Filme "Assassinos da Lua das Flores" (2023), Martin Scorsese.

Resenha do filme Assassinos da Lua das Flores (2023, Martin Scorsese)

Os filmes de Martin Scorsese são o que há de melhor na produção cinematográfica contemporânea e o filme “Assassinos da Lua das Flores” acaba de entrar para a filmografia impecável deste realizador exímio da sétima arte. O diretor Scorsese direciona suas lentes para a história do povo indígina Osage e amplifica para o mundo, por meio do cinemão de pompa, a tentativa de extermínio desses nativos americanos – conhecidos também como NiuKonska (filhos das águas médias) – pelo homem branco sedento por dinheiro.


O longa-metragem (e põe longa nisso) é um recorte da história da nação Osage adaptada para o cinema, por meio das mãos de Eric Roth e do realizador Martin Scorsese. No livro-reportagem “Killers of the Flower Moon”, escrito pelo jornalista e autor David Elliot Grann, Scorsese resume com o filtro apurado da sua linguagem e técnica de cinema as mais de 350 páginas (oriundas dos 10 anos de pesquisa dedicados por David Grann) em uma obra audiovisual longínqua, cadenciada em pouco mais de 3 horas.

Para o filme tornar realidade, Martin Scorsese consultou lideranças do povo Osage para embasar o roteiro e não cair em estereótipos negativos contra esses nativos americanos que tanto sofreram e morreram devido à ganância do homem branco ao enriquecimento dos Osages. Essa riqueza é proveniente das descobertas de jazidas de petróleo que emergiram do até então pedaço de terra inóspito, localizado em um lugar qualquer de Oklahoma, espaço em que foram deslocados à força pelo governo.

Índios Osage pulam de alegria ao redor de onde jorra o petróleo.
Um grupo de índios Osage pulam de alegria ao redor do buraco de onde jorra petróleo em abundância. Eles comemoram sob a “chuva” de ouro negro.

Os jorros abundantes do mais puro “ouro negro” foi retratado em uma sequência de frames editadas em câmera lenta envolto em uma fotografia que mostra com profundidade todo o entusiasmo presente nas expressões daqueles nativos pulando de alegria em volta da fonte de petróleo caindo sobre eles. A feliz descoberta transformou a vida de todo o povo Osage praticamente do dia para a noite. No entanto, a abundância financeira que o petróleo trouxe, abre uma Caixa de Pandora de desgraças, violência brutal e derramamento de sangue que se instalam na vida dos índios.

Ao mesmo tempo que jorrava petróleo, por consequência, começou a “chover” dinheiro (mas muita grana mesmo!), o que elevou o patamar financeiro dos Osages a um nível estratosférico. Agora milionários – mesmo contra os inúmeros sistemas legais e ilegais investidos contra eles – nada foi capaz de “secar a fonte” de riqueza indígena, ainda mais estando eles “seguros” sobre um contrato firmado com o governo para pôr em vigor a reserva, onde fora incluido uma cláusula que assegurava todos os direitos de posse sobre qualquer descoberta de jazida mineral encontrada sob o novo território estabelecido para a reserva.

Os Osages foram considerados o povo nativo norte-americano mais rico per capita do mundo, em pleno começo da década de 1920. O poder de compra permitiu a posse de bens luxuosos como carros, casas e roupas, sem falar nos empregados brancos que agora faziam os serviços pessoais dos indígenas por um “troco” generoso à época, o que atraiu a vinda de pessoas brancas às terras secas e pedregosas (e ricas em combustível fóssil) de Oklahoma, Estados Unidos.

Junto da riqueza do povo Osage, instalou sobre o novo território uma nuvem tenebrosa que deixou às sombras uma onda de conspirações planejadas pelos homens brancos com consentimento das autoridades e das forças de segurança para roubar os nativos e eliminar, um por um, até o último homem e assim apossarem-se de todo o dinheiro.

Por falar em dinheiro, o orçamento de “Assassinos da Lua das Flores” ficou na casa de US$ 200 milhões, o topo em valor orçamentário na carreira impecável de Scorsese; seu filme anterior – ”O Irlandês” (2019) – teve um custo estimado de US$ 159 milhões. Martin Scorsese nos entrega um projeto cinematográfico ao nível de sua competência frente à sétima arte, uma história contada em uma narrativa tensa e misteriosa, capaz de emocionar até cowboys através da dor sentida na alma de cada integrante da tribo Osage.

É nesse contexto obscuro em que o diretor Martin Scorsese resolve pôr em evidência essa trágica história sofrida pelo povo indígina Osage, uma vez vítimas de ataques de violência e sede de sangue despertos pela ganância do homem por dinheiro e riqueza. No núcleo central do filme “Assassinos da Lua das Flores” acompanhamos a história real de um casal: um homem branco, Ernest Burkhart (Leonardo DiCaprio), e a mulher Osage, Mollie Burkhart (Lily Gladstone) – romance observado de perto pelo nefasto tio de Burkhart, William Hale (Robert De Niro).

Ernest Burkhart e seu tio William Hale conversando sobre a vida e os negócios.
Ernest Burkhart e seu tio William Hale conversam sobre a vida de ambos até o momento, entre outros assuntos e conselhos do tio sobre a reserva indígina e suas riquezas, incluindo o povo Osage.

Este épico de Scorsese mistura em seu enredo gêneros que atraem a curiosidade também por conta da história a ser exposta: a investigação policial sobre a série de assassinatos dos indígenas Osage – caso de grande proporção que marcou os primeiros passos da agência que viria a se tornar o Departamento Federal de Investigação (FBIFederal Bureau of Investigation) -, e o drama que assolou a vida do casal e dos nativos.

Além dos gêneros pelo qual transita, “Assassinos da Lua das Flores” tem todo um clima de suspense em uma estética épica que remete ao ambiente dos filmes de faroeste (western) muito bem cuidada pela equipe de profissionais dos diversos departamentos técnicos que abraçam esta grande produção cinematográfica. Nada neste filme decepciona, a não ser que os roteiristas deixaram escapar – ou extrapolaram na licença poética – algum detalhe histórico entre outras minúcias que tenham ocorrido neste quadro trágico na história povo Osage.

Antecipo o mérito pelo trabalho do diretor de fotografia Rodrigo Prieto que retorna para mais uma parceria em grande estilo. Os últimos trabalhos do mexicano com o cineasta foram “O Lobo de Wall Street” (2013), “Silêncio” (2013) e “O Irlandês” (2019), sendo as duas últimas cinematografias indicadas ao Oscar de “Melhor Fotografia”. E o que não garante que depois deste trabalho ele venha receber novamente mais uma indicação à estatueta dourada?

Sabe aquele provérbio popular “Diga-me com quem andas e eu te direi quem tu és”? Então, todas os profissionais escolhidos para trabalhar em um projeto de Martin Scorsese são selecionados pelos méritos do ofício a que se dedicam; assim sendo, os elogios se estendem para o elenco de atores e meu destaque vai para a dupla experiente Leonardo DiCaprio e Robert De Niro, rostos tão populares em outras produções assinadas pela grife Martin Scorsese. DiCaprio participa pela sétima vez de um projeto do lendário diretor, enquanto o veterano De Niro fez a sua décima primeira interpretação (inclui o curta de 2015, “The Audition”). Pela primeira vez podemos ver um filme com a presença simultânea de Scorsese, De Niro e DiCaprio. Lembrando que foi De Niro quem fez a ponte para a apresentação de DiCaprio ao cineasta.

E a grande surpresa – e aqui achei necessário abrir um parágrafo para ela – é a interpretação de Lily Gladstone, se é que a atriz ainda pode ser considerada uma surpresa depois do trabalho realizado no filme “Certas Mulheres” (2016), filme este pelo qual Scorsese assistiu e aprovou o trabalho de interpretação da jovem atriz de origem indígena (ela cresceu em uma reserva Blackfeet, tribo de nativos americanos localizado no estado de Montana, nos EUA) e após um email enviado pelo próprio Scorsese convidando-a para uma conversa via Zoom, o papo resultou em um convite do diretor para o papel de Mollie Burkhart. Mesmo prestes a fazer uma transição de carreira (analista de dados, acredite você ou não), Gladstone aceitou a irrecusável oportunidade de trabalhar sob a direção do Mestre Scorsese.

No início do relacionamento entre Mollie e Ernest, há uma cena em que seus respectivos intérpretes, Gladstone e DiCaprio, proporcionam àqueles que os assistem um momento de intimidade envolto em beleza e poesia. Logo após Ernest deixar Mollie em casa, ela o presenteia com um chapéu e em seguida o convida a entrar em sua casa para jogar, a cena então sucede em uma conversa particular sobre a vida de ambos, conduzida encantadoramente por Mollie. Na mesma cena, inicia uma tempestade e ela pede na hora para que ele fique em silêncio, o que culmina um momento formidável em que eles, sentados à mesa, contemplam – segundo a tradição dela – todo o poder que a tempestade providencia naquele tempo e espaço.

Mollie Burkhart e Ernest Burkhart em silêncio, contemplando e absorvendo o poder da tempestade.
Mollie Burkhart envolve Ernest Burkhart para a cultura Osage no momento em que o traz junto dela para ficar em silêncio e contemplar a beleza da tempestade e absorver o poder desse fenômeno natural.

Gladstone e DiCaprio contracenam em sintonia, como se fossem um só – dadas as devidas proporções -, desde o primeiro diálogo entre eles. O casal suporta as complexidades que seus personagens demandam a cada cena. Ao longo do relacionamento, e principalmente após o casamento, Ernest se transforma em um homem possessivo, nada amoroso com a sua esposa, principalmente com o tratamento do diabetes. A ambição pela herança de Mollie é alimentada com base nas manipulações de seu nefasto tio William, devido a influência deste não somente com o sobrinho, mas também com o povo Osage.

O cuidado com o som e a trilha sonora de Ron Bartlett e Robbie Robertson (in memoriam) respectivamente, potencializa as raízes do povo indígina a que o filme é dedicado. Nesta questão sonora, Robertson é eficaz na pretensão de fazer florescer no espectador sentimentos de apreensão em meio ao ritmo pulsante dos tambores nativos, acompanhado de seus cantos frente às conspirações e às mortes ocorridas em uma escalada avassaladora por meio de envenenamentos fantasiados, pelos assassinos e seus cúmplices, de doenças misteriosas até escancarar em mortes brutais contra os índios e seus familiares.

Mesmo debilitada devido às consequências do diabetes – potencializadas pelo seu então marido Ernest Burkhart -, Mollie Burkhart possui coragem e força (e condição financeira) inata de uma guerreira para tomar a decisão de ela mesma contratar um investigador particular a fim de investigar e colocar atrás das grades os assassinos responsáveis pela série de mortes ocorridas contra seus familiares e os Osages.  

A chegada de Tom White (Jesse Plemons) à reserva Osage deixa os carniceiros de orelhas em pé, a exemplo da bronca de William Hale em Burkhart devido ao desespero deste por conta da presença do investigador à sua porta. É o princípio que culminará em toda a corja de assassinos a agora famigerada derrocada. O terceiro ato do filme segue uma linha investigativa cercada de tensão, principalmente nas cenas dentro do tribunal que alimenta uma possível esperança de justiça para os indígenas, ou não.

É triste ver a tragédia que assolou o povo Osage. A inocência dos nativos diante do enriquecimento instantâneo atraiu um bando de homens dominados pela ganância em roubar o dinheiro alheio por meio do derramamento de sangue. Imagine você sendo cercado por monstros da pior espécie e seus gritos de socorro sendo ignorados por autoridades que deveriam atender aos clamores de ajuda. 

Após o término do filme, eu fiquei matutando se o povo indígina teve mesmo a inocência mostrada no filme, sendo que há uma cena em que Mollie Burkhart é alertada sobre o interesse do marido pelo dinheiro dela. Questionamentos como esse não são o suficiente para deixar de elogiar esta adaptação épica realizada pela lenda viva senhor Martin Scorsese, o homem trouxe à tona a história pouco contada (e conhecida) do povo Osage com a maestria de sua direção inerente ao seu domínio técnico e narrativo. Que privilégio ser contemporâneo a Martin Scorsese.  

Inté, se Deus quiser!

NOTA: Nota do crítico: 4 estrelas (ótimo)

 

Trailer

Pôster

Pôster do filme "Assassinos da Lua das Flores" (2023)

