Resenha do filme Nosferatu (2024, Robert Eggers)

A bagagem como designer, a experiência por trás das câmeras e principalmente o conhecimento no assunto, capacitou o diretor Robert Eggers a refilmar com segurança o clássico “Nosferatu” (‘Nosferatu, eine Symphonie des Grauens’). Muito do que se vê da obra original de 1922, do alemão Friedrich Wilhelm Murnau, está presente neste remake de 2024, acrescido de alguns detalhes minuciosos que só têm a reforçar ainda mais a acuracidade dessa revisão contemporânea. Há mais de 10 décadas, “Nosferatu” carrega um legado positivo iniciado no campo do cinema mudo em preto e branco.


É um desafio e tanto para um diretor e sua equipe trabalhar numa refilmagem de “Nosferatu”, um clássico com mais de 100 anos desde a sua estreia, considerado um dos precursores do gênero de terror no cinema. Porém, o diretor Robert Eggers soube desde o começo onde estava ousando se meter, uma vez que a relação do cineasta com a obra-prima vem desde o seu tempo de ensino médio, período em que co-dirigiu uma produção teatral do próprio “Nosferatu”.

Então, eis que surge da concepção de Eggers a refilmagem do seu “Nosferatu” – obra-prima do terror proveniente do cinema expressionista alemão, lançado ao mundo em 1922 sob direção do alemão F. W. Murnau, conhecido como um dos mais relevantes realizadores do cinema mudo. Ele também foi um adepto a incorporar técnicas e efeitos especiais em suas produções – “Nosferatu” é um filme importante no quesito inovação à época do seu lançamento.

Caso você não saiba, o filme original teve o seu roteiro adaptado do romance de terror gótico “Drácula”, escrito pelo romancista e poeta irlandês Bram Stoker e que fora lançado no distante ano de 1897. Entretanto, os produtores do filme de F. W. Murnau não tinham a autorização dos herdeiros do escritor e assim que o filme estreou, o processo por violar os direitos autorais chegou. 

Além da ação judicial causada pela realização da adaptação não-autorizada, a justiça determinou a destruição de todas as cópias do longa-metragem. Nossa sorte – e também do diretor Robert Eggers – é que Murnau conseguiu salvar algumas cópias e foi dessa maneira que o filme sobrevive até os dias de hoje.

Mesmo com esse imbróglio em torno da produção de “Nosferatu” (1922) o filme seguiu seu caminho. Porém, tiveram que alterar os nomes dos personagens e dos lugares – assim, Conde Drácula passou a se chamar Conde Orlok e a aparência original do personagem principal também teve que passar por praticamente uma cirurgia plástica inversa: o primeiro possui características mais humanas com traços fortes e um tanto sedutor, já Orlok possui atributos que lembram mais um rato esquelético e corcunda, uma imagem repugnante.

Já que estou a escrever do protagonista, Robert Eggers e sua competente equipe de maquiagem e figurino também resolveram mudar um pouco o visual do vampiro, os profissionais fizeram um trabalho digno de aplausos. A repulsa se dá até das sombras e vultos fantasmagóricos que flutuam pelas diversas superfícies iluminadas pela luz da lua ou pelas chamas bruxuleantes das velas e lamparinas.

Conde Orlok prestes a agarrar e sugar o sangue do assustado Thomas Hutter.
Ao sair das sombras de seu castelo, Conde Orlok caminha lentamente na direção do acuado Thomas Hutter para cravar seus caninos no peito do homem assustado e assim sugar uma boa quantidade de sangue.

Em paralelo à maquiagem e ao figurino (não só de Nosferatu), o design de produção e a fotografia entram em cena para deixar todos os objetos e imagens as mais fiéis possíveis ao século em que a história se passa. A admiração e inspiração do diretor ao filme original de F. W. Murnau é visto em várias passagens, bem como a clássica cena que Orlok entra na casa de Thomas Hutter (Nicholas Hoult) e sua sombra é vista passar na parede, uma referência clara de uma das cenas mais famosas de “Nosferatu” (1922), quando Orlok caminha pelos degraus da escada.

O ator Bill Skarsgård está irreconhecível sob a carcaça ambulante de Conde Orlok, o seu vestuário compõe um traje imponente e de pompa, digno de um nobre da Transilvânia. Diferente do Nosferatu de 1922, Eggers resolveu seguir as origens da literatura e devolveu à face do vampiro o seu bigode pesado, porém ao estilo “morsa”, quase cobrindo suas enormes e pontiagudas presas. Sobre a cabeça foi colocado um tufo de cabelo jogado de lado. Por essas e por outras, esta produção consegue honrar com méritos o que foi iniciado há mais de 100 anos.

A dedicação do ator sueco Skarsgård ao seu personagem-título se estende aos treinamentos vocais para chegar num tom de voz baixa e ao mesmo tempo grave – o resultado é visto em cena, uma entonação capaz de fazer Conde Orlok meter medo até quando se esconde por entre as sombras, pois basta uma palavra ser pronunciada para de imediato o calafrio surgir. Outra característica que causa arrepio, está ligada à respiração profunda emitida dos pulmões putrefatos de Nosferatu, a inspiração e expiração que sai das narinas e boca é ouvida em um tom rouco asqueroso.

Um dos momentos do filme que eu mais gosto, é quando Thomas sai em viagem à Transilvânia para concluir um negócio imobiliário com o recluso Conde Orlok, sob os altos tetos de seu castelo medieval. Próximo ao seu destino, Thomas se encontra com alguns camponeses que o rejeitam após revelar o motivo de sua viagem, mas antes eles tentam convencê-lo a desistir do encontro. Em uma noite, ele acompanha um ritual para empalar o corpo de um provável vampiro – supostamente morto em seu sepulcro – com uma estaca no coração. Ao acordar, nada nem ninguém encontra-se mais na vila, nem o seu cavalo. O clima onírico desse momento e de outros causam confusão nos personagens e também podem causar no espectador.

Momento em que o navio amaldiçoacom com a praga Nosferatu é encontrado no porto da cidade todo destrído.
O barco amaldiçoada com a praga Nosferatu é encontrado atracado no porto de Wisburg, no desembarque é visto uma rataria incontável correndo para as ruas da cidade.

Outro momento que é possível ver o grande trabalho empenhado pelo diretor Robert Eggers e do seu diretor de fotografia Jarin Blaschke, aparece logo após a cena na vila dos camponeses, quando uma carruagem obscura e envolta de uma atmosfera tenebrosa em um cenário bucólico freia em prontidão para levar Thomas. Ele então entra e o veículo fantasmagórico ruma ao castelo cravado no topo da montanha, visto ao longe, solitário em seu imenso vazio, onde encontra-se sob o frio de um céu de nuvens espessas, quase a sufocar a luz refletida da lua cheia.

De maneira eloquente, o design de produção está presente em todos os cenários. O cuidado aos mínimos detalhes demonstram o capricho e a técnica de Craig Lathrop para recriar toda a atmosfera gótica coberta em sombras que destacam as silhuetas dos objetos e dos personagens em cena. O domínio da sombra é tanto, que nem as imensas chamas da lareira, adornada com sua dupla de gárgulas em cada lado das extremidades e muito menos o castiçal com seus vários braços tortuosos, cada um a sustentar as grossas velas acesas a derreter sobre a mesa, conseguem preencher a ausência de luz no ambiente.

O ambiente criado a bordo do navio que ruma à cidade de Wisburg é sinistro, a tensão toma conta do ambiente quando parte da tripulação começa vir a óbito devido a praga exalada por Nosferatu. A trilha sonora de Robin Carolan é excepcional em sua composição, cada nota disparada em cena tem um objetivo que intensifica ainda mais a cada ação captada – os efeitos sonoros dão ainda mais veracidade aos elementos enquadrados e o resultado é um audiovisual que não deixa qualquer abertura para a dispersão da atenção do espectador, sem falar na apreensão contínua e onipresente.

Sobre a participação pontual de Willem Dafoe na pele do enigmático Professor (e caçador de vampiros louco, como Eggers o descreveu) Albin Eberhart von Franz, eu o descrevo em poucas linhas, porém sem nenhuma ressalva negativa sobre o seu papel neste terror sobrenatural. Ademais, cabe a mim dar-lhe as honras quanto à eficiência repetitiva de seu trabalho. A bagagem de especialista em temas obscuros como alquimia, misticismo e ocultismo faz o personagem de Dafoe ser o único a interpretar a profunda conexão psíquica entre o Conde Orlok e Ellen.

Ellen Hutter e o Professor Albin Eberhart von Franz conversam sobre a importância dela para o fim de Nosferatu.
Professor Albin Eberhart von Franz explica para a jovem Ellen Hutter o propósito dela para o destino derradeiro de Nosferatu e a consequente salvação de todas as pessoas ao seu redor.

A atriz Lily-Rose Depp (Ellen Hutter) se destaca ao atuar em companhia do seu par Nicholas Hoult (Thomas Hutter). A performance da filha de Johnny Depp em algumas tomadas, carrega uma expressão quase teatral, porém na maior parte da trama ela aparece em cena demonstrando técnica e domínio dos movimentos corporais que caracterizam ataques de possessão, delírios, pesadelos e até excitação sexual reprimida – situações em que ela demonstra com veracidade movimentando o seu corpo de maneira repentina e em muitos casos se contorcendo violentamente e até levitando.

É nítido a conexão antiga e sobrenatural entre a jovem Ellen e Nosferatu. Sua juventude solitária – muitas vezes desafogada em gritos que convocava acidentalmente um ser desumano de que ela tinha consciência – fizeram despertar o desejo desse ser maligno em tê-la com ele um compromisso eterno. Dessa maneira, Ellen é assombrada e consumida por prazeres sexuais intensos, oriundos de sonhos terríveis que aludem ao casamento dela com a Morte.

Todo esse terror na vida da esposa de Thomas vai se intensificando no decorrer da história. Outras pessoas ao redor dela também vão ter suas vidas aterrorizadas pela presença perturbadora do ser maligno, até que o encontro desejado há tempos levará ao desfecho trágico – uma armadilha transformada em entrega e sacrifício por onde a luz do sol enfim se encarregará em devolver a praga Nosferatu às sepulturas eternas do inferno.

Presente em todo filme do gênero terror – nem que seja em respingos -, o sangue se faz presente em “Nosferatu” obviamente da maneira mais diversa possível, principalmente pela boca, seja jorrando ou sugando, aqui esse fluido corporal se faz em abundância, pois trata-se do prato principal de Conde Orlok (ou seria a pobre Ellen). Fica claro ao longo de toda a trama que o apetite voraz do vampirão de bigode grosso se estende para além da vontade de sugar o sangue, o desejo da consumação sexual é tão voraz quanto – vide os ataques sexuais em que Ellen sofre através da sua mente bagunçada.

Para encerrar, pelo que eu ouvi do público durante o meu trajeto poltrona-porta de saída do cinema, acredito que este filme “Nosferatu” não venha agradar o gosto popular – muitas dessas pessoas estão acostumadas às produções que tenham mais emoção em suas histórias, fotografias coloridas e enredos que tenham uma estrutura narrativa centrada na jornada do herói objetiva, uma fórmula eficaz e que agrada muitas pessoas, inclusive a mim.

O longa-metragem em questão pode até obter sucesso comercial. Agora quanto ao seu conteúdo ser um sucesso de crítica por uma grande fatia do espectador, penso ser uma obra de arte que agrade mais a crítica especializada, os leitores do romance gótico “Drácula” e as pessoas atentas às nuances pontuais que o diferencia de outras adaptações baseadas na obra literário de Bram Stoker. Trata-se aqui de uma obra cinematográfica contemplativa, pode exigir uma certa maturidade no olhar para interpretar e de fato entender todo o contexto desde antes da concepção que levou a esta refilmagem épica. 

Inté, se Deus quiser!

 

NOTA: Nota do crítico: 4 estrelas (ótimo)

 

Trailer

Pôster

Pôster do filme "Nosferatu" (2024).

 

Curiosidade sobre Nosferatu

O conteúdo abaixo contém espoiler!

  • Os exteriores do castelo de Orlok foram filmados no Castelo de Hunedoara, também conhecido como Castelo de Corvin, um castelo romeno localizado na Transilvânia e um dos maiores castelos medievais existentes na Europa. Além disso, é um castelo onde Vlad Drácula ficou preso por um breve período;
  • De acordo com Bill Skarsgård, sua voz foi um aspecto do papel em que ele mais trabalhou, passando seis semanas antes das filmagens sem fazer “muito mais do que apenas me gravar”. “E quando eu me estabelecia, eu continuava fazendo esses exercícios. Parece um pouco com canto gutural mongol. É [insano].”;
  • Bill Skarsgård treinou com um técnico de ópera para abaixar sua voz em uma oitava, a fim de tornar a voz do Conde Orlok o mais grave possível;
  • As cenas do castelo foram filmadas no Castelo de Pernstejn, na República Tcheca, o mesmo local usado para o filme Nosferatu: “O Vampiro da Noite” (1979), de Werner Herzog;
  • Willem Dafoe fez uma cena com 2.000 ratos vivos;
  • Em uma entrevista com a Variety, o diretor Robert Eggers explicou que o design de Orlok remontava deliberadamente ao folclore e à cultura da região natal de Orlok. “Então, para tentar criar um vampiro mais assustador do que o que temos há algum tempo, voltei ao folclore. É algo de que gosto de qualquer maneira, mas os primeiros vampiros do folclore foram escritos por pessoas que acreditavam que os vampiros existiam. Ia ter alguma coisa boa lá, e os vampiros do folclore são um cadáver morto-vivo pútrido e ambulante. Então, a pergunta passou a ser: ‘Qual é a aparência de um nobre da Transilvânia morto? Isso significa esse complexo traje húngaro com mangas muito longas, estranhos sapatos de salto alto e um chapéu peludo. Isso também significa um bigode. Não importa o que aconteça, é impossível que esse cara não tenha um bigode. Tente encontrar uma pessoa da Transilvânia que seja maior de idade e que possa deixar crescer um bigode que não tenha bigode. Isso faz parte da cultura. Se não quiser se dar ao trabalho de pesquisar no Google, pense em Vlad, o Empalador. Até Bram Stoker teve o bom senso de dar um bigode ao Drácula no livro.”;
  • A palavra “Nosferatu” é de origem incerta. Acredita-se que Bram Stoker a tenha aprendido pela primeira vez em um artigo de 1885 de Emily Gerard sobre a superstição da Transilvânia, e o único uso anterior é de um artigo alemão sobre vampiros de 1865 de Wilhelm Schmidt. Ambas as fontes afirmam que a palavra é romena, mas o termo não tem significado neste idioma;
  • A preparação para seu papel como Conde Orlok foi tão intensa que Bill Skarsgård declarou que esse é o único papel em que ele realmente se aterrorizou. Em uma entrevista com o diretor Robert Eggers, Skarsgård disse: “Nunca tive tanto medo de um papel e provavelmente não terei novamente. Toda a jornada foi muito intensa. Quando você começa a canalizar algo que não é você, você se sente como um recipiente.” Após as filmagens, ele declarou que “nunca mais faria um papel tão maligno quanto esse”;
  • Para obter o visual misterioso do luar do filme nas cenas noturnas, a equipe filmou as cenas durante o dia e, na pós-produção, passou-as por um computador para remover os espectros de cores vermelho e amarelo;
  • Um corte estendido do filme incluirá cenas de Orlok que foram vistas no trailer do filme, mas não na versão cinematográfica. A cena é o Orlok visto de trás. “É uma daquelas coisas irritantes para os cinéfilos porque não está no filme”, ​​disse o diretor Robert Eggers sobre a cena. “É uma cena muito legal, gostei muito da cena, mas, como era pretendido, estava estragando um pouco a tensão saber que [Orlok] estava por perto.” Ele acrescentou: “Precisávamos mantê-lo mais misterioso. Mas se você quiser comprar o Blu-ray, ele está na versão estendida do filme.”;
  • Bill Skarsgård foi originalmente escalado como Thomas Hutter. No entanto, durante a longa pré-produção do filme, o diretor Robert Eggers decidiu escalar Skarsgård como Conde Orlok/Nosferatu. Em uma entrevista com Skarsgård, Eggers declarou que achava que a reformulação era para tornar o subtexto sexual entre Orlok e algumas de suas vítimas ainda mais convincente;
  • O diretor Robert Eggers revelou que Lily-Rose Depp o levou às lágrimas durante sua audição. Eggers explicou: “Tive uma reunião com Lily e ela me impressionou muito. Ela entendeu o roteiro tão bem, tinha visto todas as grandes adaptações de Drácula e muitas outras mais obscuras, imediatamente mencionou nosso amigo diretor polonês Andrzej Zulawski e eu sabia que estávamos na mesma página. Mas então fizemos uma audição, um teste de tela, e foi tão cru e poderoso quanto o que ela está fazendo na tela. Não estou exagerando; eu estava em lágrimas porque a audição dela foi tão insana. E ela é uma atriz tão disciplinada, corajosa e feroz. Ela é incrível”;
  • Robert Eggers co-dirigiu uma produção teatral de “Nosferatu” no ensino médio;
  • O gato de Ellen, que ela diz “não ter dono nem senhora”, chama-se Greta, em homenagem à atriz original de Ellen Hutter, Greta Schröder. Além disso, Ellen tinha um gato em “Nosferatu” (1922);
  • O diretor Robert Eggers já havia falado anteriormente sobre a transformação de Bill Skarsgård para o papel. “Eu diria que Bill se transformou tanto que tenho medo de que ele não receba o crédito que merece porque ele simplesmente… não está lá”, disse Eggers. “Ele sentiu vontade de honrar quem veio antes dele. Tudo isso é muito sutil. Mas acho que o principal é que ele é ainda mais um vampiro popular. Na minha opinião, ele se parece com um nobre da Transilvânia morto, e de uma forma que nunca vimos como um nobre da Transilvânia, morto de fato, se pareceria e se vestiria”;
  • Bill Skarsgård como Conde Orlok/Nosferatu foi propositalmente mantido quase oculto nos trailers e materiais promocionais (ou seja, um conjunto de seis pôsteres individuais dos personagens principais mostra apenas o Professor Albin Eberhart Von Franz, Ellen Hutter, Thomas Hutter, Anna Harding e Friedrich Harding, enquanto as metades superiores de seus rostos estão cobertas de sombra enquanto seus olhos brilham, mas o Conde Orlok está escondido em uma sombra quase negra como breu). Foi somente algumas semanas antes do lançamento do filme que a revelação de Skarsgård maquiado como o Conde em alguns artigos sobre o filme fez com que a maioria das pessoas finalmente visse a aparência do ator como o personagem;
  • A entrada de Orlok na casa dos Hutter, com sua sombra cruzando as paredes, espelha a icônica cena de “Nosferatu” (1922) de Orlok subindo as escadas;
  • O produtor Chris Columbus disse que Bill Skarsgård era tão assustador no figurino que ele não conseguia nem se aproximar dele no set. Isso até Skarsgård fazer todo mundo rir. Então Columbus “soube que Nosferatu tinha senso de humor”;
  • Em relação a algumas das sequências fisicamente exigentes nas quais sua personagem, Ellen Hutter, fica psicologicamente atormentada por Orlok, Lily-Rose Depp observa: “No que diz respeito às coisas físicas, Rob me apresentou ao butô japonês, que é uma dança japonesa forma de dança de arte performática, cujo cerne é essa ideia de deixar sua consciência e você mesmo meio que flutuar para longe do seu corpo físico. Você se torna um recipiente vazio para outra coisa assumir.”;
  • O filme original de 1922 quase se perdeu. Bram Stoker foi o criador e autor do romance “Drácula” em 1897. Sua viúva entrou com uma ação legal contra F. W. Murnau, o diretor de “Nosferatu” (1922), devido às semelhanças com Drácula. O juiz ordenou que todas as cópias do filme de 1922 fossem destruídas, mas, felizmente, algumas sobreviveram, ou esse remake talvez nunca tivesse sido feito;
  • O diretor Robert Eggers dá créditos a “Bob Esponja Calça Quadrada” (1999) por apresentar o personagem Conde Orlok/Nosferatu às gerações mais jovens. Na segunda temporada, episódio 16a, e no 36º episódio, “Graveyard Shift/Krusty Love” (2002), Bob Esponja e Lula Molusco são deixados no comando durante a noite no Siri Cascudo. Lula Molusco conta a Bob Esponja sobre a história do Hash Slinging Slasher que assustou Bob Esponja momentaneamente. No meio do episódio, as luzes começam a piscar periodicamente e Bob Esponja e Lula Molusco começam a aparecer. No final do episódio, alguém segurando sua própria espátula aparece para o Siri Cascudo, que Bob Esponja e Lula Molusco confundem com o Atirador de Hash, pedindo um requerimento de emprego. Os três então descobrem que as luzes piscando continuamente são devido a Orlok (que é uma cena da famosa cena da porta em “Nosferatu” (1922), exceto por um interruptor de luz na parede e o personagem piscando-o) piscando o interruptor de luz. Eles o repreendem levemente, apontando para ele e sorrindo. Orlok então sorri timidamente quando o episódio termina. Após a exibição do episódio, a popularidade e o interesse renovado pelo Conde Orlok/Nosferatu floresceram.
  • Harry Styles e Anya Taylor-Joy foram originalmente escalados para os papéis principais. Styles desistiu devido a “conflitos de agenda”, e o projeto foi adiado, o que resultou na desistência de Taylor-Joy mais tarde, já que ela estava filmando “Furiosa: Uma Saga Mad Max” (2024) na época. Lily-Rose Depp assumiu o papel de Taylor-Joy;
  • As flores geralmente carregam simbolismo. Os lilases roxos são manuseados e mencionados ao longo do filme em momentos significativos: as variantes específicas com um tom mais claro de roxo são tradicionalmente associadas ao primeiro amor ou à primeira vez que se sente amor por alguém, um tema importante no filme;
  • Assim como nos sets de “It – A Coisa” (2017) e “It: Capítulo Dois” (2019), apesar de interpretar um personagem vilão nesse filme, Bill Skarsgård fez questão de não assustar propositalmente seus colegas de elenco e membros da equipe enquanto não estava filmando e brincou com eles;
  • Este é o segundo filme relacionado a Nosferatu estrelado por Willem Dafoe, que interpreta o Professor Albin Eberhart Von Franz neste filme. O primeiro filme é “A Sombra do Vampiro” (2000), no qual Dafoe interpreta o vampiro fictício Max Schreck. “A Sombra do Vampiro” (2000) é um quase remake, um semi-biográfico e um olhar fictício dos bastidores de Nosferatu (1922);
  • Um método historicamente usado para identificar o túmulo de um vampiro, que é visto no filme, era conduzir uma mulher virgem montada em um garanhão virgem por um cemitério. Supõe-se que o cavalo empacaria ou pisaria forte em uma sepultura contendo um vampiro, e a sepultura identificada seria então aberta e o cadáver seria tratado. A cor necessária para o cavalo varia de região para região. Normalmente era necessário um cavalo preto, embora cavalos brancos, como o usado no filme, fossem usados ​​na região albanesa. O sexo da virgem também variava, sendo mais comum usar um menino virgem. A virgem geralmente estava vestida em ambos os casos;
  • Bill Skarsgård estava preocupado com a aparência de seu personagem, o Conde Orlok, enquanto passava por horas de maquiagem e aplicação de próteses. Skarsgård também estava preocupado com a possibilidade de não conseguir atuar adequadamente enquanto usava as camadas de maquiagem e próteses. Em uma entrevista à Entertainment Weekly, ele afirma: “Eu estava preocupado em não conseguir atuar com isso, em parecer que as peças protéticas eram gigantescas e que eu não conseguiria ganhar vida com isso”. Skarsgård continua: “Houve uma fase em que, quando ainda não tinham colocado tudo, eu pensava: ‘Pareço o maldito Grinch ou um maldito duende’. Não gostei nem um pouco da forma como estava sendo traduzido.” No entanto, o processo de maquiagem provou ser eficaz e o ator conseguiu mergulhar no papel;
  • Lily-Rose Depp trabalhou com um treinador de movimentos para o lado físico e feroz de Ellen Hutter. Depp afirma: “Também trabalhei com um treinador de movimentos que foi incrivelmente útil, e nós mapeamos todos esses movimentos e tentamos impregná-los de uma emoção que parecesse verdadeira. Eram mais do que apenas movimentos físicos, mas também infundidos com uma dor real e um tipo real de percepção do tipo de batalha interna pela qual ela estava passando”;
  • O filme foi parcialmente filmado no Castelo de Rozmitál, localizado em Rozmitál pod Tremsínem, Praga, República Tcheca;
  • As filmagens começaram em Praga, na República Tcheca, em março de 2023, no marco histórico conhecido como “Invalidovna”. As filmagens terminaram em 29 de maio de 2023;
  • Em “Nosferatu” (1922), Max Schreck, que interpretou o Conde Orlok, pisca apenas uma vez em toda a performance. Embora não esteja listado como uma homenagem a esse filme, na cena noturna em que Lily-Rose Depp, que interpreta Ellen Hutter, caminha até a janela, ela não pisca uma única vez durante uma única tomada longa;
  • A neve usada no filme não é gerada por computador. O diretor Robert Eggers usou uma técnica da década de 1940 em que flocos de batata congelados são esmagados e transformados em partículas semelhantes à neve. A prática outrora comum de usar velas de neve para obter efeitos de neve falsa foi proibida nos sets de filmagem devido ao fato de que um gás tóxico é emitido. A maioria das pessoas sugeriu o uso de CGI, mas Eggers recusou e acabou optando por flocos de batata congelados enquanto assistia a filmes antigos que usavam essa técnica;
  • Willem Dafoe interpreta o professor Von Franz, um acadêmico da Suíça que foi excomungado por estudar o ocultismo e a alquimia. C.G. Jung deixou seu cargo na Universidade de Zurique em 1913, em parte devido a seus estudos sobre ocultismo e alquimia. Uma de suas alunas mais proeminentes – Marie-Louise von Franz – uma psicóloga da Suíça – é conhecida por seus estudos sobre contos de fadas e alquimia. Dafoe e von Franz também têm um corte de cabelo semelhante no filme;
  • Esta é a terceira colaboração entre o diretor Robert Eggers e Ralph Ineson. Os dois primeiros são “A Bruxa” (2015) e “O Homem do Norte” (2022);
  • O orçamento do filme foi de aproximadamente US$ 50.000.000;
  • O designer de efeitos de maquiagem David White explicou o meticuloso processo de criação das próteses de Bill Skarsgård para encarnar o Conde Orlok, que não tem idade, mas está em decadência. White se inspirou no retrato do vampiro “Nosferatu” (1922) de Max Schreck e criou uma visão totalmente original para o remake do diretor Robert Eggers. O designer revelou a parte mais desafiadora do design. “Eu diria que a parte mais desafiadora de desenvolver foi o fato de que a maquiagem protética tinha que funcionar em muitos níveis, e com apenas uma aparência escultural. Tive que encontrar maneiras interessantes de atender a todos os critérios. Eu queria manter sua idade ambígua [e] sem idade, por assim dizer. Fiz isso sendo muito específico quanto à quantidade de rugas e linhas óbvias do personagem, mantendo o visual mais esparso, sem capuzes sobre as pálpebras e sem bolsas nos olhos”, afirma White;
  • Nicholas Hoult também estrelou outra adaptação livre de Drácula, “Renfield: Dando o Sangue Pelo Chefe” (2023);
  • O filme foi lançado 102 anos após o filme original de 1922, “Nosferatu” (1922);
  • Assim como Willem Dafoe, que quis trabalhar com o diretor Robert Eggers depois de ver “A Bruxa” (2015), o que levou à sua primeira colaboração com “O Farol” (2019), Bill Skarsgård quis trabalhar com Eggers depois de ver e gostar de “A Bruxa” (2015). Algum tempo depois do início do desenvolvimento do filme e após o lançamento de “A Bruxa” (2015), Skarsgård finalmente conheceu Eggers, eles se deram muito bem e o diretor o escalou para o filme;
  • Bill Skarsgård está acostumado a passar horas na cadeira de maquiagem personificando criaturas aterrorizantes e sobrenaturais. A transformação de Skarsgård em Pennywise em “It – A Coisa” (2017) exigiu de duas a cinco horas de aplicação da prótese, e na sequência, “It: Capítulo Dois” (2019), a aplicação da prótese foi reduzida para duas horas e meia. Para este filme, o processo foi ainda mais exigente, variando entre quatro e seis horas dependendo da extensão do visual.
  • O diretor Robert Eggers imaginou um Conde Orlok com um ar aristocrático. Como explicou o designer de efeitos de maquiagem, David White, “Orlok era de estatura nobre, [então] Robert realmente queria que ele tivesse bigode e topete”, um distanciamento da versão original, que era quase sem pelos, exceto por algumas sobrancelhas espessas e expressivas;
  • O Conde Orlok fala uma reconstrução da antiga língua Daciana em vários momentos do filme;
  • De acordo com o maquiador David White, Bill Skarsgård, como Conde Orlok, usou nove próteses somente na cabeça e no rosto. Isso inclui o pescoço, a parte de trás da cabeça, o queixo, as bochechas, os lábios inferior e superior, as orelhas, o nariz, a testa e a ponte do nariz. Também foram acrescentados pelos faciais, como bigode e pedaços de cabelo. Skårsgard também recebeu próteses nas mãos superior e inferior, com oito extensões de dedos incorporando unhas e dois polegares, cada um aplicado com uma prótese de liquidificador para disfarçar as bordas;
  • Bill Skarsgård, que interpretou o Conde Orlok nesse filme, é o ator mais jovem a interpretar o nobre vampiro, com 32 anos na época das filmagens. Gary Oldman, que interpretou o Conde Drácula em “Drácula de Bram Stoker” (1992), é o segundo ator mais jovem a retratar o Conde, com 33 anos. Tanto Oldman quanto Skarsgård tinham 34 anos quando seus respectivos filmes foram oficialmente lançados;
  • Esta é a segunda vez que Bill Skarsgård interpreta um vampiro. A primeira vez foi na série da Netflix, “Hemlock Grove” (2013);
  • Bill Skarsgård treinou com um técnico de ópera para ajudar a abaixar sua voz em uma oitava para criar a voz do Conde Orlok. Da mesma forma, Gary Oldman, que interpretou o Conde Drácula em “Drácula de Bram Stoker” (1992), treinou com um técnico de canto para ajudar a abaixar sua voz uma oitava;
  • Nesse filme, o marido de Ellen Hutter se chama Thomas Hutter. Em “Nosferatu” (1922), ele é chamado simplesmente de Hutter, e ela é chamada de Ellen. Em diferentes versões do filme em inglês, os personagens tinham nomes diferentes. Em algumas versões, ele é chamado de “Thomas” e, em outras, de “Jonathan”. Da mesma forma, em algumas versões, sua esposa é chamada de “Ellen” e, em outras, de “Mina”. Os nomes Jonathan e Mina são referências aos personagens principais do romance de Bram Stoker, o mesmo romance que inspirou “Nosferatu” (1922);
  • Um dos dois remakes de “Nosferatu” (1922) lançados em 2024, juntamente com “Nosferatu: A Symphony of Horror” (2023). Esse outro filme foi financiado no Kickstarter em 2014 e levou dez anos para ser lançado;
  • Todos os dentes do Conde Orlok são afiados, sendo os incisivos centrais e laterais superiores os mais longos;
  • Esta é a terceira colaboração entre o diretor Robert Eggers e Willem Dafoe. Os dois primeiros são “O Farol” (2019) e “O Homem do Norte” (2022), respectivamente;
  • Este filme foi anunciado pela primeira vez em 2015;
  • A cidade alemã fictícia onde os Hutters vivem chama-se Wisburg. Isso provavelmente é uma referência aos locais de filmagem originais de “Nosferatu” (1922), Wismar e Lübeck;
  • O professor Albin Eberhart Von Franz compartilha seu primeiro nome com Albin Grau, o produtor, designer de produção e ocultista que trabalhou com Murnau em “Nosferatu” (1922);
  • Nicholas Hoult estava bastante preocupado com os lobos durante as filmagens do filme; “Eu estava, tipo, correndo no local e, tipo, tentando ficar sem fôlego e, tipo, tentando entrar na fisicalidade da cena…” disse Hoult. “E eles ficavam, tipo, presos do outro lado da sala, com coleiras – mas quando começavam a agir, eles ficavam agitados e latiam intensamente para mim, me encarando como se eu fosse um petisco suculento.”;
  • O diretor Robert Eggers cita Milan Fras, o vocalista da banda do Leste Europeu Laibach, como parte da inspiração para o visual e a voz do Conde Orlok;
  • Bill Skarsgård, que interpreta o Conde Orlok neste filme, tem 1,93 m. Max Schreck, que interpretou o personagem em “Nosferatu” (1922), tinha 1,90 m, uma polegada mais baixo que Skarsgård;
  • Bill Skarsgård, que interpreta o Conde Orlok nesse filme, é sueco. O filme original, “Nosferatu” (1922), foi proibido na Suécia de 1922 a 1972 devido ao seu horror excessivo;
  • O filme é o terceiro remake de “Nosferatu” (1922). Os dois primeiros remakes são “Nosferatu: O Vampiro da Noite” (1979) e “Nosferatu: Uma Sinfonia de Horror” (2023), respectivamente;
  • Com exceção de “O Farol” (2019), Ralph Ineson participou de todos os longas-metragens de Robert Eggers. Com exceção de “A Bruxa” (2015), Willem Dafoe também participou de todos os filmes de Eggers;
  • As cenas com incêndios em ambientes fechados quase sempre têm uma tonalidade laranja-dourada, como em “O Homem do Norte” (2022), de Robert Eggers. Da mesma forma, muitas cenas noturnas são pintadas de azul-escuro, como na coloração usada em “Nosferatu” (1922);
  • O filme está na lista de finalistas de 2024 para o Oscar de Melhor Maquiagem e Penteado. Os outros finalistas incluem “O Aprendiz” (2024), “Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice” (2024), “Um Homem Diferente” (2024), “Duna: Parte 2” (2024), “Emilia Pérez” (2024), “Maria Callas” (2024), “A Substância” (2024), “Waltzing with Brando” (2024) e “Wicked” (2024). Por fim, foram escolhidos os filmes “Um Homem Diferente” (2024), “Emilia Pérez” (2024), “A Substância” (2024) e “Wicked” (2024);
  • O filme foi originalmente projetado para estrear com US$ 25 milhões. O filme estreou com mais de US$ 40 milhões, impressionando os projetistas de bilheteria;
  • O termo “Nosferatu” não está relacionado a nenhum demônio ou criatura romena, mas é uma invenção de estudos folclóricos alemães do século XIX que mais tarde foi adaptada para o romance de Bram Stoker. A criatura folclórica romena mais próxima seria o “zburator”, que tem várias descrições. Uma descrição é a de uma criatura alada, semelhante a um vampiro;
  • Este é o quarto filme de terror de Bill Skarsgård. Os três primeiros são “It – A Coisa” (2017), “It: Capítulo Dois” (2019) e “Noites Brutais” (2022), respectivamente;
  • Bill Skarsgård tinha 32 anos quando interpretou o Conde Orlok, e tinha 34 anos quando o filme foi lançado. Isso o torna o ator mais jovem a interpretar o personagem desde Max Schreck, que tinha 43 anos quando “Nosferatu” (1922) foi lançado. Klaus Kinski foi o mais velho a interpretar Orlok, com 53 anos, em “Nosferatu: O Vampiro da Noite” (1979);
  • O filme arrecadou cerca de US$ 40,8 milhões com lançamentos de Natal durante o feriado prolongado de 5 dias;
  • O espartilho de Ellen é rendado em leque. O laço em leque permite que a usuária aperte seu próprio espartilho com facilidade, o que faz sentido para Ellen, que não tem empregadas. Embora a primeira patente para ilhós com cadarço em leque não tenha surgido até 1908, exemplos de espartilhos com cadarço em leque já existiam na década de 1830, quando o filme foi ambientado;
  • O filme está na lista de finalistas de 2024 para o Oscar de Melhor Música (Trilha Sonora Original). Os outros finalistas incluem “Alien: Romulus” (2024), “Babygirl” (2024), “Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice” (2024), “Pisque Duas Vezes” (2024), “Blitz” (2024), “O Brutalista” (2024), “Rivais” (2024), “Conclave” (2024), “Emilia Pérez” (2024), “O Fogo Interior” (2024), “Gladiador II” (2024), “Horizon: Uma Saga Americana – Capítulo 1” (2024), “Divertida Mente 2” (2024), “O Quarto ao Lado” (2024), “Sing Sing” (2023), “Batalhão 6888” (2024), “Wicked” (2024), “Robô Selvagem” (2024) e “A Jovem e o Mar” (2024). Por fim, foram escolhidos “O Brutalista” (2024), “Conclave” (2024), “Emilia Pérez” (2024), “Wicked” (2024) e “Robô Selvagem” (2024);
  • O filme é o primeiro remake do diretor Robert Eggers;
  • A história de “Nosferatu” obviamente tem muitas semelhanças com a de “Drácula”, de Bram Stoker, mas nenhum dos nomes, locais, etc são exatamente iguais, e há algumas diferenças sutis na história geral. Isso ocorre porque, ao fazer o filme original, Nosferatu (1922), os cineastas não conseguiram garantir os direitos de “Drácula” e, portanto, tiveram que fazer alterações suficientes para evitar quaisquer repercussões legais;
  • O filme é o segundo filme de Robert Eggers a ser indicado para um Oscar. O primeiro filme é “O Farol” (2019). “O Farol” (2019) foi indicado na categoria de Melhor Fotografia. Esse filme foi indicado para Melhor Design de Produção, Melhor Fotografia, Melhor Maquiagem e Penteado e Melhor Figurino;
  • Esse é o primeiro filme de Robert Eggers que não tem “The” no título;
  • Três empresas de efeitos visuais trabalharam no filme. Essas empresas incluem a BlueBolt, a TPO VFX e a Atomic Arts;
  • O filme estreou em 2.992 salas de cinema norte-americanas;
  • O filme foi lançado nos Estados Unidos, Canadá, França e Espanha no Natal de 2024. O produtor Chris Columbus dirigiu os clássicos natalinos “Esqueceram de Mim” (1990) e “Esqueceram de Mim 2: Perdido em Nova York” (1992);
  • O filme foi lançado no mesmo ano em que outro filme relacionado a vampiros foi lançado, “A Hora do Vampiro” (2024). “A Hora do Vampiro” (2024) é a primeira adaptação cinematográfica de Stephen King após a minissérie “Os Vampiros de Salem” (1979) e a minissérie “A Mansão Marsten” (2004). O primeiro filme foi lançado no canal Max (anteriormente conhecido como HBO Max). Assim como esse filme, “Nosferatu” (1922), “Nosferatu: O Vampiro da Noite” (1979) e “Nosferatu: A Symphony of Horror” (2023), o primeiro filme e as duas minisséries anteriores foram parcialmente baseados no romance Drácula, de Bram Stoker. Além disso, o personagem vampírico vilanesco de Kurt Barlow tem uma semelhança física impressionante com o Conde Orlok/Nosferatu de “Nosferatu” (1922);
  • O filme foi indicado a quatro prêmios da Academia, incluindo Melhor Design de Produção para Craig Lathrop e Beatrice Brentnerova, Melhor Fotografia para Jarin Blaschke, Melhor Maquiagem e Penteado para David White, Traci Loader e Suzanne Stokes-Munton, e Melhor Figurino para Linda Muir;
  • A cena em que Ellen está sendo totalmente dominada pelo mal, fazendo com que sua língua se estenda em um grau incomum, deixou o público questionando se era real ou uma prótese. “Não, é ela. Toda ela”, disse Traci Loader, a principal maquiadora do filme, à Us Weekly em uma entrevista exclusiva, esclarecendo tudo. Quanto à forma como a equipe de efeitos realizou a cena, a líder do departamento de cabelos de Nosferatu, Suzanne Stokes-Munton, deu algumas dicas, dizendo à Us Weekly que houve “muita colaboração e redefinição” para garantir que o momento ressoasse da forma mais visceral possível;
  • O filme e “A Substância” (2024) estão entre os dois filmes de terror lançados em 2024 que foram indicados ao Oscar. Esse filme foi indicado a quatro Oscars, incluindo Melhor Design de Produção para Craig Lathrop e Beatrice Brentnerova, Melhor Fotografia para Jarin Blaschke, Melhor Maquiagem e Penteado para David White, Traci Loader e Suzanne Stokes-Munton e Melhor Figurino para Linda Muir. “A Substância” (2024) foi indicado a cinco Oscars, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor para Coralie Fargeat, Melhor Atriz para Demi Moore, Melhor Roteiro Original para Fargeat e Melhor Maquiagem e Penteado para Pierre Olivier Persin, Stéphanie Guillon e Marilyne Scarselli;
  • O filme e seu antecessor, “Nosferatu” (1922), foram filmados e lançados após pandemias globais mortais. Alguns anos antes de “Nosferatu” (1922) ser filmado e lançado, a pandemia de gripe espanhola começou em fevereiro de 1918 e “terminou” em 1920. A pandemia teria tido quatro ondas principais. Desde então, ela teve alguns aumentos depois que foi declarada “terminada”. Durante a pré-produção deste filme e antes de ser filmado e lançado, a pandemia de COVID-19 geralmente começou em novembro de 2019 e “terminou” em algum momento de 2023. No entanto, houve algumas ondas de ocorrências intermitentes desde 2023. Na história de “Nosferatu”, alguns dos principais temas são a peste e a morte. Em ambas as situações, as respectivas pandemias estavam frescas na mente do público e tornaram mais palpável a sensação de medo e pavor de lidar com a crise de saúde global da vida real durante a exibição dos dois filmes;
  • Após o término das filmagens, o diretor Robert Eggers enviou a prótese peniana de Bill Skarsgård para Nicholas Hoult como presente. Em uma entrevista à Elle, Hoult declarou: “Tenho a prótese do pênis do conde Orlok emoldurada em casa. Há uma cena em que Bill Skarsgård está sugando meu sangue, e Robert Eggers perguntou depois: ‘Como foi isso para você?’ E eu disse: ‘Pude sentir a prótese do pênis dele na minha perna’. E então, como presente de embrulho, Rob emoldurou-o e enviou-o para minha casa.”;
  • Como nas encarnações anteriores, o Conde Orlok é associado a ratos. No lado oposto, seus oponentes, Ellen Hutter e o Professor Albin Eberhart Von Franz, são associados aos gatos, assassinos de ratos;
  • Em uma entrevista de 2024 à Vanity Fair, Robert Eggers falou em detalhes sobre a sequência do mausoléu: “Tenho um bom vídeo no meu celular dos atores ensaiando essa cena em suas calças de moletom e Willem Dafoe gritando constantemente: “Foda-se!” porque as chamas estão chegando muito perto dele. Ele diz “fuck” 300 vezes em 25 segundos. Então, isso realmente teve seus desafios. [Risos] Há um pouco de realce das chamas, mas essa é uma das coisas que deixa Jarin Blaschke e eu loucos nos filmes – quando o VFX exagera nas chamas. Você pode ver que não está reagindo a nada e que são apenas chamas de computação gráfica, como se fosse uma merda. Fizemos algumas coisas apenas para dar um pouco mais de dimensão à chama em determinadas áreas. Eu diria que menos de 25%, mas no máximo 25%. Essa sequência apresenta milhares de ratos vivos, mas usamos nossos ratos de verdade no primeiro plano. Eles estão contidos por barreiras de plexiglass (vidro acrílico) para mantê-los seguros e para controlar todos os nossos ratos reais. Depois, à medida que a filmagem se estende para o plano de fundo, podemos usar ratos em CG, que são digitalizações em 3D dos ratos reais que tínhamos. Então, todos eles combinam. A animação é muito boa. …quando estávamos analisando as passagens e passagens e passagens dos ratos em CG, o mais importante era combinar a cintilação da chama e como ela interagiria com cada rato. Essa foi, na verdade, a criação da aparência realista dos ratos, porque as varreduras eram fáceis. Sua interação com o chão e seus movimentos foram fáceis, mas iluminá-los de forma convincente foi o maior desafio. Uma coisinha super idiota aqui: Dirigi Nosferatu em uma peça teatral quando tinha 17 anos, e minha esposa, na cena da cripta, interpretou a estátua de um anjo. Se você olhar para cima em um desses arcos embutidos, há uma estátua de um anjo lá em cima que é um pequeno “Easter egg” para minha esposa.”;
  • Em uma entrevista, Bill Skarsgård revelou que, para sua cena de nudez, quando Thomas confrontou Orlok em seu sarcófago (de Orlok), a maior parte de seu corpo estava coberta por próteses pesadas, exceto as solas dos pés e as palmas das mãos;
  • As tomadas e as técnicas de edição usadas para retratar a comunicação psíquica de Orlok com Ellen são diretamente inspiradas em “Svengali” (1931). De modo mais amplo, as tentativas de Orlok de dominar mentalmente Ellen são fortemente inspiradas pelo filme;
  • No romance “Drácula”, o conde titular tem um pequeno exército do que o romance chama de “ciganos” e “Szgany” como seus leais lacaios em sua terra natal, que lutam contra os heróis no clímax do romance em uma tentativa de impedi-los de matar Drácula. Aqui, os Romani não são servos de Orlok, mas seus inimigos, engajados na caça de vampiros menores e tentando alertar Thomas para que não vá ao Castelo Orlok. Até mesmo seu único ato explicitamente ilícito (roubar o cavalo de Thomas) pode ser interpretado como uma tentativa de evitar que ele caia nas garras de Orlok;
  • O Conde Orlok se parece muito com a descrição de Bram Stoker do Conde Drácula no romance original. Conforme descrito: “Seu rosto era forte – muito forte – aquilino, com a ponte alta do nariz fino e narinas peculiarmente arqueadas; com uma testa alta e abobadada e cabelos que cresciam escassamente ao redor das têmporas, mas profusamente em outras partes. Suas sobrancelhas eram muito maciças, quase se encontrando sobre o nariz, e com cabelos espessos que pareciam se enrolar em sua própria profusão. A boca, pelo que pude ver sob o pesado bigode, era fixa e de aparência um tanto cruel, com dentes brancos e especialmente afiados; eles se projetavam sobre os lábios, cuja rudeza notável mostrava uma vitalidade surpreendente em um homem de sua idade.” Na verdade, isso está muito mais próximo do que a maioria das representações cinematográficas do Conde, incluindo os Dráculas de Bela Lugosi e Christopher Lee. O Drácula de Gary Oldman tinha um bigode fino em sua versão mais jovem, mas não em sua forma verdadeira;
  • O diretor Robert Eggers incentivou Lily-Rose Depp a ler “Péhor”, do autor francês Remy de Gourmont, para ajudá-la a se preparar para seu papel como Ellen Hutter e para o relacionamento erótico e gradualmente vigoroso da personagem com o Conde Orlok. “Rob é incrivelmente bem pesquisado, famoso, e por isso me enviou muitas referências, muitos filmes que o inspiraram para o papel. Ele também me deu um texto para ler, chamado ‘Péhor’, que é uma espécie de história sobre uma jovem religiosa que tem uma história de amor sexual com um demônio”, disse Depp em entrevista ao IndieWire. Ela continua dizendo: “Então, é claro, isso foi muito pertinente para mim. Usei isso como uma espécie de Bíblia e me peguei lendo-a várias vezes enquanto estávamos filmando.” “Péhor” faz parte de uma coleção de contos que gira em torno de Douceline e suas escapadas sexuais chamada “Histoires magiques”;
  • Para a prótese de corpo inteiro do Conde Orlok, há um total de 62 peças protéticas. Uma equipe de seis pessoas levou de quatro a seis horas para aplicar as próteses em Bill Skarsgård;
  • Os ratos foram nomeados em conjuntos latinos de dez, para manter o controle de seu paradeiro durante as filmagens;
  • De acordo com o designer de efeitos de maquiagem David White, os dois estados físicos distintos do Conde Orlok dependem da situação em que ele se encontra, e o personagem usaria essas situações a seu favor. White afirma: “Ele também precisa ser atraente e carismático para Ellen e ser capaz de disfarçar sua podridão e decadência, mantendo-se nas sombras como cobertura. Sua coloração também foi um desafio. Criei dois visuais muito diferentes: um quando ele está em seu sarcófago, quando sua coloração em ‘estado de transe’ é púrpura com manchas vermelhas machucadas e tons escuros, e o outro sendo seu ‘visual diurno’, que era encerado e pálido”;
  • O filme original, “Nosferatu” (1922), foi a primeira narrativa a retratar um vampiro sendo morto pelo sol, o que se tornou um padrão da tradição moderna dos vampiros. Embora eles possam ser temporariamente transformados em cadáveres imóveis ou obrigados a retornar aos seus túmulos durante o dia e sofrer efeitos nocivos se não conseguirem, a luz do sol não mata os vampiros no folclore histórico. O filme equilibra seu desejo de ser preciso, tanto historicamente quanto em relação ao material original, fazendo com que o Conde Orlok morra quando o sol nasce após o primeiro canto do galo, como acontece em Nosferatu (1922), mas sem que ele se transforme em pó, como não acontece no folclore;
  • Herr Knock, o empregador de Thomas Hutter, logo é revelado como servo do Conde, tornando o personagem um análogo de Renfield no romance original. Essa mudança foi usada pela primeira vez em “Nosferatu” (1922). A adaptação de Drácula de Tod Browning, “Drácula” (1931), fez de Renfield o jovem advogado enviado à Transilvânia para encontrar o Conde. Nesse filme, John Harker, cujo nome é baseado em Jonathan Harker (um dos personagens principais do romance de 1897 de Bram Stoker), tem um papel muito menor e nunca viaja para a Transilvânia;
  • Como no primeiro filme de Robert Eggers, A Bruxa (2015), o clímax consiste no fato de a personagem feminina principal ceder sua vida a uma entidade demoníaca luxuriosa. Só que, dessa vez, geralmente é sua ruína em vez de sua vitória;
  • Nicholas Hoult falou sobre um momento “realmente difícil” durante as filmagens ao lado de Lily-Rose Depp. Ao aparecer no “Capital Evening Show with Jimmy Hill”, o ator revelou o quanto eles tiveram dificuldades no set porque estavam filmando ao lado de mais de cinco mil ratos de verdade. “Eles são reais”, revelou ele. “Acho que em certas cenas, quando há muitos e muitos ratos no fundo, alguns são como ratos digitais escaneados para fazer isso, mas na maior parte do tempo são todos ratos de verdade, sim.” Compreensivelmente chocado, Hill perguntou se os atores estavam “bem com ratos”. “Para ser sincero, eles não são os meus favoritos, mas eu os adoro de longe”, disse Depp. “Meu personagem não teve que lidar com ratos, Bill e Emma tiveram que lidar com mais ratos perto do corpo”, acrescentou ela. “Sim, eles tinham ratos rastejando sobre eles e outras coisas”, disse Hoult. Eu estava naquela cena com a Emma em que eles tinham todos os ratos, sabe, rastejando por todo o corpo, e me lembrei de pensar: “Não tenho inveja de você agora”, disse ele, antes de acrescentar que o cheiro deles era “muito forte” por não terem sido treinados em casa. Hoult então compartilhou seu momento “diva” no set, quando disse à equipe “isso não vai funcionar para mim”. “Isso não tem nada a ver, mas a única vez em que fui uma diva no set foi quando havia uma cena em que eu deveria estar comendo sorvete e, obviamente, estava ansioso, mas quando cheguei lá, dei uma mordida no sorvete e ele era banha de porco misturada com corante alimentício e açúcar.” Hoult explicou ainda: “Era sorvete falso, absolutamente nojento, e meu personagem deveria comer muito disso ao longo do dia.” E eu disse: “O que é isso?” e eles disseram: “Ah, é banha de porco, achamos que o sorvete poderia derreter por causa do cenário, do calor e tudo mais” e eu disse: “Não, isso não vai funcionar para mim”. “Então, eles foram ao Tesco, na esquina, e pegaram um monte de sorvete de verdade para mim, para que eu pudesse usar. Eu disse: “Isso é absolutamente nojento, não posso comer isso!”;
  • Enquanto estava na Transilvânia, Thomas viu um bando de ciganos usando uma virgem para conduzi-los ritualmente ao túmulo de um vampiro. Isso prenuncia que Orlok também será destruído por uma jovem de coração puro;
  • A cena em que o Conde Orlok confronta Ellen diretamente com seu ultimato: “Fique comigo ou seu marido sofrerá”, provavelmente é uma homenagem a quando o Conde Drácula fez o mesmo com Lucy Harker em “Drácula” (1979);
  • Quando Knock está mostrando a Thomas o mapa de onde ele deve viajar para encontrar o Conde Orlok, há selos secos com o símbolo de Orlok e um papel com símbolos ocultos abaixo de seus papéis. Isso prenuncia sua associação com o conde. Também pode ser uma referência à forma como Knock e Orlok se comunicavam no filme original, “Nosferatu” (1922), por meio de cartas de anjo e símbolos ocultos;
  • As freiras dizem a Thomas que Orlok era um mago negro em vida antes de o demônio manter seu corpo vivo para caminhar sobre a terra. Isso, juntamente com o símbolo da marca em seu peito, alude à ideia de que Orlok estudou o ocultismo antes de se tornar um vampiro. Uma alusão semelhante foi feita em “Nosferatu” (1922);
  • No folclore romeno, o termo “Nosferatu” não existe. Diz-se que o termo é derivado de estudos alemães e não tem significado real. Eventualmente, “Nosferatu” foi usado para descrever um vampiro ou uma criatura da noite que drena a vida de suas vítimas. No folclore romeno, o que mais se aproxima de uma criatura dessa natureza é o “zburator”. Uma das descrições mais notáveis de “zburator” é um incubus, que é um demônio sexual masculino que persegue mulheres virgens em seus sonhos sob o disfarce de um homem atraente para sugar sua energia vital enquanto fazem amor. A versão feminina dessa criatura é um súcubo, que é um demônio sexual feminino, que faz o mesmo que o incubo, exceto que suas vítimas são homens. Nesse filme, e diferentemente das encarnações anteriores, o Conde Orlok se comporta mais como uma criatura sexual do tipo incubus, especialmente em relação a Ellen Hutter. Semelhante a um incubus, ele assombra os sonhos de Ellen e, às vezes, inflige sexualmente sua mente. No entanto, Orlok não escondeu necessariamente o que ele realmente é de Ellen, e Ellen estava bem ciente de quem e o que Orlok é e o que ele queria dela. Ela o havia convocado anteriormente e, de certa forma, acidentalmente, devido ao seu breve interesse nas artes das trevas, o que, de forma não intencional, acabou causando a destruição das pessoas ao seu redor. Sabendo que ele seria enfraquecido e morreria pelo Sol e aceitando seu próprio destino devido ao fato de tê-lo convocado, Ellen permitiu de bom grado e com sacrifício que Orlok a drenasse até a morte enquanto faziam amor;
  • Na cena do final do filme, Ellen está sendo totalmente dominada pelo mal, o que faz com que sua língua se estenda em um grau incomum. Isso fez com que o público se perguntasse se ela era real ou uma prótese. “Não, é ela. Toda ela”, disse Traci Loader, a principal maquiadora do filme, à Us Weekly em uma entrevista exclusiva, esclarecendo tudo. Quanto à forma como a equipe de efeitos realizou a cena, a líder do departamento de cabelos de Nosferatu, Suzanne Stokes-Munton, deu algumas dicas, dizendo à Us que houve “muita colaboração e redefinição” para garantir que o momento ressoasse da forma mais visceral possível. “Eu não queria que o cabelo ficasse em seu rosto quando ela terminasse. Então, eu tinha que estar atento para que ele ficasse fora do caminho. Então, houve uma discussão com o treinador de movimento”, lembrou ela. “Lily fez isso 17 vezes e eles devem ter ensaiado por uma boa hora antes disso. Então, foram muitas vezes.” Durante a cena, Loader teve que ficar limpando o rosto de Lily Rose Depp porque a atriz estava produzindo muita saliva. “Para mim, porque ela babava ou o que quer que acontecesse naturalmente, era só limpar e eu tentava ficar fora do espaço dela o máximo que podia, porque é uma mentalidade muito forte fazer algo assim”, explicou Loader. “Então, tentamos ser muito cuidadosos [e] fazer o que tínhamos que fazer.” “Eles simplesmente foram e fizeram o que tinham que fazer, e ela se manteve concentrada”, continuou. “Fizemos o que tínhamos que fazer juntos e depois nos afastamos.” Stokes-Munton também elogiou a disposição de Depp em trabalhar em equipe com a equipe criativa. “Ela foi muito profissional”, lembrou. “Com os artistas, você tem a sensação de que, se eles confiam em você, você pode entrar. Eles nem sabem que você está lá porque sabem que o que você está fazendo é necessário. Portanto, foi uma espécie de simbiose.” Loader descreveu a colaboração como sendo “como uma dança”. O cabelo de Lily-Rose Depp muda ao longo do filme para combinar com a jornada de sua personagem. Stokes-Munton chamou isso de “um reflexo mais sutil da jornada emocional [da personagem]”. No final, seu penteado evolui, e sua cor preta e sem brilho combina com seu destino. Não gosto muito que meu cabelo se imponha ou algo assim, então ele acompanha [a jornada da personagem]; a peruca não é paga para atuar, ela sim”, brincou Stokes-Munton. “Então, ela apenas realça essas emoções. É muito sutil.” Depp lembrou que, depois de ver o resultado final da cena, ela perguntou ao diretor Robert Eggers se eles adicionaram saliva digitalmente e Eggers lhe disse que não. Ela ficou impressionada;
  • Na cena final, com Nosferatu finalmente morto, Von Franz (Willem Dafoe) se vira para olhar o sol pela janela. Ao fazer isso, o reflexo da moldura da janela projeta a sombra de um crucifixo em sua bochecha. Essa foto combina as duas coisas que eles sabem que fazem mal a um vampiro: o sol e o sinal da cruz;
  • De todos os filmes Nosferatu, este é o primeiro filme Nosferatu onde o Conde Orlok é mostrado nu. O público ficou genuinamente surpreso ao ver o personagem nu, seja de forma sexual ou não sexual, em algumas cenas. Normalmente, na mídia vampírica, os personagens vampiros masculinos quase sempre estão vestidos. No entanto, personagens femininas de vampiros às vezes tendem a ser mostradas parcialmente nuas ou completamente nuas. Alguns exemplos disso são as Noivas de Drácula em “Drácula de Bram Stoker” (1992) e Marie em “Inocente Mordida” (1992). A nudez de personagens vampiras femininas é muito mais comum devido ao apelo sexual e ao olhar masculino. Apesar disso e mesmo não sendo tão proeminente quanto a nudez feminina de vampiros, existem alguns casos de nudez masculina de vampiros, como “True Blood” (2008) da HBO, a minissérie “Drácula” (2020) e “Entrevista Com o Vampiro” da AMC. (2022). Mas, esses exemplos estão em uma escala menor. Este filme quebrou os padrões ao mostrar a nudez total e completa de um importante personagem vampiro masculino;

 

Ficha técnica

Diretores: Robert Eggers.
Roteiro: Robert Eggers, Henrik Galeen e Bram Stoker.
Produtores: Alma Bacula, Bernard Bellew, Garrett Bird, Chris Columbus, Eleanor Columbus, Robert Eggers, John Graham, David Minkowski, Jeff Robinov e Matthew Stillman.
Diretor de fotografia: Jarin Blaschke.
Editor: Louise Ford.
Direção de arte: Robert Cowper, Paul Ghirardani, Ondrej Lipensky, Magdalena Novakova e Hauke Richter.
Figurino: Linda Muir e David Schwed.
Cabelo e maquiagem: Sally Alcott, Jan Anderle, Ellie Ball, Alessandro Ballacci, Emily Barker, Andrea Brown, Martina Buhrová, Sacha Carter, Dora Faber, Hana Franková, Richard Glass, Jo Grover, Jakub Gründler, Alice Heappey, Clare Hedges, Chloe Henderson, Josef Hluchy, Victoria Holt, Kati Hood, Colin Jackman, Samuel James, Vladimira Kacirkova, Aneta Kirschnerová, Tamara Koubová, Ailsa Lawson, Traci Loader, Chris Lyons, Colum Mangan, Ellis Mckenna-Bruce, Ivana Nemcova, Mariia Ortynska, Gabriela Polakova, Stuart Richards, Kate Alexandra Smith, Jody Stanton, Suzanne Stokes-Munton, Marketa Tureckova, Milan Vlcek, Fiona Walsh e David White.
Música: Robin Carolan.
Elenco: Lily-Rose Depp, Nicholas Hoult, Bill Skarsgård, Aaron Taylor-Johnson, Willem Dafoe, Emma Corrin, Ralph Ineson, Simon McBurney, Adéla Hesová, Milena Konstantinova, Stacy Thunes, Gregory Gudgeon, Robert Russell, Curtis Matthew, Claudiu Trandafir, Georgina Bereghianu, Jordan Haj, Katerina Bila, Maria Ion, Tereza Duskova, Liana Navrot, Mihai Verbintschi, Karel Dobrý, Andrei Sergeev, Matej Benes, Marek Pospíchal, Jan Filipenský, Alex East, Christian Dunkley-Clark, Andrea Miltner, Robin Finesilver, Paul A Maynard, Charles Horne, Ella Bernstein e Meredith Digings.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima