Filme "Furiosa: Uma Saga Mad Max" (2024), George Miller.

Resenha do filme Furiosa: Uma Saga Mad Max (2024, George Miller)

Em “Furiosa: Uma Saga Mad Max” (‘Furiosa: A Mad Max Saga’) o espectador contempla a experiência máxima em entretenimento cinematográfico focado no gênero ação. O filme é uma contribuição majestosa ao gênero que faz da franquia “Mad Max” um sucesso estrondoso desde então. Tudo isso graças, em grande parte, à acuracidade de seu senhor idealizador e diretor, George Miller, prestes a completar oito décadas de vida, sendo mais da metade delas dedicadas à arte de fazer cinema – prática que o levou a acumular experiência técnica e assim ter a competência de dominar uma produção de tamanho peso e complexidade como é “Mad Max”, em específico “Furiosa”, a qual dedico esta resenha crítica.


A aventura iniciada no final dos anos 70 (1979) – com Mel Gibson estrelando no papel de Max “Mad” Rockatansky -, chega no ano de 2024 para contar a prequela focada na personagem-título interpretada pela expoente Anya Taylor-Joy. A protagonista envereda por caminhos tortuosos em que passado, presente e futuro se misturam em uma criativa desordem paradoxalmente organizada sobre a estrutura de um roteiro que não deixa “Furiosa” (o filme e a personagem) cair no buraco negro do clichê de ação – situação comum na maioria dos filmes deste gênero, predestinados ao pó, em meio as ininterruptas e grosseiras cenas de tiro, porrada, bomba e só.

O espetaculoso trabalho de direção do australiano George Miller não dá trégua para o resfriamento dos motores entre uma tomada e outra, ao mesmo tempo que o versado cineasta preenche a história de sentido a cada frame renderizado neste cinema de ação contemporâneo, tão digno de ser classificado no patamar dos extintos filmes “arrasa-quarteirão”.

A história do qual explora este prequel, joga o zoom na vida pregressa de Furiosa. No começo, a personagem principal encontra-se na fase jovem (Alyla Browne) e está colhendo frutas em uma terra verdejante desconhecida e cheia de vida (uma espécie de Éden), onde vive com sua mãe em uma pacata comunidade, enquanto fora dali encontra-se o resto do mundo sobrevivendo em uma terra devastada, um imenso deserto onde pessoas sobrevivem sob regimes impiedosos que os privam de usufruir dos escassos recursos básicos como a água.

A jovem Furiosa (Alyla Browne) colhendo pêssego.
A jovem Furiosa (Alyla Browne) sobe em um pessegueiro para colher uma fruta. Logo após, a Horda de Motociclistas rapta Furiosa e a leva até o líder Dementus.

Em plena colheita dos pêssegos, a saga da jovem Furiosa é iniciada logo após ser surpreendida em uma tentativa de sabotar a horda de motociclistas que invadem o território em que ela vive para caçar. Ao ser interceptada por um dos membros, a garota é arrancada violentamente de sua terra frutífera para ser entregue nas mãos sujas do líder e senhor da guerra, Dementus (Chris Hemsworth). Antes de Furiosa ser sequestrada, ela consegue tocar o instrumento que emite um som de alerta e assim que Mary Jabassa (Charlee Fraser) ouve o sinal da filha, a mãe sai em disparada deserto adentro com o seu rifle de precisão em punho. Mesmo abatendo alguns membros da gangue, Mary não consegue de momento alcançar a filha.

É impressionante a energia que o quase octogenário diretor George Miller transfere em cada sequência capturada da ação, o domínio e a capacidade técnica do australiano é comprovada nos detalhes que se mostram por todo o enquadramento. O senhor realizador se aproveita das várias técnicas em que um filme exige e as compilam em um produto final capaz de fazer o telespectador transbordar nas emoções mais diversas. Aliás, são várias as sensações sentidas ao assistir “Furiosa: Uma Saga Mad Max” e todo o caminho em que a protagonista passa e se dispõe a enfrentar.

Ambas as atrizes (Alyla Browne e Anya Taylor-Joy) conseguem abastecer de ódio o interior da personagem central – elas tornam toda essa cólera visível por meio das expressões faciais vistas ao estarem em ambientes hostis e povoados de seres da pior espécie; fisionomia raivosa também evidente antes e durante adentrar em uma luta pela sobrevivência, na qual se vê obrigada a enfrentar com bravura para seguir na sua rota de fuga. Acredito que do lado do espectador, prevalece uma mistura de sentimentos opostos que surpreendem: o desespero e a tristeza presente quase sempre durante a construção da personagem Furiosa perante uma vida aguerrida até a sua maturidade.

A junção das várias técnicas exigidas durante as impressionantes cenas de ação, são direcionadas com absoluto rigor e captadas com exímio domínio da direção que não deixa a desejar em nada. Atores e veículos interagem em uma potência elevada ao ambiente hostil em que estão inseridos, lugar em que um vacilo se quer – seja do homem ou então da máquina -, fatalmente levará à morte impiedosa ou à destruição total.

Nessas cenas onde a ação dita as regras, nota-se o quão preparado encontra-se o elenco frente aos desafios complexos em que cada um aplica ao contracenar. O ritmo veloz vindo de todos os lados não escapa do foco preciso de George Miller, sua autoconfiança o capacita a capturar enquadramentos impactantes e movimentos de câmera precisos. Toda a técnica de filmagem adquirida por Miller ao longo da carreira, a competência da equipe por trás dos efeitos visuais e a adesão de tecnologias de última geração, proporcionam um resultado final distinto.

Praetorian Jack e Furiosa dentro da Máquina de Guerra.
Praetorian Jack dirige a “Máquina de Guerra” com Furiosa ao seu lado, rumo à “Fazenda da Bala”, a terceira fortaleza do deserto.

Diante disso tudo, ouvimos o trabalho complexo do músico Tom Holkenborg sendo entoado ao longo desta trama transcorrida num cenário pós-apocalíptico. As composições que fazem parte da trilha sonora propiciam uma experiência ainda mais profunda em meio ao drama vivido com bravura pela protagonista, somado às ações em torno dos intimidadores roncos dos motores funcionando na potência e que dão máxima tração para o ataque mortal dos veículos equipados com criatividade agressiva. Ouve-se em cena toda essa profusão de sons mecânicos em congruência com a criação musical do compositor. 

O jeitão debochado do antagonista Dementus coloca este personagem excêntrico em um ponto de destaque, o espalhafatoso vilão contrapõe em relação ao protagonismo introspectivo de Furiosa, uma menina fechada em seus traumas e que deixa transparecer – através de seu olhar eloquente – a chama viva que se põe a queimar todo aquele ódio acumulado desde o dia em que a raptaram da terra que vivera com a família. Outra relação antagônica à personalidade selvagem de Furiosa é vista quando entra em cena o personagem Pretoriano Jack (Tom Burke), uma surpresa frente a interpretação concisa deste ator, até então não muito conhecido pelo grande público.

A visão do diretor George Miller para a escolha dos rostos certos para cada personagem demonstra sua intuição afiada, as atrizes Alyla Browne e Anya Taylor-Joy interpretam Furiosa em fases distintas e ambas têm o talento de comunicação visível em suas expressões não verbais. A comunicação falada delas é mínima em comparação ao que se traduz em seus olhos.

Immortan Joe e Dementus se encaram.
Dementus vai até a cidadela para negociar e fica de frente com o seu governante, o poderoso senhor da guerra Immortan Joe.

São muitos os destaques quanto aos personagens e seus intérpretes – cabe aqui citar o nome Lachy Hulme, o ator simplesmente assumiu a interpretação de dois personagens de forte impacto visual e relevantes à história, Immortan Joe e Rizzdale Pell. Fora do elenco de atores, trago à tona o trabalho de outro mundo feito por dois departamentos artísticos: design de produção e figurino, sob tutela dos profissionais Colin Gibson e Jenny Beavan.

Desde a cena inicial, em que a câmera dá um zoom do espaço até a pequena Furiosa arrancando um suculento pêssego do alto da árvore, passando pelo capítulo três, intitulado  “The Stowaway” (A Clandestina), até o final em que a tensão e a angústia de Furiosa encontra-se com a oportunidade de, enfim, descarregar ou não todo o ódio em um ato de vingança carregado de dor e tristeza.

Não faltam elogios para o que se vê em “Furiosa: Uma Saga Mad Max”, não me canso ao escrever o quanto é primoroso o trabalho desenvolvido pelo veterano do cinema, George Miller. Não vou me atrever a dizer que nesta produção, do ano de 2024, o diretor australiano alcançou o seu ápice profissional, uma vez que tenho a esperança de que ele agora não retorne à sua aposentadoria, mais uma vez. Pelo que foi feito neste longa-metragem, tenho como cinéfilo a obrigação de rezar a Deus que o senhor Miller tire do papel mais um filme da franquia Mad Max, uma vez que já especula-se até um título: “Mad Max: The Wasteland”. O cinema contemporâneo mais que precisa da sua perícia cinematográfica e do seu vigor, quase incansável.  

Inté, George Miller, se Deus quiser!

NOTA: Nota do crítico - 5 estrelas (excelente!)

 

Trailer

Pôster

Pôster do filme "Furiosa: Uma Saga Mad Max" (2024).

Curiosidade sobre Furiosa: Uma Saga Mad Max

  • George Miller disse que o roteiro desse filme já estava completo antes das filmagens de “Mad Max: Estrada da Fúria” (2015): “Para contar essa história de forma coesa, tínhamos que saber tudo o que aconteceu no período anterior, então escrevemos uma história sobre Furiosa desde que ela foi levada quando criança, como ela se refere em “Estrada da Fúria”, até se tornar a Imperator Furiosa. Isso acabou se transformando em um roteiro completo, com arte conceitual e assim por diante. E os atores, os designers e toda a equipe receberam o roteiro antes de filmar ‘Mad Max‬: Estrada da Fúria’.”;
  • Filmado em New South Wales, Austrália. Todos os filmes de “Mad Max” foram filmados na Austrália, com exceção de “Mad Max‬: Estrada da Fúria” (2015), quando chuvas recordes transformaram as áreas desérticas normalmente áridas em áreas de crescimento verdejante. “Estrada da Fúria” foi filmado na Namíbia;
  • George Miller revelou que tem outra história de “Mad Max”, provisoriamente intitulada “The Wasteland”, pronta para ser lançada, dependendo do sucesso desse filme. Assim como esse filme, ela nasceu de toda a preparação para a produção de “Mad Max‬: Estrada da Fúria”. Miller declarou: “Principalmente porque, para contar a história de “Mad Max‬: Estrada da Fúria”, que se passa em um período de tempo muito curto, pegando toda a história de fundo, toda a exposição no caminho, todo mundo que trabalha no filme, não apenas os carros, mas todos os designers, todos os criadores de adereços, todo mundo, teve que entender a história de fundo muito intimamente para que ela fosse coerente. Portanto, tivemos que escrever a história de “Furiosa” e os 18 anos que antecederam seu encontro em “Mad Max‬: Estrada da Fúria”. Também tivemos que escrever a história do ano de Max no ano anterior ao seu encontro em “Mad Max‬: Estrada da Fúria”. Então, temos essa história. Nico Lathouris e eu escrevemos isso como uma novela, e essa é a história que ainda temos para contar.”;
  • Uma sequência de ação de 15 minutos no filme, conhecida durante a produção como “Stairway to Nowhere” (Escada para lugar nenhum), marca um ponto de virada para Furiosa. Foram necessários 78 dias para filmar, com cerca de 200 pessoas trabalhando nela diariamente. George Miller fez um extenso storyboard para a sequência, até encontrar a maneira certa de fazê-la. Anya Taylor-Joy revelou: “George e eu tínhamos grandes conversas sobre o motivo pelo qual essa cena em particular era tão longa. É porque você vê um acúmulo de habilidades ao longo de uma batalha, e isso é muito importante para entender como Furiosa é engenhosa, mas também sua coragem. É a sequência mais longa que qualquer um de nós já filmou. No dia em que terminamos, todo mundo ganhou um vinho ‘Stairway To Nowhere’!”;
  • Anya Taylor-Joy aprendeu a fazer curvas em J em seu primeiro dia de aula de dublês, apesar de não ter carteira de motorista;
  • George Miller falou sobre esse projeto logo após o lançamento de “Mad Max: Estrada da Fúria” (2015), mas ele levou 9 anos para ser feito e lançado. O desenvolvimento foi paralisado por vários anos devido a disputas de indenização entre Miller e a Warner Bros. por causa de “Estrada da Fúria”, que acabaram sendo resolvidas;
  • Chris Hemsworth revelou que a voz de Dementus veio de uma combinação de um locutor de carnaval, de seu próprio avô (que ele fez questão de ressaltar que era um homem adorável) e de uma gaivota;
  • Em uma entrevista no The Late Show with Stephen Colbert (2015), Stephen Colbert: O que “Mad Max” significa para os australianos? Chris Hemsworth: Os americanos têm Star Wars. Os britânicos têm “Harry Potter” e nós temos “Mad Max”;
  • Chris Hemsworth disse: “Quando você faz um filme de ação, na maioria das vezes está tentando coisas diferentes, está experimentando e tentando tornar a sequência o mais impressionante e grande possível, e você tem backups e outras opções, e isso pode ser exaustivo. O que foi revigorante ao trabalhar com George é que cada quadro foi pensado. Cada quadro era necessário. Ele estava atendendo ao todo. Fazia parte de um plano maior e de uma mensagem, portanto, não havia desperdício. Tudo o que você vê é essencial, significa algo e apoia a jornada dos personagens, a narrativa e o arco geral do filme. Foi exaustivo da melhor maneira possível. Todos nós aparecemos e estávamos dispostos a nos comprometer e nos arriscar para servir a essa jornada e a esse filme, e a essa série que existe há 40 e poucos anos.”;
  • Josh Helman retorna em Furiosa interpretando um novo personagem, Scrotus. Anteriormente, ele interpretou Slit em “Mad Max‬: Estrada da Fúria”;
  • George Miller contratou ex-presidiários como artistas de apoio para o filme;
  • Lachy Hulme pressionou George Miller para que ele fosse o escolhido para interpretar Immortan Joe, pois queria honrar a interpretação de Hugh Keays-Byrne do personagem e também sabia que poderia reproduzir a voz e as expressões faciais de Hugh para Joe. Por fim, Miller concordou em escalá-lo. “Quando você está trabalhando em um filme do Dr. George Miller, não há pressão sobre você porque você está em um ambiente de apoio incrível”, disse Hulme;
  • Anya Taylor-Joy queria raspar a cabeça como Charlize Theron fez para “Mad Max‬: Estrada da Fúria”, mas seus contratos de modelo exigiam que ela mantivesse o cabelo comprido. Além disso, George Miller achava que o penteado de Anya era icônico demais para ser raspado. Por fim, Furiosa corta o cabelo na última parte do filme;
  • George Miller disse que a filmagem desse filme foi mais fácil do que a de “Mad Max‬: Estrada da Fúria”, em alusão à produção conturbada deste último. Ele elogiou a nova liderança da Warner Bros. por implementar uma “abordagem de produção de filmes muito mais colaborativa do que adversária”;
  • George Miller se reuniu com Anya Taylor-Joy imediatamente após ver seu desempenho em uma edição preliminar de “Noite Passada em Soho” (2021), de acordo com o diretor Edgar Wright. Miller contou a mesma história no podcast “Kermode and Mayo’s Film Review”, observando que Wright elogiou muito a atriz;
  • Embora Charlize Theron tenha ficado desapontada por não poder interpretar Furiosa novamente, ela expressou sua aprovação por Anya Taylor-Joy em seu lugar, chamando-a de “uma das melhores atrizes do mundo” em uma entrevista;
  • Chris Hemsworth elogiou o processo de produção tranquilo do filme: “Nunca estive em um set de filmagem que fosse ao mesmo tempo intimidador, barulhento, ruidoso, exaustivo e, ainda assim, completamente seguro e sob controle.”;
  • O Pretoriano Jack menciona que seus pais faziam parte de uma organização que tentava manter a lei e a ordem enquanto a sociedade caía. Esta é uma clara referência à Main Force Patrol (MFP), grupo ao qual Max Rockatansky pertencia em “Mad Max” (1979), que lhe deu seu icônico carro;
  • Este filme revela que Dementus, e não Joe, foi quem levou Furiosa do Green Place, embora Joe nunca soubesse que ele existia. Isso torna mais compreensível o fato de Joe ter confiado nela para dirigir o War Rig. Mesmo que, de alguma forma, ela tenha conseguido se livrar da escolta do War Boy, ele nunca soube que ela tinha algum lugar para onde pudesse fugir;
  • Com 148 minutos (2 horas e 28 minutos), esse é o filme “Mad Max” mais longo até hoje;
  • As larvas que rastejam sobre os restos do braço de Furiosa provavelmente ajudaram a salvar sua vida (o que pode ou não ter sido deliberado). As larvas se alimentam de tecido morto ou em decomposição (ignorando qualquer tecido saudável nas proximidades), e seus corpos secretam compostos antimicrobianos, o que as torna úteis no tratamento de ferimentos graves;
  • George Miller e Mahiro Maeda estavam desenvolvendo uma prequela em estilo anime para “Mad Max: Estrada da Fúria” (2015) intitulada “The Peach” (O Pêssego), que seria produzida simultaneamente, mas foi descartada quando “Estrada da Fúria” foi adiado. Algumas das artes conceituais de Maeda para o projeto apresentavam um ursinho de pelúcia, e o urso foi posteriormente incorporado ao personagem Dementus;
  • Chris Hemsworth verificava Anya Taylor-Joy constantemente durante suas sequências brutais de confronto. Ele declarou: “Eu ainda rio disso. Aqui temos essas idas e vindas violentas enquanto as câmeras rodam, e então foi ‘Corta!’ e eu estou dizendo: ‘Você está bem, espero não ter batido em você com muita força, e o que você vai fazer no fim de semana?” Taylor-Joy disse: “Eu também me lembro disso. É como se estivéssemos tentando cuidar um do outro enquanto tentávamos mutilar um ao outro.”;
  • O roteirista e diretor George Miller originalmente considerou o uso de “tecnologia de desenvelhecimento” para permitir que Charlize Theron interpretasse a personagem Furiosa nesta prequela. Por fim, Anya Taylor-Joy foi anunciada para interpretar o papel em 2020;
  • Uma parte importante do filme (composta por 197 tomadas) é dedicada a um roubo de uma grande plataforma, a maior parte da qual não tem música. Os acordes começam quando o papel de Furiosa na sequência de ação é revelado pela primeira vez. O compositor musical Tom Holkenborg disse: “Quando há silêncio absoluto, essa é uma das ferramentas mais poderosas que você pode ter como compositor. Os primeiros compositores e os primeiros diretores entenderam isso muito bem. George e eu conversamos muito sobre certos clássicos, como “Bullitt” (1968), com Steve McQueen, ou “Operação França” (1971), com Gene Hackman, em que há perseguições em que não há trilha sonora durante a maior parte da cena, e quando é realmente importante, quando algo se torna muito emocional ou muito, muito tenso, é quando a música é introduzida para dar uma camada extra a uma sequência de ação. A contenção era o caminho a seguir.”;
  • Chris Hemsworth revelou que gostaria de ter mantido o ursinho de pelúcia que seu personagem, Dementus, mantém acorrentado ao corpo durante todo o filme, um pequeno detalhe que sobrou da série de anime que George Miller estava planejando fazer sobre Furiosa. “Eu não fiz isso. Eu deveria”, diz ele. “Os detalhes foram incríveis para o departamento de arte e para George. Vou rastrear esse urso. Precisamos que ele volte para casa.”;
  • Como Alyla Browne e Anya Taylor-Joy não têm características faciais idênticas, George Miller e o supervisor de efeitos visuais Andrew Jackson empregaram o aprendizado de máquina (uma forma não geradora de inteligência artificial) para mesclar os rostos das duas atrizes. Taylor-Joy disse que Miller “queria que a transição fosse perfeita”. Ela passou dois dias filmando com especialistas em efeitos visuais para que eles pudessem mapear suas expressões faciais. Segundo sua estimativa, no início do filme, cerca de 35% do rosto de Browne foi modificado para se parecer com o seu, número que aumentou para 80% durante as cenas finais de Browne na Cidadela. Ela também lembrou ao entrevistador que o sindicato dos atores entrou em greve em parte para exigir uma melhor regulamentação das ferramentas de IA (Inteligência Artificial) e que o uso da IA por Miller foi consensual;
  • Muitas das acrobacias foram feitas pela própria Anya Taylor-Joy. Seu perfil na Elle confirmou que ela era tão boa em acrobacias que, muitas vezes, o diretor George Miller a confundia com sua dublê durante as filmagens;
  • A grande cicatriz que o Pretoriano Jack (Tom Burke) tem ao longo do lado direito de seu rosto foi, em grande parte, um efeito de maquiagem, mas não totalmente; ela incorpora a cicatriz do lábio leporino real de Tom Burke, reparado cirurgicamente;
  • A pintura que preocupa o supervisor de Gastown é “Hylas and the Nymphs” (1896), de John William Waterhouse. A obra está preservada na Manchester Art Gallery (Reino Unido);
  • Enquanto “Mad Max: Estrada da Fúria” (2015) usou uma abordagem minimalista de CGI (Computer-Generated Imagery), com cerca de 2.000 aprimoramentos de filmagem, Furiosa usou mais de 20.000 aprimoramentos de CGI;
  • Muitas cenas foram filmadas na paisagem desértica que foi usada quando George Miller, juntamente com Mel Gibson, filmou a sequência de “Mad Max” em 1982, “Mad Max 2: A Caçada Continua”;
  • Tom Burke disse que George Miller vetou a ideia de uma montagem de treinamento em que Jack ensina Furiosa sobre a guerra nas estradas porque era muito clichê;
  • O diretor George Miller esclareceu um pouco sobre a criação do novo vilão, Dementus, bem como seu processo de pensamento ao contratar Chris Hemsworth para o papel: “Precisava haver um elemento de carisma” nesse personagem. “Tem que haver espontaneidade e escuridão nele.” Assim, Hemsworth se inspirou em ditadores da história. Miller também falou sobre como foi difícil encontrar o ator certo para interpretar Dementus, antes de ter uma conversa “de longo alcance e de vários níveis” com Hemsworth, que o convenceu de que o cara era o ideal para o trabalho;
  • Anya Taylor-Joy conseguiu o emprego antes de alcançar uma fama maior em “O Gambito da Rainha” (2020), da Netflix, e imediatamente contratou um personal trainer para entrar em forma de luta. Ela se exercitou por um ano antes de ir para o set. Ela declarou: “George me perguntou: ‘o quanto você está disposta a fazer o trabalho físico?’ e eu disse: ‘Farei tudo o que você precisar'”. Ela também declarou: “Acho que nunca trabalhei tão duro em minha vida. Mas eu realmente queria fazer isso”. Chris Hemsworth sentiu o mesmo, afirmando: “Eu sonhava em participar de um filme de “Mad Max”. Eu desejei, esperei e implorei. Ele ocupa um lugar especial em meu coração”. George Miller aproveitou o que Hemsworth descreve como sua “natureza naturalmente muito agitada, que normalmente tenho que esconder nos filmes, mas aqui eu pude deixar tudo isso transparecer”;
  • Em uma entrevista ao io9, Chris Hemsworth disse que George Miller forneceu a ele uma história de fundo para seu personagem Dementus, que evoluiu gradualmente após a colaboração entre eles. Por exemplo, o ursinho de pelúcia se transformou em um totem que simboliza sua família passada;
  • Tom Burke quase foi às lágrimas quando seu personagem Jack Pretoriano foi descrito como “nobre” e “heroico” porque seus papéis anteriores eram pessoas “ruins”;
  • Anya Taylor-Joy disse que George Miller filmou, mas acabou deletando uma cena em que Furiosa corta a língua de Dementus, um ato que é mencionado, mas não mostrado na versão teatral. Taylor-Joy revelou que acabou mantendo o adereço da língua protética. Ela acrescentou: “George [Miller, o diretor] foi gentil comigo, ele filmou, não está no filme, mas o departamento de adereços me deu [algo] para levar para casa – e é a língua do Chris”, disse ela, rindo. “Eu tenho a língua protética do Chris em uma caixa.”;
  • George Miller declarou que, em sua opinião, o filme Furiosa “provavelmente” se passa depois de “Mad Max: Além da Cúpula do Trovão” (1985). O motivo de apenas “provavelmente” é que Miller não vê a série Mad Max como tendo uma continuidade estrita, mas sim como uma série de mitos ou lendas sobre esse mundo e esses personagens;
  • George Miller disse que não faria diferença para os espectadores assistir a esse filme sem ter visto “Estrada da Fúria”, mas para aqueles que viram, não faria muita diferença, além do fato de que assistir ao filme o ajudaria a entender as várias forças e facções que entraram em “Mad Max: Estrada da Fúria” (2015);
  • O apito que a jovem Furiosa usa para avisar o Green Place sobre os invasores da Horda de Motociclistas é muito semelhante ao que Max usa para desativar o Demolidor durante a batalha em “Mad Max 3: Além da Cúpula do Trovão” (1985);
  • Anya Taylor-Joy revelou que manteve o braço protético que usa na segunda metade do filme, depois de um encontro particularmente destrutivo com Dementus. Ela acrescenta que havia várias versões da prótese, dependendo das necessidades de tomadas específicas: “uma macia para certos tipos de acrobacias, e depois você precisa de uma dura para quando estiver realmente parecendo heavy metal“. (Ela não disse, entretanto, qual delas acabou levando para casa);
  • Chris Hemsworth chegou ao set de filmagem com uma lesão nas costas, mas disse que estava animado para trabalhar em Furiosa porque interpretar Dementus permitiu que ele saísse “daquele espaço tipificado do cara musculoso de ação e interpretasse um personagem com complicações e escuridão”. Ele explicou que “sofrer sem um propósito é horrível”, mas “sofrer com um propósito pode ser rejuvenescedor e reabastecedor”;
  • Furiosa foi planejada para ter um cabelo mais longo e esvoaçante em “Mad Max: Estrada da Fúria” (2015), mas Charlize Theron pediu que ela raspasse a cabeça para o papel. Neste filme, Anya Taylor-Joy retratou Furiosa com um penteado mais longo durante pelo menos parte dos eventos do filme, antes de raspar a cabeça;
  • O primeiro filme “Mad Max” a confirmar, inequivocamente, que “Mad Max: A Terra Desolada” está na Austrália. Anteriormente estava apenas implícito;
  • Estima-se que o filme tenha recebido AU$ 183 em financiamento do governo e descontos de impostos, e custou um total de AU$ 333,2 milhões (US$ 233 milhões), o maior valor já registrado em uma produção cinematográfica no país;
  • Chris Hemsworth e Anya Taylor-Joy falaram sobre as sequências de ação que consideraram mais memoráveis de serem filmadas. Hemsworth diz que nunca chegou a ser o centro dos tipos de acrobacias em que Taylor-Joy estava envolvida. “Meu personagem era uma espécie de imperador, meio que na retaguarda, apontando o dedo e forçando todos os outros a entrar na briga”, diz ele. “Tive algumas cenas de direção, que foram muito divertidas.” Taylor-Joy, por outro lado, lembra da longa sequência em que Furiosa se esconde no chassi da plataforma de guerra e acaba no meio de uma enorme sequência de perseguição e luta. “Toda essa sequência foi filmada durante 78 dias”, diz ela. “Foi a primeira coisa que filmei. Foi a última coisa que filmei. A equipe de pessoas que tornou isso possível teve um momento, talvez no 50º dia, em que você pensa: “Como ainda estou neste equipamento? Mas foi muito legal ver tudo se encaixar. E o fato de ter um enredo tão importante, você pode vê-la meio que em sua nova forma, como ela adquire habilidades rapidamente. Isso foi muito satisfatório.”;
  • É revelado que “Pretoriano” é mais um título do que um simples apelido, que é brevemente passado para Furiosa. Enquanto servia ao lado dele oficialmente sob o comando de Immortan Joe, Furiosa também recebeu o título de Pretoriana, sendo apresentada como tal por alguns dos War Boys de Joe. O significado original de Pretoriano se referia aos guerreiros mais estimados do Império Romano que guardavam de perto o imperador em sua vida pessoal. Talvez o próprio Immortan Joe tenha criado esse título para dar apenas aos seus guerreiros mais estimados. Em “Mad Max: Estrada da Fúria” (2015), no entanto, Furiosa parece tê-lo substituído pelo título “Imperator”;
  • O personagem Scabrous Scrotus, interpretado por Josh Helman, apareceu pela primeira vez no jogo de videogame “Mad Max” (2015);
  • Nathan Jones emitiu uma declaração por meio de sua conta no Facebook a respeito de uma cena envolvendo Alyla Browne, que interpreta a Furiosa mais jovem. A cena que, aparentemente, fez com que algumas pessoas bombardeassem o ator com mensagens de raiva, ocorre quando a jovem Furiosa está sendo mantida em cativeiro na Cidadela, onde Rictus sugestivamente acaricia seu cabelo. Embora a cena seja de fato desconfortável, nada acontece nesse momento. No entanto, infelizmente, isso encorajou alguns fãs a enviar mensagens irritadas para Jones, que teve de responder por meio de sua página no Facebook. Sua declaração diz: “Percebi algumas perguntas e mensagens privadas sobre meu papel em “Furiosa: Uma Saga Mad Max”, especialmente em relação a uma cena com a jovem Furiosa. Esse é um assunto muito delicado, e quero enfatizar que envolve um personagem fictício. Os detalhes podem ser desconfortáveis e, como ator, meu trabalho é retratar um personagem com base na direção e no roteiro que me foram fornecidos. Agradeço sua compreensão e apoio ao reconhecer a distinção entre ficção e realidade. Obrigado”;
  • A fronteira entre o Green Place e o Outback é um trecho de terra outrora cultivável que sofreu invasão do deserto, como mostram as árvores mortas cercadas de areia. Nos próximos 20 anos, a poluição do exterior se infiltraria no Green Place e causaria um colapso ecológico;
  • Tom Burke disse que há ecos de Max Rockatansky em seu personagem, mas que ele se tornou um forasteiro que está institucionalizado no modo de vida da Cidadela e não sabe como seria estar do lado de fora; um “forasteiro do lado de dentro”;
  • A Horda de Motociclistas é mencionada como tendo sido derrotada por Scabrous Scrotus durante as Guerras de Wasteland no videogame;
  • Apresenta Chris Hemsworth e Elsa Pataky. Eles são marido e mulher na vida real;
  • Rizzdale Pell é interpretado por Lachy Hulme, que também interpreta Immortan Joe no filme. Hulme, um bom amigo do diretor George Miller, foi originalmente escalado como Pell para o filme. Miller havia sugerido a contratação de um dublê de corpo para o papel de Immortan Joe, mas Hulme sugeriu que ele poderia fazer jus ao papel e conseguiu o papel;
  • Para interpretar Dementus nesse filme, Chris Hemsworth usou uma grande prótese no nariz, apesar de não haver nenhuma razão específica de caráter ou enredo para o nariz diferente ou para a mudança em sua aparência. Em uma entrevista de maio de 2024 com Margeaux Sippell para a Moviemaker Magazine, Hemsworth explicou o motivo por trás da decisão: “O nariz, a barba, o tipo de peruca, todo o tipo de prótese e o figurino, tudo era apenas, veja bem, tudo isso ajuda você a sair do caminho de si mesmo. Quanto mais você puder se libertar de si mesmo e ser completamente levado em uma jornada através do que o cabelo e a maquiagem, o figurino, os cenários têm a oferecer – isso torna seu trabalho muito mais fácil.”;
  • George Miller tinha em mente uma visão específica para Dementus, a de uma figura com um visual romano clássico. Isso daria ao personagem um ar de autoridade, um paralelo com as representações padrão de grandes líderes romanos, como Júlio César. Os esboços do personagem se distinguiam por um nariz aquilino, que se encaixava na estética do Império Romano que Miller estava procurando. E quando Chris Hemsworth, um australiano que havia crescido com a saga “Mad Max” de Miller, entrou na equipe, ele também adotou essa visão do Império Romano. Os dois desenvolveram o personagem juntos, inspirando-se em estátuas e outras imagens da história do Império Romano. Um aspecto consistente foi o nariz, um grande focinho que se curva para fora na parte superior, e que está tão entrelaçado com as representações clássicas dos romanos que é definido como “nariz romano”. Hemsworth explicou à Entertainment Weekly que o nariz e a postura pronunciada de Dementus foram as peças que inspiraram o personagem. Essa ideia de Dementus ser inspirado pelo Império Romano se estende ao veículo escolhido por Dementus, uma carruagem de gladiador romano movida por dois helicópteros. O restante do visual do Dementus, a barba, a peruca e os dentes, ajudaram Miller de outra forma, tirando um pouco do brilho da aparência natural do ator;
  • Embora a personagem seja mencionada como sendo a mãe de Furiosa no filme, o filme nunca responde à pergunta se ela é sua mãe biológica, sua mãe adotiva ou se é simplesmente um título honorífico por ela fazer parte das The Vuvalini (As Muitas Mães);
  • Em uma entrevista ao Polygon, quando perguntaram o que Anya Taylor-Joy e Chris Hemsworth levariam se tivessem que visitar a Wasteland, Taylor-Joy disse que levaria o gato que agora possui depois de adotá-lo na Austrália, “um gatinho da Wasteland” que ela diz ser “bem treinado” para que ele pudesse estar no set durante as filmagens. Hemsworth, por outro lado, sugere que levaria o maior número possível de painéis solares, para contornar a obsessão e as guerras por combustível da série “Mad Max” (“guzzolene” no mito da série). Eu diria apenas: “Não há necessidade de guerra!”, diz ele. “Acho que o próximo filme será repleto de energia solar.”;
  • Chris Hemsworth descreveu Dementus como sendo “um indivíduo bastante horrível”. Como muitos vilões, ele não pensa necessariamente em si mesmo dessa forma. Ele revelou ainda que, no filme, os espectadores continuarão a se perguntar: “Isso é mal, mas qual é a intenção por trás disso?” Além disso, ele é da opinião de que seu personagem comete atos duros e violentos porque, em sua mente, trata-se de sobrevivência. Ele explicou que, quando Dementus pergunta: “Você tem a capacidade de tornar isso épico?”, é porque ele acha que, se você não for memorável e não se destacar, será não apenas esquecido, mas também brutalmente eliminado;
  • Apresenta Chris Hemsworth e Elsa Pataky. Eles são marido e mulher na vida real;
  • Quando perguntado sobre a quantidade de efeitos visuais presentes no filme, George Miller destacou “The Stowaway” (A Clandestina), um dos capítulos do meio do filme e também a sequência de ação mais longa e extensa, afirmando: “Quando você está fazendo sequências estendidas como a sequência “The Stowaway”, ela foi filmada em 78 dias. É uma sequência de 15 minutos, mas os céus são consistentes. Então, pegamos o que achamos que era um bom céu e podemos reproduzir esse céu ao longo da história. Assim, algumas cenas têm o céu real porque o céu real parecia muito bom. Mas, na próxima tomada, o céu poderia ser completamente diferente, então pudemos combiná-lo. É possível fazer isso. É possível fazer isso”;
  • O ursinho de pelúcia usado como acessório por Dementus é o único remanescente do conceito original da história como anime. O ursinho de pelúcia proporciona uma forte justaposição com a paisagem devastada pela guerra do filme e também está profundamente ligado à história do próprio Dementus e ao seu relacionamento com Furiosa;
  • O breve prólogo e a narração apresentados ao longo do filme fornecem mais contexto do que nunca sobre os detalhes que envolvem a queda da civilização no mundo de “Mad Max”. Em vez de ser um único evento catastrófico que derrubou a sociedade, o deserto parece ser o resultado de uma série de desastres, incluindo uma crise de petróleo, escassez de água, doenças, pestes e, finalmente, uma guerra nuclear. Isso é confirmado pelo uso de imagens reais de testes nucleares no prólogo do filme. Mostrando árvores se curvando no rastro de uma explosão nuclear, os breves vislumbres da filmagem no prólogo podem ser atribuídos a um teste atômico na bacia de drenagem de Yucca Flat, em Nevada, realizado em 1953;
  • “The Octoboss” foi originalmente programado para aparecer em uma motocicleta voadora real, mas isso acabou sendo vetado pelo diretor George Miller por motivos de segurança. Conforme explicado pelo designer de produção Colin Gibson, “George, sendo o homem carinhoso e amoroso que é, tem uma certa tendência contra coisas voadoras de verdade”;
  • George Miller tinha em mente uma visão específica para Dementus, a de uma figura com um visual romano clássico. Isso daria ao personagem um ar de autoridade, um paralelo com as representações padrão de grandes líderes romanos, como Júlio César. Os esboços do personagem se distinguiam por um nariz aquilino, que se encaixava na estética do Império Romano que Miller estava procurando. E quando Chris Hemsworth, um australiano que havia crescido com a saga “Mad Max” de Miller, entrou na equipe, ele também adotou essa visão do Império Romano. Os dois desenvolveram o personagem juntos, inspirando-se em estátuas e outras imagens da história do Império Romano. Um aspecto consistente foi o nariz, um grande focinho que se curva para fora na parte superior, e que está tão entrelaçado com as representações clássicas dos romanos que é definido como “nariz romano”. Hemsworth explicou à Entertainment Weekly que o nariz e a postura pronunciada de Dementus foram as peças que inspiraram o personagem. Essa ideia de Dementus ser inspirado pelo Império Romano se estende ao veículo escolhido por Dementus, uma carruagem de gladiador romano movida por três helicópteros. O restante do visual do Dementus, a barba, a peruca e os dentes, ajudaram Miller de outra forma, tirando um pouco do brilho da aparência natural do ator;
  • As filmagens das cenas do portão e do palco de som ocorreram em um empreendimento vazio em Sydney (Melrose Park/Ermington) em julho e agosto de 2022;
  • Fazendo a ponte entre “Furiosa: Uma Saga Mad Max” e “Mad Max‬: Estrada da Fúria”, a aparição de Scrotus parece confirmar o jogo “Mad Max” como canônico. O filho de Immortan Joe também não é o único personagem a aparecer nos dois títulos. O companheiro mecânico de Max no jogo, Chumbucket, também faz uma breve aparição, sendo o único a dizer a Furiosa que ele tem um veículo para ela, apenas para apresentá-la com uma estrutura que mal funciona. Isso reflete a introdução do excêntrico personagem no jogo, e seu nome nos créditos confirma que ele é o mesmo;
  • Assim como o videogame de 2015, a história em quadrinhos associada a “Mad Max‬: Estrada da Fúria”, de mesmo nome, parece ser confirmada como canônica pela presença de um History Man. Estabelecidos na história em quadrinhos como uma espécie de seita ou ordem quase religiosa, os History Men e as History Women preservam o conhecimento do mundo anterior tatuando-o intrincadamente em si mesmos, transformando-se em dicionários ambulantes. Ao memorizar a maior quantidade possível de informações, eles se tornam capazes de distribuir “Word Burgers”, um termo abrangente para definições e histórias. Dementus mantém um History Man ou retentor como parte de seu círculo mais próximo, sendo um dos poucos membros de sua gangue a conquistar uma posição de privilégio por outros meios que não a violência. No entanto, a professora das esposas de Immortan Joe em “Mad Max: Estrada da Fúria”, Miss Giddy, também pode ser uma History Woman, pois é coberta de forma semelhante por linhas e linhas de escrita fina e tatuada. A presença dessas figuras parece canonizar a história em quadrinhos prequel na linha do tempo de “Mad Max”;
  • Alyla Browne foi escolhida para o papel de “Furiosa” logo no início do processo de desenvolvimento do filme por George Miller, depois de tê-lo impressionado durante as filmagens de “Era Uma Vez um Gênio” (2022);
  • O slogan do filme “Remember her” (Lembre-se dela) faz alusão à frase de efeito pré-morte de Furiosa (“Remember me?!”) em “Mad Max‬: Estrada da Fúria” (2015);
  • Em um determinado momento durante o desenvolvimento, Jodie Comer foi considerada para o papel de Furiosa e Richard Madden foi considerado para um dos principais papéis masculinos;
  • Tom Holkenborg mudou-se para Sydney, Austrália, para escrever a trilha sonora, sua terceira com George Miller depois de “Mad Max‬: Estrada da Fúria” e “Era Uma Vez um Gênio”;
  • Tim Burns, que interpretou Johnny the Boy no “Mad Max” original, aparece em algumas cenas como um dos homens de Dementus;
  • O diretor George Miller disse que ele e sua equipe debateram bastante a inclusão de imagens de “Estrada da Fúria” durante os créditos do filme. Ele afirmou: “O que acontece é que, nos créditos finais de ‘Furiosa’, você recebe uma amostra do que acontece. Então, se você não viu “Estrada da Fúria”, não está tendo a experiência de “Estrada da Fúria”, está tendo, tipo, um pequeno mini trailer dele. Portanto, é uma experiência bem diferente. Espera-se que uma seja uma experiência imersiva e a outra seja uma espécie de pequena amostra. É como se você estivesse ouvindo uma peça musical extensa, uma sinfonia ou uma ópera rock ou algo assim, e no final tocasse apenas alguns compassos de amostra”. O diretor disse que, no final, decidiu incluir a filmagem porque os dois filmes estão intimamente ligados. Ele afirmou: “Pensei em todas essas coisas. Mas achei que, por parecer – tenho certeza de que há outros exemplos, mas não consigo pensar em nenhum – que há um fluxo direto do final de uma história para outra, achei que valia a pena fazer isso. E se você não viu “Estrada da Fúria”, elas realmente não farão muita diferença;”
  • O Immortan Joe exigindo o Mecânico Orgânico como parte do acordo mostra exatamente por que o Joe é um líder mais competente do que o Dementus. Joe reconhece que, por mais poderoso que seja, há coisas para as quais ele simplesmente não tem as habilidades ou o treinamento necessários. Em vez disso, ele aumenta seu poder com indivíduos habilidosos. Dementus simplesmente considera sua própria habilidade sem se preocupar com os indivíduos sob seu comando. Simplificando, Dementus comanda sua horda, Immortan Joe delega seu império;
  • O mais difícil para Alyla Browne ao interpretar a jovem Furisoa foi o fato de ter que ficar descalça o tempo todo. Ela achou particularmente difícil se acostumar a andar nas areias do deserto;
  • De acordo com Grand D. Kleut, ele e a equipe discutem uma possível história de fundo em que o Octoboss e sua gangue cresceram juntos após o apocalipse, antes de conhecerem Dementus, e ele foi inspirado a dominar o voo ao ouvir o History Man e suas histórias e ao se perguntar como encontrar o “Lugar da Abundância” de onde Mary e Furiosa vieram. Além disso, a origem de seu nome está envolta em mitos e pode se referir (entre outras coisas) aos pontos da bússola, a uma luta com outros oito chefes senhores da guerra ou simplesmente ter se originado de uma pipa de polvo que o Octoboss encontrou antes de adotar esse nome;
  • No Festival de Cannes, o filme foi aplaudido de pé por 7 minutos;
  • Apesar de ter estreado em primeiro lugar nas bilheterias, esse filme arrecadou apenas US$ 32 milhões no mercado interno durante o fim de semana do Memorial Day, a menor bilheteria de abertura de um filme em primeiro lugar no Memorial Day desde “Gasparzinho, o Fantasminha Camarada” (1995), com US$ 22 milhões;
  • A mãe de Furiosa, Mary Jabassa, usa a roda dentada traseira de uma motocicleta como estilingue, disparando rolamentos de esferas com força mortal. Anteriormente, ela prendeu um tanque de gasolina a uma motocicleta desativada usando um cinto de segurança. O baixo do Doof Warrior, mostrado brevemente, também é construído a partir de uma comadre de hospital. Mesmo os restos humanos não estão fora de questão para uso prático, com um dos sequestradores de Furiosa usando um capacete feito de um crânio e, mais tarde, prendendo a criança Furiosa com um cabo tricotado junto com vértebras;
  • A prequela traz de volta alguns veículos importantes do filme anterior, incluindo uma versão anterior do War Rig, o Gigahorse de Immortan Joe e o premiado V8 Interceptor de Max. Enquanto isso, os veículos originais são criados a partir de vestígios impressionantes da tecnologia pré-apocalipse, como monster trucks e motores de aeronaves. No entanto, alguns veículos do deserto são de origem muito mais humilde, com os onipresentes carros de passeio da Volkswagen sendo transformados em máquinas de guerra mortais. Um fusca clássico dos anos 60 pode ser visto entre as motos da gangue de Dementus, servindo como uma espécie de veículo de perseguição. Mais tarde, o grupo que Dementus alcança e força a lutar entre si é visto dirigindo um equipamento feito a partir de um ônibus VW, que mais tarde passou a ser propriedade da gangue;
  • O compositor Tom Holkenborg ressalta que, quando se trata da música para esse filme, ele é orientado pelo personagem, já que se concentra na vida do protagonista dos 8 aos 18 anos de idade, ao contrário de “Estrada da Fúria”, que se passa em uma corrida no deserto de 48 horas. Holkenborg afirmou: “Musicalmente, tudo estava sendo contado a partir de uma perspectiva de primeira pessoa, que é ela, como ela observa o mundo ao seu redor, “The Wasteland”, suas crueldades.”;
  • Parece haver menos sobreposição entre os mecânicos e os War Boys do que no filme anterior (em que Nux e Slit atuam como mecânicos e War Boys). Uma possível razão para isso é que os War Boys sofreram perdas suficientemente graves na 40 Day Wasteland War que, depois de ver como os mecânicos ficaram sem o que fazer perto do fim da guerra, Joe decidiu que, no caso de um conflito futuro, seria bom ter mais soldados preparados para ajudar nas linhas de frente quando o conflito chegasse ao ponto em que os mecânicos não fossem mais necessários na Citadel (Cidadela);
  • O revólver de Dementus é um revólver LeMat, com uma espingarda sob o cano. A Furiosa usa repetidamente um revólver Apache, que incorpora uma faca e uma soqueira. Ambos acabam com revólveres multimodo especializados em combate fechado, porque são semelhantes;
  • Em uma entrevista ao Collider em 2024, George Miller falou sobre sua estratégia de filmagem e edição para Furiosa: “Fico feliz em dizer que, quanto mais faço filmes, menos cenas deletadas temos. Acho que é tão difícil fazer boas filmagens que não se deve explorar o filme durante a filmagem. Eu diria que isso é rígido, mas você não deveria estar criando a história e a estrutura da história durante a filmagem. A maior parte deve ser pensada e preparada com antecedência. Isso não quer dizer que não haja momentos que você filma, alguns deles você adora, mas você sabe que terá de perder, porque o todo é sempre privilegiado em relação às partes. Não há dúvida quanto a isso. Por isso, a filmagem foi bem apertada. Outra coisa que fizemos nesse filme e que eu nunca havia feito antes, ou feito apenas parcialmente, eu aprendi com Bong Joon Ho. Nosso grande primeiro assistente de direção, P.J. Voeten, com quem trabalhamos juntos há muito tempo, trabalhou com Bong em um filme na Coreia, e ele apontou, e não tenho certeza se todos os diretores coreanos fazem isso, mas eles cortam o filme, montam o filme enquanto estão filmando, e faz uma grande diferença se você puder fazer isso. Então, começamos a fazer isso nesse filme. O que você faz é basicamente obter um corte realmente decente à medida que avança. Enquanto filma, você pode fazer isso. A tecnologia permite que você faça isso hoje em dia, e você aprende duas coisas. Uma delas é quando você tem o que precisa e o que não precisa para filmar. Portanto, esse processo permite que você não vá em frente e filme coisas apenas para explorá-las, se quiser, na parte mais cara do filme, ou seja, durante o estado de filmagem. Isso não significa que, ao trabalhar com os atores e com a equipe, você não explore o que eles estão fazendo, apenas não o faça tanto com a história, se isso faz sentido.”;
  • Tom Burke disse que George Miller queria um estilo de filmagem diferente de “Estrada da Fúria”, que usava tomadas curtas e cortes longos; ele observou que Miller queria especificamente filmar a cena em que Dementus provoca Jack e Furiosa em uma tomada;
  • Durante a pré-produção, Lachy Hulme caiu de uma motocicleta enquanto treinava para uma cena como Rizzdale Pell. Posteriormente, George Miller decidiu que todos os atores que andassem de moto seriam executados por seu dublê, Chris Matheson;
  • Depois de se reunir com a filha no acampamento de Dementus, Mary Jabassa viaja com ela em uma motocicleta em meio a uma violenta tempestade de areia, quase despistando seus perseguidores. Se não fosse por um ferimento infeliz que deixou um rastro de sangue para Dementus seguir, é provável que ela pudesse ter escapado completamente. Além de inspirar Furiosa a usar a mesma tática mais tarde em “Estrada da Fúria”, o reaparecimento de uma tempestade de areia ajuda a contextualizar o estado desastroso do clima do deserto, com as tempestades aumentando em escala na época de “Mad Max: Estrada da Fúria”;
  • Tom Burke disse que, embora a maioria de suas cenas tenha sido filmada sentado em um caminhão, ele teve que passar longas horas na academia para se tornar “o mais ágil possível”, já que poderia ter que saltar com segurança do War Rig várias vezes seguidas até que George Miller conseguisse uma tomada que o satisfizesse;
  • Anya Taylor-Joy se recusou a falar em detalhes sobre as dificuldades de interpretar Furiosa, afirmando que ainda estava processando a experiência e que queria poder relembrar suas memórias da produção com perspectiva;
  • A série “Mad Max” contém muitas referências à mitologia nórdica. A amiga de infância de Furiosa chama-se Valquíria, em homenagem às figuras femininas que guiam os heróis caídos para os salões de Valhalla. Immortan Joe afirma que guia outros para Valhalla. A cor da pele e o spray bucal dos War Boys fazem referência aos berserkers de Odin, que Odin podia lançar em uma fúria cega com uma corrente de ar. Muitos War Boys têm cicatrizes em seus rostos como se fossem costuras removidas; Loki teve sua boca costurada com couro e depois arrancada, deixando cicatrizes semelhantes. Immortan Joe, assim como Odin, tem muitos filhos de várias esposas. Conhecido como Odin, the Wanderer (Odin, o andarilho), ele viajava pelo mundo e depois deixava o local após o término de sua tarefa, assim como Max faz em todos os filmes. Coincidentemente, Chris Hemsworth interpreta o deus nórdico Thor no Universo Cinematográfico da Marvel;
  • O primeiro filme internacional a estrear em primeiro lugar nas bilheterias japonesas em 2024;
  • De acordo com Framestore, durante a sequência de perseguição inicial, onde Mary rastreia os sequestradores de Furiosa através de uma série de dunas de areia, eles praticamente tiveram que substituir todo o terreno. O colorista Eric Whipp, que também trabalhou em “Estrada da Fúria”, disse que como as cenas do deserto precisavam se parecer com a Namíbia e “houve uma grande mistura de dias ensolarados e nublados” durante as filmagens, “muitos dos cenários deste filme estão cheios CG (Computer Graphics).”;
  • Para retratar com precisão a escassez de recursos no deserto, Chris Hemsworth reduziu sua ingestão de calorias pela metade em comparação a quando se prepara para um filme da MCU;
  • O nome Rizzdale Pell é provavelmente uma referência a dois padres católicos australianos condenados por abuso sexual de crianças, Gerald Rizzdale e George Pell;
  • O filho de Nathan Jones aparece como um War Pup no filme;
  • O compositor Tom Holkenborg considerou “Mad Max: Estrada da Fúria” como uma grande ópera rock. Para essa prequela, ele achou que precisava de uma mudança sônica. Ele afirmou: “A música está comentando sobre como Furiosa vê as Wastelands e o que está acontecendo com ela”, explicou. Holkenborg não só queria que a música parecesse uma trilha sonora com perspectiva em primeira pessoa, como também queria que as coisas fossem mais contidas. Ele observou a ausência de música nos primeiros seis minutos do filme como um exemplo de contenção. Na metade do filme, a plataforma de guerra é atacada. “Não sabemos que Furiosa está naquele caminhão. No momento em que começamos a vê-la, é quando a música comenta sobre isso”, disse Holkenborg. Ele continuou: “Quando ela está se segurando para sobreviver embaixo do caminhão, ela não vai ouvir grandes metais, cordas e percussão pesada. Ela só tem um batimento cardíaco acelerado e pensa: ‘O que preciso fazer para ter certeza de que vou sair daqui? O som do pulso foi criado em um antigo sintetizador Buchla. “Ele tem um caráter único e eu sabia que seria importante para esse filme”, disse o músico. O Buchla foi usado como som de batimento cardíaco em toda a trilha sonora, e seu ritmo variava de “rápido, descontrolado e até hesitante às vezes, quase como palpitações cardíacas, para ecoar o batimento cardíaco de Furiosa”, explicou. Além disso, a música precisava estar enraizada na natureza, o Green Place, onde Furiosa viveu no início com sua família. Para isso, Holkenborg utilizou um instrumento de sopro de madeira chamado duduk, que havia sido prenunciado em “Estrada da Fúria”. “Ele vem da terra, você sente a areia em suas mãos”, diz ele. O didjeridu australiano também foi essencial para a trilha sonora de Holkenborg. “Vemos claramente que essa saga está realmente ocorrendo na Austrália. Quando damos um zoom no Green Place, fica claro que estamos bem no meio de lá”, disse ele. William Barton, um membro da comunidade aborígine, foi escolhido por Holkenborg para tocar o instrumento durante todo o filme. Holkenborg até incorporou elementos da tecnologia de IA na trilha sonora. Em vez de fugir dela, ele optou por se envolver com novas ideias. “Usei a IA para criar vozes falsas e profundas a partir de outra voz. Na verdade, eu a usei, não para vozes, mas e se o som de origem fosse um ritmo de bateria e o som de destino fosse uma guitarra elétrica? Mas o software não sabe o que fazer com isso. Assim, tivemos um feliz acidente que usamos em toda a partitura”, diz Holkenborg;
  • Yahya Abdul-Mateen II foi anteriormente escalado para estrelar o filme, mas depois foi substituído por Tom Burke;
  • Em uma entrevista ao MovieMaker, Chris Hemsworth explicou que a aparência do personagem facilitou muito a transformação em Dementus. O nariz ditou o personagem de outras maneiras. Ele abriu caminho para a voz única de Dementus, que era um pouco nasalada, um pouco grosseira e um pouco irritante. Não que você jamais diria isso ao Dementus. Há outra maneira, mais peculiar, de o nariz apoiar a inspiração de Hemsworth para o papel: gaivotas. Hemsworth contou a Stephen Colbert: em um passeio com seus filhos, Hemsworth ficou impressionado com as gaivotas que as crianças estavam alimentando, apesar da placa que dizia “Don’t Feed the Seagulls” (celebridades – elas são como nós!). Ele observou que elas eram “detestáveis”, “abrasivas” e “raivosas”, o que o fez lembrar do Dementus. O rangido das gaivotas ajudou Hemsworth a formar a voz áspera e nasalada de Dementus, o que, sem dúvida, contribuiu para a importância de ele mesmo ter um bico;
  • George Miller considerou seriamente a possibilidade de escalar Jodie Comer para o papel de Furiosa, mas, por qualquer motivo, as conversas fracassaram, pois ele acabou achando que ela não era adequada para o papel;
  • Para aproveitar os créditos fiscais australianos para o trabalho de efeitos especiais, a DNEG abriu uma filial em Sydney para liderar o trabalho de efeitos especiais em Furiosa; estima-se que o escritório, quando estiver com a equipe completa, empregará até 500 artistas de efeitos especiais;
  • George Miller escolheu Anya Taylor-Joy depois de ver sua atuação em uma versão inicial do filme “Noite Passada em Soho” (2021) e de fazer um teste com o monólogo “Mad as Hell”, citado pelo personagem Howard Beale do filme “Rede de Intrigas” (1976), de Sidney Lumet. Edgar Wright, diretor de “Noite Passada em Soho”, disse a Miller “faça um favor a si mesmo e agarre a oportunidade de trabalhar com ela”. Miller achava que “ela tem uma espécie de atemporalidade, um mistério e, ainda assim, é acessível”;
  • Praetorian era originalmente o nome de Furiosa nos primeiros storyboards de “Mad Max: Estrada da Fúria”;
  • Além do trabalho tradicional de CGI, como a argumentação de cenários e a junção do trabalho de vários dublês que filmaram suas cenas separadamente por motivos de segurança, o supervisor de efeitos visuais Andrew Jackson usou os efeitos visuais para dar mais destaque a determinadas cenas de ação, como a sequência de ação “Stowaway”, em que os efeitos visuais animaram a morte do Octoboss, e a sequência final de perseguição, em que uma versão em CGI do carro (que, de outra forma, seria prático) da Furiosa foi usada para animar “coisas perigosas demais para serem feitas com o carro real, como desviar de motocicletas”. Os efeitos visuais ajudaram a “gerar uma sensação de movimento”, fazendo com que os elementos do plano de fundo se movessem mais rapidamente e animando equipamentos voadores, como o paraquedas preto ondulante do Octoboss;
  • O design em baixo-relevo do proto-War Rig inclui uma figura vestida e posicionada de forma idêntica ao pôster “força máxima do futuro” dos filmes originais;
  • Hideo Kojima, o criador do jogo de videogame “Metal Gear Solid”, é fã de “Mad Max: Estrada da Fúria” (2015) e só tem elogios a Furiosa e mencionou, depois de ver Tom Burke como Praetorian Jack, que ele está exatamente como imaginou seu personagem Solid Snake da franquia “MGS”. No momento, uma adaptação cinematográfica de “Metal Gear Solid” está em pré-produção com Oscar Isaac no papel principal;
  • Charlee Fraser interpreta a mãe de Furiosa, Mary Jabassa, mas ela não é mais do que 15 anos mais velha do que Alyla Browne;
  • No lugar da sul-africana Charlize Theron, Anya Taylor-Joy é uma britânica argentina americana que interpreta o papel principal;
  • O filme começa essencialmente com uma cena que mostra a jovem Furiosa. Quando a câmera faz um zoom para baixo no local de abundância, você a vê pegando pêssegos de uma árvore. “Essa é uma das minhas cenas favoritas”, disse o supervisor de efeitos visuais Guido Wolter. “Essas fotos foram as primeiras que recebemos e nas quais nos concentramos. Meu outro destaque foi quando a jovem Furiosa está no encontro com Immortan Joe. Essa sequência ficou muito boa, ela parece tão angelical e igualmente irada nessa sequência. Alyla Browne é uma atriz maravilhosa, e foi essencial transpor 100% de seu desempenho para o nosso híbrido. Grande parte de sua emoção vem por meio de expressões não verbais e nossa equipe passou muito tempo certificando-se de que acertássemos todas as dicas sutis. Foi um desafio formidável, tanto do ponto de vista do aprendizado de máquina quanto da narrativa. Acho que fomos muito bem-sucedidos em fazer com que nosso híbrido refletisse exatamente o excelente desempenho de Alyla Browne.”;
  • George Miller disse que essa foi uma filmagem mais fácil do que a de “Estrada da Fúria”, em alusão à produção conturbada deste último, e elogiou a nova liderança da Warner Bros. por implementar uma “abordagem de filmagem muito mais colaborativa do que adversária”;
  • Anya Taylor-Joy enfatizou que o sindicato dos atores entrou em greve em parte para exigir uma melhor regulamentação das ferramentas de IA e que o uso da IA por George Miller foi consensual. A IA metafísica desempenhou uma função semelhante para o Bullet Farmer, mesclando as características faciais de Lee Perry com as do falecido Richard Carter, que interpretou o Bullet Farmer em “Estrada da Fúria”;
  • O nome da própria tribo de Furiosa, The Vuvalini, tem uma espécie de tonalidade iônica, claramente reproduzindo as ambições excessivamente masculinas dos nomes dos filhos de Immortan. De qualquer forma, nomes criativos com fixações estranhas como esse se destacam muito mais do que os poucos personagens que usam nomes simples do mundo real, como Max, Praetorian Jack e Mary Jabassa, a mãe de Furiosa;
  • As guerras mencionadas por The History Man durante seu monólogo: a guerra sumério-elamita é uma das primeiras guerras registradas na história, com poucos detalhes, exceto que começou por volta de 2.600 a.C. e foi travada no que hoje é o Irã e o Iraque. A guerra entre vikings e saxões começou em 865 d.C., quando um enorme exército liderado pelo lendário viking Ragnar Lodbrok e seus filhos Halfdan Ragnarsson, Ivar, o Desossado, e Ubba invadiram a Inglaterra. A guerra terminou em 878, quando o rei Alfredo pagou aos vikings um enorme resgate em ouro para pôr fim aos ataques e dar a eles o controle do norte da Inglaterra. As Guerras das Rosas foram uma série de guerras civis travadas de 1455 a 1487 pelo controle do trono inglês. As guerras surgiram devido a uma série de eventos, incluindo o enlouquecimento de um rei (Henrique VI) e disputas sobre a legitimidade de herdeiros do trono que eram filhos bastardos. A Guerra das Laranjas foi um breve conflito em 1801 que envolveu as forças da Espanha, apoiadas pela França, invadindo Portugal. O conflito durou apenas algumas semanas, mas é importante porque levou às Guerras Napoleônicas (1803-1815), em que o Primeiro Império Francês, liderado por Napoleão Bonaparte, tentou conquistar a Europa. As Guerras do Ópio foram uma série de conflitos entre a China e o Império Britânico (e a França no final) de 1839 a 1860. A guerra foi travada para que o Ocidente pudesse obter o controle do comércio de ópio, que a China queria proibir e acabar. As guerras terminaram com a derrota da China, que foi forçada a legalizar o ópio e, como reparação por suas perdas, a China foi forçada a ceder a soberania de Hong Kong ao Império Britânico. A Guerra dos Mil Dias foi uma guerra civil na Colômbia entre 1899 e 1902, envolvendo facções liberais extremistas que tentavam derrubar o governo mais conservador. Os combates logo envolveram os países vizinhos e ameaçaram a construção do Canal do Panamá, forçando os Estados Unidos a intervir com o envio de uma força naval liderada pelo navio de guerra USS Wisconsin, forçando a rendição dos rebeldes para que não enfrentassem a força total da Marinha dos Estados Unidos. A Guerra dos Seis Dias foi um conflito entre Israel e uma coalizão árabe composta por Egito, Jordânia e Síria, de 5 a 10 de junho de 1967. O conflito surgiu porque o Egito fechou repetidamente o Estreito de Tiran para os navios israelenses, o que provocou Israel a lançar um ataque contra os militares egípcios. Os combates terminaram depois de seis dias por insistência da ONU devido aos danos colaterais: seis soldados da ONU e 34 marinheiros dos EUA foram mortos quando um caça israelense disparou por engano contra um navio da Marinha dos EUA. A primeira, a segunda e a terceira guerras incontáveis provavelmente se referem a todas as três guerras mundiais, sendo a terceira guerra mundial o conflito global para controlar os recursos cada vez menores (as guerras do petróleo e da água), culminando na guerra nuclear entre as três nações, que acabou com o mundo como ele era conhecido e criou a Terra Desolada;
  • O cabelo de Furiosa permanece na planta que habita o penhasco por muitos anos. Alguns podem considerar isso impreciso, mas definitivamente está dentro do campo das possibilidades. O cabelo, assim como as unhas das mãos e dos pés, é feito principalmente de uma proteína chamada queratina, que é bastante resistente à decomposição; o cabelo leva muito mais tempo para se decompor do que o tecido. Os principais fatores que contribuem para a decomposição são a temperatura, a umidade e o ambiente microbiano, pois as bactérias e os fungos são a principal fonte de decomposição. Quando em um ambiente úmido e rico em bactérias, por exemplo, enterrado no solo, o cabelo geralmente se decompõe em poucos anos. Mas em um ambiente seco e quente, como o local onde o cabelo de Furiosa foi encontrado, não há muitos micróbios (se houver), de modo que o cabelo pode levar décadas para se decompor completamente. O cabelo foi encontrado até mesmo em corpos enterrados em tumbas que estavam mortas há séculos, como as múmias egípcias;
  • O trabalho de efeitos visuais foi liderado pela “Rising Sun Pictures” (RSP), utilizando seus fluxos de trabalho de aprendizado de máquina “REVIZE”. A equipe foi liderada pelo supervisor de efeitos visuais Guido Wolter, em colaboração com o supervisor de efeitos visuais de produção Andrew Jackson. A “RSP” produziu aproximadamente 150 cenas da jovem Furiosa, algumas como cenas de efeitos visuais independentes e outras como resultados compartilhados com outros fornecedores;
  • Vários títulos usados pelos seguidores de Immortan Joe foram retirados do Império Romano. O título de Imperator de Furiosa, por exemplo, no Império Romano, tinha alguns significados diferentes em épocas distintas. Em um determinado momento, Imperator era um título concedido pelo imperador a um general que obtivesse uma grande vitória em batalha, em outros momentos era um título usado exclusivamente pelo imperador. Jack pretoriano é outro exemplo, pretor era um título concedido a um magistrado responsável por impor a lei e a ordem em uma província específica (semelhante a um xerife e governador) e também era o comandante do exército local;
  • Usando as filmagens de Anya Taylor-Joy e Alyla Browne, a “Rising Sun Pictures” (RSP) iniciou o longo processo de treinamento de um modelo de aprendizado de máquina para criar o VFX híbrido. O gerenciamento de dados foi fundamental, disse o supervisor de efeitos visuais Guido Wolter. “Nos últimos anos, criamos ferramentas para tornar o gerenciamento de dados mais eficiente e distribuível. Não é um obstáculo a ser subestimado, porque você acaba tendo terabytes de dados. Analisamos intermitentemente como o modelo estava progredindo para que pudéssemos direcioná-lo a um objetivo final específico. Isso poderia ser alcançado por meio de várias abordagens, incluindo a curadoria e a filtragem de dados. Criamos uma base ampla e, em seguida, iniciamos uma especialização para cada aplicação específica.” Além do modelo híbrido, a “RSP” criou outros modelos utilitários para artistas, de modo que iterações criativas pudessem ser feitas durante todo o processo. Alguns desses modelos incluíam o aprimoramento dos detalhes da pele para a superfície, a segmentação do rosto para foscos localizados e a capacidade de corrigir a direção dos olhos. “No final das contas, é uma pilha de modelos que combinamos para alcançar o resultado desejado”, disse Wolter. Durante o processo de treinamento, a “RSP” descobriu que desenvolver um modelo que levasse em conta as diferenças na distância entre os olhos de Taylor-Joy e Browne era particularmente complicado. “Quando você começa a mover os olhos, as linhas dos olhos e os pontos de convergência mudam. Se eu olhar para um objeto próximo, mas depois mudar a distância entre meus olhos, mas minha linha ocular permanecer a mesma, agora estou olhando para algo que está a um metro ou mais atrás ou à frente. Sua convergência muda porque o interocular muda. Portanto, tivemos que desenvolver ferramentas para lidar com esse desafio com precisão de pixels. Criamos um modelo que deu aos nossos artistas a capacidade de alterar esse aspecto e ter controle criativo”, disse Wolter, que também afirmou que um desafio inicial que os artistas de aprendizado de máquina encontraram foi como direcionar o modelo de forma criativa. “Como podemos ter uma contribuição criativa e construir intuição em um processo utilizando um modelo que é essencialmente uma caixa preta? Como os artistas mudam suas abordagens de solução de problemas para complementar o modelo? Resolvemos esses desafios desenvolvendo uma série de truques para orientar o processo. Nunca é tão simples quanto apertar um botão, há um verdadeiro aspecto criativo, colaborativo e de solução de problemas no aprendizado de máquina.”;
  • De acordo com Goran D. Kleut, George Miller pediu a todos os atores que fizeram testes com ele que experimentassem o monólogo “Mad as Hell”;
  • Anya Taylor-Joy (americana-argentina-britânica), Tom Burke (britânico) e Elsa Pataky (espanhola) interpretam australianos;
  • Para o trabalho de efeitos visuais, a “Rising Sun Pictures” começou estudando as características faciais de Anya Taylor-Joy. Eles analisaram referências fotográficas fornecidas pelos cineastas de Taylor-Joy em uma idade semelhante à de Alyla Browne. “Precisávamos criar um híbrido das duas atrizes”, disse o supervisor de efeitos visuais Guido Wolter. Criar o híbrido seria um desafio por vários motivos, entre eles as diferentes características faciais de cada ator. “Taylor-Joy tem proporções faciais diferentes das de Browne”, observou Wolter. “Para começar, simplesmente pegamos o rosto de Taylor-Joy e o colocamos no rosto de Browne, o que não parecia certo por vários motivos: era um rosto de adulto em uma criança. Mas isso foi só o começo”. Wolter e sua equipe imaginaram que a tradução seria mais uma mudança ao longo do tempo. Ele afirmou: “Nós a tratamos como um controle deslizante virtual. Tentamos encontrar o ponto ideal onde o híbrido deveria estar. Descobrimos que funcionava com cerca de 70 a 80% de Taylor-Joy e 20 a 30% de Browne, e que isso mudaria à medida que Furiosa envelhecesse.” Para que o processo “REVIZE” da “Rising Sun Pictures” funcionasse de forma eficaz, o estúdio de efeitos visuais precisava treinar um modelo de aprendizado de máquina que produzisse o híbrido da jovem Furiosa. A RSP teve acesso aos rushes da Furiosa com filmagens de Taylor-Joy e Browne, além de dados de captura controlados. Esses dados foram adquiridos usando um equipamento com várias câmeras e situações de iluminação variadas, adaptadas para corresponder às condições de início;
  • A combinação dos modelos de aprendizado de máquina das duas atrizes para obter um resultado natural e convincente exigiu um refinamento considerável. O supervisor de efeitos visuais, Guido Wolter, informa que o resultado do aprendizado de máquina pode ser fornecido para a composição como uma saída de imagem pronta ou como um modelo que pode ser usado nativamente no Nuke por meio do nó de inferência. “Queríamos que o desempenho do Browne fosse totalmente refletido em nossos resultados. No Nuke, sempre poderíamos olhar para a digitalização e compará-la. Na verdade, o objetivo era que George Miller e o estúdio vissem se poderíamos transpor as emoções de Browne uma a uma para o nosso modelo híbrido e apoiar a narrativa. O aprendizado de máquina não foi usado para cortar custos, mas para aprimorar a narrativa”. disse Wolter. A RSP trabalhou duro para colocar mais controle funcional nas mãos de seus artistas. “Uma coisa é criar um resultado apenas para o aprendizado de máquina, mas é igualmente importante distribuir o resultado da dívida para uma grande equipe de artistas e permitir que eles apliquem sua arte ao produto final”, disse o supervisor de aprendizado de máquina 2D, Rob Beveridge. “Para esse projeto, criamos ferramentas que permitiram aos artistas inclinar a balança para um lado ou para o outro, um pouco mais de Taylor-Joy ou um pouco mais de Browne, dependendo da cena.” O processo é mais complexo do que esperar que os algoritmos produzam resultados. “São necessários vários tipos de arte humana para dar vida à ilusão”, disse o supervisor de composição Darwin Go. “Ela ainda precisa ser montada e composta. São necessários artistas com diferentes conjuntos de habilidades, alguns versados nas sutilezas do desempenho, outros que dominam as nuances da iluminação. Tínhamos uma equipe muito forte e delegamos tarefas, com alguns artistas se concentrando em características faciais, outros em close-ups, outros em detalhes do desempenho. Se fosse um momento dramático, teríamos artistas certificando-se de que a cabeça se alinhasse ao movimento do corpo de forma natural ou que o desfoque de movimento estivesse correto.” Grande parte do refinamento ocorreu diretamente no Nuke. “Usando o híbrido”, disse Wolter, ”pudemos revelar e retirar detalhes da placa que não poderiam ser feitos em uma substituição normal de rosto. Se você retirar muitos detalhes da placa, verá mais Browne. Você quer ter certeza de manter intacta a aparência estabelecida do híbrido. Orientar esse processo criativo foi uma tarefa difícil, considerando o volume de fotos”;
  • A mãe de Furiosa é interpretada por Charlee Fraser, que estrelou o filme “Todos Menos Você”; que também foi lançado em 2024 e também se passa na Austrália;
  • No Facebook, Nathan Jones postou que achava que Miller prepararia uma versão do diretor;
  • O Sr. Norton exibe a mesma cicatriz facial que o personagem “Stank Gum” exibe no videogame “Mad Max”;
  • 000 é o número de telefone de emergência na Austrália e nos Territórios Externos Australianos. 999 é o número de emergência mais usado no mundo, sendo utilizado em Bahrein, Bangladesh, Botsuana, Eswatini, Gana, Guernsey, Hong Kong, República da Irlanda, Ilha de Man, Jersey, Quênia, Macau, Malásia, Maurício, Polônia, Catar, Sudão, Arábia Saudita, Cingapura, Trinidad e Tobago, Seychelles, Uganda, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Zimbábue. O 911 é usado na América do Norte e nas Filipinas, o 110 na China e no Japão, o 111 na Nova Zelândia, o 112 na União Europeia e o 119 na Jamaica e em partes da Ásia;
  • Terceiro filme de Chris Hemsworth em que ele interpreta um vilão, depois de “Caça-Fantasmas” (2016) e “Maus Momentos no Hotel Royale” (2018).

Ficha técnica

Diretor: George Miller.
Roteiro: George Miller e Nick Lathouris.
Produtores: Pete Chiappetta, Rachael Gill, Dean Hood, Andrew Lary, George Miller, Doug Mitchell, Anthony Tittanegro e Cory Watson.
Diretor de fotografia: Simon Duggan.
Editor: Eliot Knapman e Margaret Sixel.
Direção de arte: Nicholas Dare, Jacinta Leong e Sophie Nash.
Figurino: Jenny Beavan.
Cabelo e maquiagem: Amber Adams, Rebecca Allen, Elise Andersen, Alice Baueris, Lily Belnick, Lara Jade Birch, Nathaniel Corkery, Emma Cornish, Andriana Demetrius, Bronwyn Doughty, Michael Feng, Emma George, Samara Gildea, Keira Kae Harris, Mia Harrison, Candice Hickson, Teresa Hinton, Lenny Irwin, Brittany Jones, Chelsee Jones, Ebony Kay, Andrew Keshan, Vardit Lahav, Connie Lau, Jenny Lee, Tristan Lucas, Monisha Madden, Luca Mazzoccoli, Mariel McClorey, Antony McMullen, Wizzy Molineaux, Alastair Murray, Tess Natoli, Isabella Nery, Adeline-Faye Petz, Mia Pihema, Maddison Raap, Jess Reedy, Ali Robertson, Georgina Ryland, Vicki Sands, Alla Saveliev, Taylor Scott, Marisa Secerov, Matteo Silvi, Micheline Siou, Camilla Soole, Brydie Stone, Zebulon Tilden, Megan Tiltman, Helen Tuck, Larry Van Duynhoven, Lesley Vanderwalt, Luca Vannella, Elka Wardega, Calum Wilson Austin, Colin Wilson, Maiya Wilson, Gemma Woods, Waiana Wright e Lillian Runge.
Música: Tom Holkenborg.
Elenco: Anya Taylor-Joy, Chris Hemsworth, Tom Burke, Alyla Browne, George Shevtsov, Lachy Hulme, John Howard, Angus Sampson, Charlee Fraser, Elsa Pataky, Nathan Jones, Josh Helman, David Field, Rahel Romahn, David Collins, Goran D. Kleut, C.J Bloomfield, Matuse, Ian Roberts, Guy Spence, Robert Jones, Clarence Ryan, Tim Burns, Tim Rogers, Florence Mezzara, Quaden Bayles, Peter Stephens, Sean Millis, Lee Perry, Dylan Adonis, David Barnett, Anna Adams, Peter Sammak, Shea Adams, Josh Randall, Karl Van Moorsel, Dawn Klingberg, Richard Norton, Stephen Amadasun, Nick Annas, Ripley Voeten, Matthew Van Leeve, Shane Dundas, Jamie Cluff, Adam Thompson, Shyan Tonga, Nellie Collins, Adam Washbourne, James Corcoran, Sasa Vitanovic, Tige Sixel Miller, Justice Jones, Maleeka Gasbarri, Keza Ishimwe, Nat Buchanan, Jacob Tomuri, Mark Wales, Bryan Probets, Danny Lim, Darcy Bryce, Chudier Gatwech, Shivantha Wijesinha, Spencer Connelly, Ben Smith-Petersen, Toby Fuller, Jayden ‘Mozzie’ Irving, Jesse Turner, Jon Iles, Harrison Norris, Ash Hodgkinson, Sean Renfrey, Nikos Andronicos, Kelli Bailey, Marcia Coronado, Ning Cyrus, Matt de Souza, India Rose Hemsworth, Sasha Hemsworth, Tristan Hemsworth, Aizy Hyder, Kagga Jayson, Hiroshi Kasuga, Ranjeet Manjrekar, Xanthia Marinelli, Robert McFarlane, Cody Riley, Shakriya Tarinyawat, Alex Time, Daniel Webber, Chong Wei Zhang e Yeye Zhou.

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