiagem: Luisa Abel, Ashley Rae Callahan, Gretchen Davis, Christy Falco, Lydia Fantini, JT Franchuk, Rheanne Garcia, Celeste Gonzalez, Glen P. Griffin, Jamie Hess, Kerrin Jackson, Jennifer Jane, Jamie Kelman, Jaime Leigh McIntosh, Ahou Mofid, Jason Chandler Pettus, Andrea Steele, Teresa Stone, Jennifer Tremont, Sheila Trujillo, Danielle Vigil, Vanessa Blanchard Lee, Gretchen Bright, Tara Marshell, Nichole Miller e Kris Ravetto.
Música: Ludwig Göransson.
Elenco: Cillian Murphy, Emily Blunt, Robert Downey Jr., Alden Ehrenreich, Scott Grimes, Jason Clarke, Kurt Koehler, Tony Goldwyn, John Gowans, Macon Blair, James D’Arcy, Kenneth Branagh, Harry Groener, Gregory Jbara, Ted King, Tim DeKay, Steven Houska, Tom Conti, David Krumholtz, Petrie Willink, Matthias Schweighöfer, Josh Hartnett, Alex Wolff, Josh Zuckerman, Rory Keane, Michael Angarano, Dylan Arnold, Emma Dumont, Florence Pugh, Sadie Stratton, Jefferson Hall, Britt Kyle, Guy Burnet, Tom Jenkins, Matthew Modine, Louise Lombard, David Dastmalchian, Michael Andrew Baker, Jeff Hephner, Matt Damon, Dane DeHaan, Olli Haaskivi, David Rysdahl, Josh Peck, Jack Quaid, Brett DelBuono, Benny Safdie, Gustaf Skarsgård, James Urbaniak, Trond Fausa, Devon Bostick, Danny Deferrari, Christopher Denham, Jessica Erin Martin, Ronald Auguste, Rami Malek, Máté Haumann, Olivia Thirlby, Jack Cutmore-Scott, Casey Affleck, Harrison Gilbertson, James Remar, Will Roberts, Pat Skipper, Steve Coulter, Jeremy John Wells, Sean Avery, Adam Kroeger, Drew Kenney, Bryce Johnson, Flora Nolan, Kerry Westcott, Christina Hogue, Clay Bunker, Tyler Beardsley, Maria Teresa Zuppetta, Kate French, Gary Oldman, Hap Lawrence, Panagiotis Margetis, Yaser Al-Nyrabeah, Hunter Avant, Aevrey Balin, Kevin Berndt, David Bertucci, Troy Bronson, Steven Bullard, Ross Buran, Andrew Bursiaga, Kaleb Clifton, Samuel Code, Michael DeBartolo, Elijah Dierking, Russel Donahue, Adam Walker Federman, Doug Friedman, Michelle Ghatan, Braden Kelsey Gile, James Paul Gregory, Christine Heneise, John T. Hillman, Katherine Hogan, Ben Holmquist, Kash Hovey, Jacquie Kachmann, Asher Kaplan, Dirk Kingston, Emily Joy Lemus, Benjamin Levine, Luke Matheis, Brendan McManus, Connor Mendenhall, Elise Newman, Jason Pfister, Skyler Pierce, Michaela Rances, Ryan Rathbun, Sam Russell, Paolo Saglietto, Meg Schimelpfenig, Susan Elizabeth Shaw, Travis Siemon, Ryan Stubo, Jacob Taylor, Scott Valentine, Jack Wang, Kyle Williams, Ansa Woo e Aamir Yusuf.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima