Delicie-se com “Sabata – O Homem que Veio para Matar“, um western spaghetti referência, dirigido pelo italiano Gianfranco Parolini. Lee Van Cleef e companhia acertam no ritmo e na pontaria em uma história simples, mas pomposa ao se mostrar.
No banco da cidade de Dogherty acontece o roubo do cofre onde encontra-se o dinheiro do Exército dos Estados Unidos. No dia seguinte o cofre é recuperado pelo pistoleiro Sabata (Lee Van Cleef). Na companhia dos amigos Carrincha (Ignazio Spalla) e Alley Cat (Aldo Canti), Sabata e eles descobrem que o roubo do cofre está diretamente ligado a homens importantes da cidade, o trio Stengel (Franco Ressel), Fergusson (Antonio Gradoli) e o juiz O’Hara (Gianni Rizzo).
Sabata exige uma recompensa para não entregá-los. No entanto, ao invés de pagá-lo, Stengel investe na tentativa de eliminá-lo, porém sem sucesso. Há um personagem misterioso, Banjo, que chega a ajudar Sabata, mas Stengel oferece uma recompensa “gorda” para Banjo eliminar quem um dia estendeu as mãos.
Neste clássico do western spaghetti, “Sabata – O Homem que Veio para Matar” (1969), você irá assistir ao desenvolvimento da sinopse escrita nos dois parágrafos anteriores, trata-se de um filme de faroeste com a direção inspiradora do italiano Gianfranco Parolini, também lembrado pelo pseudônimo de Frank Kramer.
O sucesso deste deu origem a outros dois filmes: “Sabata Adeus” (1970) e “O Retorno de Sabata“. Os três filmes originou n’A Trilogia Sabata (The Sabata Trilogy). O ator Lee Van Cleef interpretou o personagem título no primeiro e no terceiro filme, enquanto no segundo filme Yul Brynner foi o responsável em dar vida ao personagem Sabata.
Neste longa somos presenteados com uma direção perspicaz repleta de tomadas e movimentos de câmera característicos do gênero western spaghetti, mas com a personalidade de Gianfranco Parolini. As técnicas zoom-in e zoom-out são onipresentes e realizados de maneira cirúrgica, uma vez que a aproximação e o distanciamento da câmera nos personagens proporciona uma maior imersão à ação e uma leitura privilegiada quanto à expressão dos atores.
Impossível não salientar a direção de fotografia de Sandro Mancori embalada na trilha sonora de Marcello Giombini é captada com maestria pela lente apurada de Gianfranco Parolini, toda essa combinação eleva ainda mais a atuação do elenco, o que falar das várias tomadas em que a imponência do pistoleiro anti-herói Lee Van Cleef é exaltada.
É quase inevitável para os amantes deste gênero não multiplicar a emoção assim que a canção “Ehi Amico C’è Sabata” é entoada em cena, principalmente nos momentos de glória.
Não tenho dúvida de que “Sabata – O Homem que Veio para Matar” encontra-se imortalizado entre os melhores filmes de faroeste, ou do subgênero western spaghetti. Uma fonte de inspiração inesgotável da qual quem bebe tem grandes chances de acertar na mosca, assim como Sabata.
NOTA:
Trailer
Pôster
Curiosidades sobre Sabata – O Homem que Veio para Matar
Contagem de corpos: 75;
O principal vilão, Stengel (Franco Ressel), foi criticado como um estereótipo abertamente homofóbico que jamais seria permitido em um filme hoje.
Ficha técnica
Diretor: Gianfranco Parolini. Roteiro: Renato Izzo e Gianfranco Parolini. Produtores: Alberto Grimaldi. Diretor de fotografia: Sandro Mancori. Editor: Edmond Lozzi. Design de produção: Carlo Simi. Figurino: Carlo Simi. Cabelo e maquiagem: Vittorio Biseo e Galileo Mandini. Música: Marcello Giombini. Elenco: Lee Van Cleef, William Berger, Ignazio Spalla, Aldo Canti, Franco Ressel, Antonio Gradoli, Linda Veras, Robert Hundar, Gianni Rizzo, Spartaco Conversi, Carlo Tamberlani, Luciano Pigozzi, Marco Zuanelli, Franco Marletta, Andrea Aureli, John Bartha, Giuseppe Mattei, Romano Puppo, Vittorio André, Fortunato Arena, Bruno Ariè, Gino Barbacane, Sisto Brunetti, Omero Capanna, Luigi Ciavarro, Giuliano Dell’Ovo, Aldo Formisano, Gilberto Galimberti, Alfonso Giganti, Rodolfo Lodi, Gino Marturano, Ana María Noé, Franco Pasquetto, Fulvio Pellegrino, Mimmo Poli, Amerigo Santarelli, Angelo Susani, Bruno Ukmar e Franco Ukmar.
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