Curiosidades sobre Assassinos da Lua das Flores

  • Durante a cena em que Ernest se autodenomina um belo demônio, Mollie dá uma risadinha e Ernest parece satisfeito. De acordo com Martin Scorsese, Leonardo DiCaprio improvisou a fala e a risada de Lily Gladstone e a reação de DiCaprio foram genuínas. Scorsese disse que esse foi o momento em que DiCaprio e Gladstone se tornaram uma unidade como atores;
  • Martin Scorsese disse que quando leu o livro “Killers of the Flower Moon”, de David Grann, ele sabia que precisava transformá-lo em um filme. Scorsese passou várias horas junto com o chefe Geoffrey Standing Bear para convencer a nação Osage a ajudar nas filmagens;
  • A investigação sobre o Condado de Osage foi a primeira investigação apresentada ao recém-formado Federal Bureau of Investigation (FBI). Ela foi conduzida por J. Edgar Hoover;
  • O autor do livro no qual o filme é baseado, David Grann, passou uma década pesquisando o material para seu aclamado livro, “Assassinos da Lua das Flores: Petróleo, Dinheiro, Assassinato e o Nascimento do FBI”;
  • Lily Gladstone estava se inscrevendo em um curso de análise de dados e inserindo suas informações de cartão de crédito quando uma notificação do Gmail a alertou sobre uma solicitação de reunião pelo Zoom com Martin Scorsese. Como isso ocorreu durante o auge da pandemia de COVID-19, Gladstone estava considerando uma mudança de carreira devido a um período de seca. De acordo com Leonardo DiCaprio: “Não houve leitura. Marty sabia instintivamente que Lily era a pessoa certa. Havia uma veracidade nos olhos dela que ele via, mesmo em uma tela de computador. Nunca vi Scorsese conhecer alguém e, logo em seguida, ter essa atração gravitacional e o instinto de dizer: ‘Não vamos esperar nem mais um minuto'”;
  • Robert De Niro ficou irritado com as frequentes improvisações de Leonardo DiCaprio; de acordo com Martin Scorsese, “De vez em quando, Bob e eu nos olhávamos e revirávamos os olhos um pouco. E dizíamos a ele: ‘Você não precisa desse diálogo'”;
  • Esse filme não é o primeiro filme sobre os assassinatos de Osage. “Tragedies of the Osage Hills” (1926), de James Young Deer, foi lançado em 1926. Filmes posteriores, como “A História do FBI” (1959), também retrataram os assassinatos;
  • Inicialmente, Leonardo DiCaprio foi escalado para interpretar o agente do FBI Tom White, que investiga os assassinatos. Depois que Scorsese decidiu mudar o foco do filme para o relacionamento entre Mollie e Ernest, DiCaprio trocou de papel e Jesse Plemons foi escalado como Tom White;
  • Durante uma conferência de imprensa no Festival de Cinema de Cannes de 2023, Martin Scorsese disse: “Não é um whodunit (conhecido como ‘who [has] done it’, traduzido em portugues como ‘quem fez isso?’. Trata-se de um estilo de história de ficção que inicia com um crime, um assassinato, na qual um detevive é chamado para solucionar o caso.). É uma questão de quem não fez isso.”;
  • Último filme do ator Larry Sellers. De ascendência Osage e Cherokee, Larry também era instrutor de língua Osage;
  • O livro em que esse filme se baseia foi escrito sobre eventos reais. Uma série de assassinatos de pessoas ricas do povo Osage ocorreu no Condado de Osage, Oklahoma, no início da década de 1920, depois que grandes depósitos de petróleo foram descobertos sob suas terras. Depois que o povo Osage recebeu os direitos sobre os lucros obtidos com esses depósitos, eles se prepararam para receber a riqueza a que tinham direito legalmente. Uma trama complexa foi planejada para eliminar os herdeiros de Osage, um a um, por todos os meios possíveis. Oficialmente, o número de vítimas chegou a pelo menos vinte, mas acredita-se que mais vítimas não estejam documentadas;
  • A última trilha sonora de Robbie Robertson para um filme. Robertson morreu dois meses antes da estreia do filme;
  • Marca a primeira colaboração de John Lithgow com Martin Scorsese e o cumprimento de um item prioritário da lista de desejos que Lithgow havia considerado ansiosamente ao longo dos anos. Lithgow foi contratado no final de uma filmagem de 5 meses para filmar durante duas semanas em Pawhuska, Oklahoma. Ele afirmou que ficaria feliz em assumir o comando da mesa do Serviço de Artesanato apenas para estar na companhia do grupo de Scorsese;
  • Com um custo de US$ 200 milhões, esse é o filme biográfico mais caro já feito, superando “O Irlandês” (2019), do próprio Martin Scorsese, que custou US$ 159 milhões. É também o filme com classificação R (‘Restrito’ nos EUA – outros países têm sistemas de classificação diferentes) mais caro já feito, superando “Matrix Resurrections” (2021), com US$ 190 milhões;
  • William Hale tinha cerca de 45 anos quando os assassinatos de Osage começaram, enquanto Robert De Niro tinha 80 anos na época do lançamento do filme;
  • Esta será a sétima colaboração entre Martin Scorsese e Leonardo DiCaprio e marcará também a décima primeira colaboração entre Scorsese e Robert De Niro, se for levado em conta o curta-metragem “The Audition” (2015). Esta também é a quarta vez que De Niro e DiCaprio aparecem juntos em um filme (curta ou longa-metragem). No entanto, esta é a primeira vez que Scorsese, De Niro e DiCaprio colaboram juntos em um longa-metragem;
  • Martin Scorsese citou os filmes de Ari Aster, especialmente “Midsommar: O Mal Não Espera a Noite” (2019) e “Beau Tem Medo” (2023), como influências no ritmo. “O ritmo desses filmes remete aos filmes B de Val Lewton, “Sangue de Pantera” (1942) de Jacques Tourneur ou “A Morta-Viva” (1943). Apenas um pouco mais lento, um pouco mais calmo.”;
  • Robert De Niro recomendou Leonardo DiCaprio a Martin Scorsese pela primeira vez depois de trabalhar com DiCaprio em “O Despertar de um Homem” (1993) e ficar impressionado com seu talento. Isso era raro porque, na época, De Niro raramente recomendava outros atores. Scorsese lembrou-se disso anos mais tarde, quando fez o elenco de “Gangues de Nova York” (2002), e assim começou sua longa colaboração com DiCaprio;
  • Como o idioma Dhegiha falado pelos Osage – ou Wazhazhe, na língua deles – não tinha uma alternativa escrita direta e traduzível, Martin Scorsese desenvolveu um roteiro com Noam Chomsky, que foi fortemente inspirado nos alfabetos Navajo e Minion;
  • Em 2007, quando ganhou o Oscar de “Melhor Diretor”, Martin Scorsese disse em seu discurso que esperava trabalhar com Leonardo DiCaprio por mais doze anos. Com o lançamento desse filme, esse desejo se concretizou;
  • Havia rumores de que Robert De Niro seria um dos protagonistas do projeto desde 2017, até que foi finalmente confirmado no Instagram por Martin Scorsese em 29 de julho de 2019 que De Niro interpretaria William Hale no filme;
  • Um filme anterior, “A História do FBI” (1959), continha um segmento que narrava a história dos assassinatos de Osage e o envolvimento do FBI. O elenco contava com os atores nativos americanos Chief Yowlachie, Eddie Little Sky e Vincent St. Cyr (um parente de Red Wing, homem nativo americano);
  • Embora Mollie fosse 10 anos mais velha que Ernest, Lily Gladstone, que interpreta Mollie, é na verdade 12 anos mais nova que Leonardo DiCaprio (Ernest);
  • John Wren, o agente indígena americano do BOI (Bureau of Investigation – Escritório de Investigação), é interpretado por Tatanka Means. Seu pai é o falecido Russell Means, do povo Oglala Lakota Sioux. Ele foi um ativista dos direitos dos índios americanos, músico, escritor e ator. Ele é mais conhecido do público do cinema pelo papel de Chingachgook em “O Último dos Moicanos” (1992);
  • Com 206 minutos, é o segundo filme mais longo de Scorsese, precedido de perto por “O Irlandês” (2019) com 209 minutos;
  • Leonardo DiCaprio recebeu US$ 30 milhões, o maior salário de sua carreira;
  • As filmagens estavam originalmente programadas para começar em março de 2020, mas foram suspensas devido à pandemia de COVID-19. A produção começaria em abril de 2021 e terminaria em outubro;
  • Jesse Plemons recusou o papel de Ricky “Jupe” Park em “Não! Não Olhe!” (2022) a favor deste filme. Esse papel acabou indo para Steven Yeun;
  • A trilha sonora inclui a música “Lovesick Blues”. Embora a versão dos anos 1940 de Hank Williams seja provavelmente a mais conhecida, a canção na verdade remonta à década de 1920 e foi escrita para um musical chamado “Oh, Ernest”. Ernest é o nome do personagem de Leonardo DiCaprio;
  • O discurso de Paul Red Eagle durante a reunião tribal foi improvisado por Everett Waller. Yancey Red Corn ficou tão emocionado que começou a chorar;
  • A escalação de Brendan Fraser para um papel coadjuvante foi recebida com amplo apoio positivo on-line, devido ao longo histórico de dificuldades físicas e profissionais de Fraser;
  • O elenco do filme inclui três vencedores do Oscar: Robert De Niro, Leonardo DiCaprio e Brendan Fraser; e dois indicados ao Oscar: John Lithgow e Jesse Plemons;
  • Em uma entrevista de 2023 à The New Yorker, Martin Scorsese falou sobre o processo de reestruturação da história após decidir abandonar o roteiro original: “… ‘reescrever’ é a palavra errada. Nós construímos tudo. Eric Roth, eu e alguns amigos ajudaram. Foi o que fizemos com “Cassino” (1995) também, Nicholas Pileggi e eu, trabalhamos a partir de transcrições. Então eu dizia: ‘Isso aqui está ótimo’. E então outro cara dizia: “Ei, por que não colocamos isso aqui? E assim, emendando e empurrando e empurrando, quero dizer, até que fomos para o ensaio, e então, mesmo no ensaio, continuamos trabalhando e trabalhando, e tivemos muito com os próprios Osage, eles diziam coisas, e um cara, Wilson Pipestem, que era advogado, um cara realmente fantástico, Osage, ficou muito preocupado no início. Ele olhou para mim e disse: ‘Você não está entendendo, temos um certo modo de vida’. E ele é um advogado muito forte, um ativista, e apontou e disse: ‘Crescemos assim, crescemos daquele jeito’ – ele estava me dando exemplos de coisas no meio, não uma lição, não uma discussão contra mim, mas um argumento para si mesmo e para o seu povo, dizendo: ‘Isso é o que somos, vocês não entendem isso. Por exemplo, quando eu era jovem, minha avó estava em casa e de repente uma tempestade aparecia e eu estava correndo e ela dizia: ‘Não, sente-se, sente-se, deixe a tempestade fluir sobre nós, o poder da tempestade. É um presente de Deus. É um presente de Wah’Kon-Tah. Deixe a tempestade – não se mova, apenas absorva a tempestade”. E ele disse: ‘É assim que vivemos’. Então escrevi isso. Pegue daqui, pegue dali. E havia o final da cena, a cena do jantar com Mollie e Leo, que havíamos escrito em que ela dizia: “Quer um uísque?” e eles bebiam e ela bebia mais do que ele, mas ela não ficava bêbada e ele sim. E eu disse: ‘Poderíamos fazer uma ótima cena’. Eu disse: ‘Mas tem uma coisa – e se a chuva cair? E se a tempestade acontecer, sem torná-la muito sinistra, a tempestade, mas é o poder da tempestade, a beleza de Wah’Kon-Tah, a dádiva da tempestade. E, para fazer isso, você precisa ficar quieto. Não pode ser seu pequeno coiote”. E ela o controlou dessa forma, e ele apenas espera”;
  • O terceiro filme de Martin Scorsese a ser financiado por um serviço de streaming; segue “Rolling Thunder Revue: A Bob Dylan Story by Martin Scorsese” (2019) e “O Irlandês” (2019), ambos lançados pela Netflix;
  • George Clooney havia manifestado interesse em dirigir uma adaptação cinematográfica do livro de não-ficção de David Grann, “Killers of the Flower Moon”, antes de Martin Scorsese assumir a direção;
  • Primeiro filme do diretor Martin Scorsese a ser filmado em Panavision desde “Vivendo no Limite” (1999) (e sua terceira vez filmando com lentes anamórficas Panavision, sendo ‘Cabo do Medo’ (1991) a primeira vez), seu quinto filme filmado no formato anamórfico (‘O Lobo de Wall Street’ (2013) e ‘Silêncio’ (2016) foram filmados com lentes Hawk Anamórficas e Arri Master Anamórficas, respectivamente), e seu décimo segundo filme filmado na proporção 2.39:1. A Época da “Inocência” (1993), “Cassino” (1995), “Kundun” (1997), “Gangues de Nova York” (2002), “O Aviador” (2004), “Os Infiltrados” (2006) e “Ilha do Medo” (2010) foram todos filmados no formato Super 35;
  • Este será o terceiro filme com Leonardo DiCaprio e Robert De Niro depois de “O Despertar de um Homem” (1993) e “As Filhas de Marvin” (1996);
  • Este é o segundo filme em que Jesse Plemons interpreta um agente do FBI, depois de “Judas e o Messias Negro” (2021);
  • Algumas das cenas filmadas perto de Fairfax, Oklahoma, usaram um terreno que também foi usado para cenas em “Twister” (1996) e sua sequência, “Twisters” (2024);
  • Este filme é a segunda colaboração entre Jesse Plemons e Martin Scorsese depois de “O Irlandês” (2019);
  • O lançamento italiano mantém o título original do filme, mas a adaptação italiana do livro é intitulada “Gli assassini della Terra Rossa”, que significa “Assassinos da Terra Vermelha”;
  • John Lithgow e Brendan Fraser têm menos de 10 minutos de tempo de tela;
  • Acie Kirby é retratado por Pete Yorn, um popular músico de rock alternativo;
  • “Killers of the Flower Moon” estreou no Festival de Cannes;
  • A cena com o remo evoca conscientemente uma das cenas mais famosas de De Niro com um taco de beisebol em “Os Intocáveis” (1987). Vale a pena observar que Scorsese acrescentou essa sequência, que não estava no livro de David Grann;
  • Lily Gladstone afirmou que ela e Leonardo DiCaprio se tornaram amigos rapidamente e se uniram facilmente por causa de seu interesse mútuo em ativismo e gosto musical. Gladstone acrescentou que DiCaprio e seu pai são escorpianos, e ela reconheceu o tipo de personalidade;
  • J. J. Abrams estava interessado em dirigir a adaptação cinematográfica;
  • Além de Robert De Niro, os atores que interpretaram Tom White, Kelsie Morrison e o detetive Burns apareceram no longa-metragem anterior de Martin Scorsese, “O Irlandês” (2019): Jesse Plemons (Chuckie O’Brien), Louis Cancelmi (Sally Bugs) e Gary Basaraba (Frank Fitzsimmons);
  • O famoso comentarista de cinema Justin Chang elogiou o filme por recrutar “seus exércitos de consultores Osage“, mas disse que seu hype na mídia foi “claramente projetado para compensar o aparente revés óptico de ter um cineasta branco, mesmo um cineasta branco tão justamente reverenciado como Scorsese, contar uma história épica de deslocamento e destruição de nativos americanos.”;
  • Após o lançamento do filme, a atriz indígena Devery Jacobs reclamou que o filme não retrata seus personagens Osage com “honra ou dignidade” e os desumaniza ainda mais ao retratar suas mortes, embora o filme seja baseado em eventos reais centrados no Reinado do Terror, um termo dado aos assassinatos de pelo menos 60 membros da nação Osage no final da década de 1920. Jacobs declarou que acreditava que “ao mostrar mais mulheres nativas assassinadas na tela, isso normaliza a violência cometida contra nós e desumaniza ainda mais nosso povo”;
  • De acordo com o livro de não-ficção de David Grann, “Killers of the Flower Moon”, os assassinatos dos índios Osage envolveram uma vasta conspiração com centenas de indivíduos, em vez de alguns assassinos com vários cúmplices. Ao adaptar os eventos históricos para um filme, o roteiro inicial do roteirista Eric Roth simplificou os eventos e concentrou-se em várias pessoas;
  • Leonardo DiCaprio foi espancado por Robert De Niro com uma pá de madeira de verdade, com toda a força, na cena em que Ernest é castigado por William Hale, embora ele usasse um protetor de pele por baixo do traje;
  • Embora ricos, a maioria dos membros do povo Osage foi considerada pelos tribunais como incapaz de administrar suas próprias finanças, o que significa que eles tinham de ter um supervisor – normalmente um homem branco – para lidar com seu dinheiro. Isso explica as referências no filme a pessoas restritas e irrestritas, e Molly, no início do filme, tem de pedir seu próprio dinheiro para pagar uma conta médica. Quando uma mulher Osage se casava com um homem branco, seu marido se tornava automaticamente seu supervisor financeiro, mas muitos desses supervisores eram nomeados pelo tribunal. Não é de se surpreender que houvesse muita corrupção envolvida, com os juízes nomeando seus próprios apoiadores como recompensa, e esses supervisores desviaram quantias consideráveis de dinheiro. Quando as vítimas tentavam reclamar com os tribunais, seus casos eram descartados e não eram ouvidos;
  • O roteirista Eric Roth afirmou que Leonardo DiCaprio insistiu para que seu roteiro original fosse reescrito. No roteiro original anterior à produção, DiCaprio deveria estrelar como Tom White, o heroico agente do FBI que viajou para a nação Osage e resolveu uma série de assassinatos. Esse roteiro original era mais parecido com um thriller policial. No entanto, DiCaprio solicitou a revisão do roteiro para interpretar Ernest Burkhart, o sobrinho do vilão assassino interpretado por Robert De Niro, que está dividido entre o amor e as maquinações do tio. A Paramount achou que a reescrita do roteiro transformou o filme de um thriller de ação comercial em um drama psicológico temperamental. Consequentemente, a Paramount autorizou DiCaprio a comprar o projeto, e o filme foi escolhido pela Apple Studios;
  • O roteirista Eric Roth afirmou que Leonardo DiCaprio insistiu para que seu roteiro original fosse reescrito. No roteiro original anterior à produção, DiCaprio deveria estrelar como Tom White, o heroico agente do FBI que viajou para a nação Osage e resolveu uma série de assassinatos. Esse roteiro original era mais parecido com um thriller policial. No entanto, DiCaprio solicitou a revisão do roteiro para interpretar Ernest Burkhart, o sobrinho do vilão assassino interpretado por Robert De Niro, que está dividido entre o amor e as maquinações do tio. A Paramount achou que a reescrita do roteiro transformou o filme de um thriller de ação comercial em um drama psicológico temperamental. Consequentemente, a Paramount autorizou DiCaprio a comprar o projeto, e o filme foi escolhido pela Apple Studios.
  • A cena da peça de rádio foi filmada no auditório da Cardinal Hayes High School, a escola de Martin Scorsese, no Bronx, após o término das filmagens em Oklahoma;
  • DIRETOR CAMEO (o próprio diretor do filme que aparece por alguns segundos em alguma cena) (Martin Scorsese): Scorsese aparece três vezes no filme. Nas duas primeiras vezes, ele é ouvido como uma voz fora da tela. Na terceira e última aparição, ele é o produtor da peça de rádio que lê o obituário de Mollie;
  • Martin Scorsese alegou que decidiu aparecer na tela durante a cena do rádio para ler o obituário de Mollie porque não tinha certeza se poderia dirigir um ator para expressar a mudança de tom para sinceridade no meio da cena, e queria ser franco sobre sua própria responsabilidade nos assassinatos de Osage sendo usados para entretenimento;
  • Martin Scorsese apontou que há uma sutil mudança temporal durante a cena do rádio, na qual o locutor começa a narrar eventos que teriam acontecido depois do período em que a cena se passa, como a morte de William Hale em 1962, deixando claro que é realmente ao público moderno que se está dirigindo;
  • No terceiro ato do filme, o personagem de Leonardo DiCaprio é investigado pelo Bureau of Investigation (precursor do FBI), com J. Edgar Hoover como diretor. DiCaprio interpretou o próprio J. Edgar no filme biográfico homônimo “J. Edgar” (2011), dirigido por Clint Eastwood.

Ficha técnica

Diretor: Martin Scorsese.
Roteiro: Eric Roth, Martin Scorsese e David Grann (livro).
Produtores: John Atwood, Marianne Bower, Justine Conte, Leonardo DiCaprio, Lisa Frechette, Dan Friedkin, Niels Juul, Shea Kammer, Daniel Lupi, Martin Scorsese, Adam Somner, Bradley Thomas e Rick Yorn.
Diretor de fotografia: Rodrigo Prieto.
Editor: Thelma Schoonmaker.
Design de produção: Jack Fisk.
Figurino: Jacqueline West.
Cabelo e maquiagem: Elisa Acevedo, Tracey Anderson, Lanard Atkins, Charmaine Balcerzak, Zoey Belton, Gloria Belz, Heather Benson, Elizabeth Bey, Kathryn Blondell, Linda Boykin-Williams, Anita Brabec, Andrea Carreno, Jon Carter, Laura Casey, Roxy D’Alonzo, J.C. Davis, Andrea De Leon, Cynthia Dreier, Melinda Dunn, Jameson Eaton, Amanda Duffy Evans, Lindsay Garrison, Jimmy Goode, Renae Goodhew, Sian Grigg, Jason Hamer, Heather A. Hawkins, Stephen Imhoff, Jennifer Jane, Duncan Jarman, Sandy Jo Johnston, Linda Kaufman, Martina Kohl, Teresa Luz, Anna Majewski, John Maldonado, Toni Marlo, Lydia Milars, Jennifer Mullins, Ned Neidhardt, Thomas Nellen, Luca Nemolato, Candace Orlandi, Richard Orton, Bobbie Payne, Beate Petruccelli, Jerry Popolis, Casey Pratt, Richard Redlefsen, Lia Robin, Kim Shriver, Kyle Skillin, Horace Stevenson III, Vincent Van Dyke, Brian Walsh, Carla White, Nacoma Whobrey, Anna Williams, Hiro Yada e Melissa Yonkey.
Música: Robbie Robertson.
Elenco: Leonardo DiCaprio, Robert De Niro, Lily Gladstone, Jesse Plemons, Tantoo Cardinal, John Lithgow, Brendan Fraser, Cara Jade Myers, Janae Collins, Jillian Dion, Jason Isbell, William Belleau, Louis Cancelmi, Scott Shepherd, Everett Waller, Talee Redcorn, Yancey Red Corn, Tatanka Means, Tommy Schultz, Sturgill Simpson, Ty Mitchell, Gary Basaraba, Charlie Musselwhite, Pat Healy, Steve Witting, Steve Routman, Gene Jones, Michael Abbott Jr., J.C. MacKenzie, Jack White, Larry Sellers, Barry Corbin, Gabriel Casdorph, Samuel French, Wally Welch, James Roman Dailey Jr., Christopher Cote, Randy Houser, Moe Headrick, Pete Yorn, Margaret Shannon-Sisk, Moira Redcorn, Eric Parkinson, Chase Parker, Jarad Looper, John Gibbs, Jerry Logsdon, Jacob Lux, Xavier Toehay, Mike Cook, Katherine Willis, Delani Chambers, Zachary Hokeah, Talon Satepauhoodle, Jennifer Rader, Chance Rush, Dana Daylight, Mahada Sanders, Ben Hall, John Q. Wilson, Beau Smith, Victor McCay, Nathalie Standingcloud, Jay Paulson, Marvin E. Stepson Jr., Tracey Ann Moore, Easton Wade Yellowfish, Reignen Yellowfish, Candice Costello, Father Chris Daigle, Justin France, Jerry Wolf, Addie Roanhorse, Erica Pretty Eagle Moore, Mason Cunningham, Norma Jean, Elisha Pratt, Desireee Storm Brave, Margaret Gray, Christopher Hill, Dolan Wilson, Jackie Wyatt, Rayna Gellert, Nokosee Fields, Kieran Kane, Lucas Ross, Elijah Cemp Ragsdale, Vanessa Rose Pham, Terry Allen, Jo Harvey Allen, Sarah Spurger, Joshua Close, Elden Henson, Kinsleigh McNac, Roanin Davis, David Fields, Anthony J. Harvey, Stephen Berkman, William Alyn Hill, Joseph Spinelli, Blaine Hall, Brent Langdon, Leland Prater, DJ Whited, Elizabeth Waller, Jessica Harjo, Joey Oglesby, Alexis Ann, Lee Eddy, Gary S. Pratt, Nathaniel Arcand, Kristin Keith, Bravery Nowlin, Edward Gray Sr., Angela Pratt, Henry Amos Gray, Samuel Gray, Edward Gray Jr., Mamie Cozad, Shonagh Smith, Joel Tallchief Lemon, Richard Lookout RulingHisSun, Brett Bower, Garrison Panzer, River Rhoades, Zack T. Morris, Harrison Shackelford, Alexis Waller, Mark Landon Smith, Tom Ashmore, Myron F. Red Eagle, Dolores Marie Goodeagle, Matt Tolentino, Johnny Baier, Gregory Fallis, Patrick Bubert, TJ Muller, Will Reardon-Anderson, Peter Reardon-Anderson, Kyle Dillingham, Jacob Johnson, Jeffrey Stevenson, Clint Rohr, D. Reride Smith, James Healy Jr., Jeremy Goodvoice, Ron McMahan, Seth Buckminster, Penny Potts, Melissa Tiger, Karen Garlitz, Bronson Redeagle, Jenny Paige Lynn, David Born, Mary Buss, Ted Welch, Carl Palmer, Tanner Brantley, Jezy Gray, Steve Eastin, Joe Chrest, Brian Shoop, James Carroll, Lux Britni Malaske, Adam Washington, Larry Jack Dotson, Larry Fessenden, Welker White, Martin Scorsese, Marko A. Costanzo, Nicholas White, Rob Fisher, Vince Giordano, Paul Woodiel, Andy Stein, Sam Bardfeld, Joe Boga, Jon-Erik Kellso, Jim Fryer, Marc Phaneuf, Mark Lopeman, Chris Byars, Vinny Raniolo, Paul Wells, Peter Yarin, Scott George, Kenneth Bighorse Jr., Vann Bighorse, Anna L. Bighorse, Mason Bighorse, Norris Bighorse, Scott Bighorse, Paul Bighorse, Taveah Ann George, Wahwastoas J. Jones, Dobbin Monoessy Knifechief, Julia Lookout, Jennifer Moses, Francis Pipestem Jr., Michael Paul Pahsetopah, Silas Satepauhoodle, Cherylyn Oberly Satepauhoodle, Charisse Satepauhoodle, Lynette Satepauhoodle, John Shaw, Angela Toineeta Satepauhoodle, Alexandria Toineeta, Ed Yellowfish, Matthew Apker, Bryce Barfield, Matt Barse, Lisandro Boccacci, Connor Bock, Parker Cassady, Brent Charles, Rachael Christenson, Chelsey Davis, Charles Day, Ronnie Felts, Nelson J. Flowers, Danny Frost, Mike Garner, Phoenix Ghost, Michael Graham, Dave Granholm, Phil Grayson, Kenny Harragarra, Douglas K. Harrison, John Holmes, Jeff E Howard, Kyle Jones, Scott Lancaster, Damian Lund, Jackie B. McCarter, Michael Nauman, Michael Patterson, Dane Alexander Peplinski, Craig Philson, John Potthast, Rachel Purget, Thomas Rex, Skip Schwink, Tony Sellars, Michael Sloan, Logan Smith, Chase Spivey, Charisse Taylor, Dionicio Virvez, Carlton Welch II, Greg Williams, Dustin Wilson, James Wirt, Chris Wolpert e Bob Yount.

1 comentário em “Resenha do filme Assassinos da Lua das Flores (2023, Martin Scorsese)”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima