Resenha do filme Trinity é o Meu Nome (1970, Enzo Barboni)

Bud Spencer e Terence Hill formavam uma dupla e tanto, um sucesso a dois made in Itália para o mundo. Dentro do gênero western (filmes de faroeste), mais precisamente no subgênero spaghetti western, o magrelo de cabelos loiros, olhos azuis e falador, em companhia do seu “parceiro” grandalhão corpulento, carrancudo, de barba cheia e pouca prosa, interpretaram, respectivamente, os irmãos Trinity (Trinità) e Bambino (bebê em italiano) neste perene filme dos anos 70, “Trinity é o Meu Nome” (Lo chiamavano Trinità…).


Neste filme ao estilo bang bang com doses generosas de comédia pastelão, você se depara com a história de Trinity (Terence Hill), pistoleiro nada ortodoxo, entregue à preguiça, maltrapido, sujo, coberto de poeira e terra, que chega de supetão a uma pequena cidade do Oeste para ver o seu irmão e ladrão de cavalos, Bambino (Bud Spencer) – isso depois de empanzinar-se de feijão e arrumar confusão. No cargo de xerife, o ladrão fará do seu irmão pistoleiro, delegado. Juntos se enrolam em confusões enquanto buscam defender um assentamento mórmon de um grande grileiro de terras, conhecido como Major Harriman (Farley Granger) e um bandido mexicano, Mezcal (Remo Capitani), junto dos seus capangas barulhentos.

Logo nos frames iniciais, o preguiçoso Trinity nos é apresentado de maneira jocosa: o forasteiro sem nenhuma ambição na vida, encontra-se praticamente carregado deserto adentro pelo seu cavalo enquanto relaxa sob a sombra da aba do seu chapéu, esparramado em uma espécie de cama móvel (padiola ou travois), apoiada no lombo do obediente quadrúpede; o folgado boceja sem dar a mínima para nada, nem mesmo quando a água bate à bunda enquanto cruza de uma margem a outra do rio. Toda essa cena é apresentada com a trilha sonora marcante da música “Trinity: Titole”, de Annibale E I Cantori Moderni.

Antes que Trinity se apresente ao seu irmão, o xerife Bambino, o rapaz faz uma parada em uma estação de diligências para encher a barriga de feijão e pão. Ao ser observado comendo como um morto de fome, um pistoleiro caçador de recompensas, incomodado com a presença e a maneira feroz que Trinity devora sua comida, senta-se à sua frente e o questiona perante seus companheiros (estes sob a posse de um homem mexicano machucado) que tamanha fome é comum àqueles que atravessam o deserto correndo (fugindo de alguma delinquência).

Após matar a fome, Trinity então levanta de sua cadeira e caminha até à mesa onde está o homem que o importunou e o mexicano Chico (que está jurado de morte). Ao pedir que este se levante para ir embora com ele, o pistoleiro e seus comparsas questionam pelo nome, no momento em que se identifica como sendo Trinity, a mão direita do diabo, todos no recinto tremem de medo diante da revelação.

Trinity comendo pão com feijão enquanto é observado por dois pistoleiros na mesa ao fundo.
Trinity rasga o pão para comer com feijão. Ao fundo ele é observado por dois pistoleiros caçadores de recompensa que estão com um mexicano prisioneiro.

Ao sair do lugar, o protagonista pergunta ao maître do estabelecimento quanto lhe deve, este lhe responde que é por conta da casa; em seguida Trinity caminha até a saída remendando que o feijão não estava nada bom; ao abrir a porta para sair com o mexicano Chico, o importunador fala para ele (Trinity) que é o mais rápido da redondeza, o que é comprovado quando da janela os homens tentam surpreender Trinity e este, como um raio, os atingem ao disparar o gatilho de costas para os seus adversários.

Além dessa clássica cena descrita acima, uma apresentação memorável do personagem principal, a cena que se segue nos apresenta em grande estilo o personagem Bambino, um ladrão de cavalos que está se passando por autoridade policial. Sentado na cadeira em frente a delegacia de que está xerife, o grandalhão de olhos pequenos encontra-se tranquilo lendo o jornal enquanto três homens se aproximam e pedem insistentemente, em tom de ameaça, que ele solte da prisão o amigo. Sentado em seu cavalo, Trinity observa a uma certa distância o seu irmão negar a liberdade do homem com a justificativa de que este cometeu violência contra uma mulher e que seu destino será levado a júri.

No momento seguinte, Bambino pára de ler o jornal e levanta da cadeira para encarar o trio com a sua típica carranca (feição fechada) de poucos amigos. Nesse momento, Trinity em companhia do mexicano Chico, que está a reboque deitado na cama portátil, cruza o espaço entre seu irmão e os três homens para observar o imbróglio de um ângulo melhor. Ao desmontar do animal, ele deita ao lado do estrangeiro para narrar os movimentos do irmão que está prestes a mostrar o quão rápido é no gatilho. Após um dos homens fazer a ameaça final, este e seus dois companheiros sacam a arma para dispará-las, mas Bambino é mais veloz e dispara três tiros que acabam com as três vidas à sua frente. Deitado ao lado do mexicano Chico, este questiona Trinity sobre quem é o homem que acabara de fazer os disparos, é então revelado ser Bambino, a mão esquerda do diabo.

As duas cenas descritas acima nos apresentam os dois personagens formados pelos irmãos Trinity e Bambino, o primeiro carrega a alcunha de ser a mão direita do diabo e o segundo é conhecido como a mão esquerda do diabo. Além de irmãos, juntos formam os pistoleiros mais rápidos do Oeste. A habilidade em brigar e a rapidez no apertar do gatilho comprovam o elo familiar. Um ponto a observar é o quanto um é o antônimo do outro, tanto na aparência física quanto na psicológica, quesito que colabora com os momentos engraçados e que divertem à beça.

Bambino sob a varanda da delegacia atirando em três homens.
Sob a varanda da delegacia, o “xerife” Bambino saca a sua arma e mostra o porquê é conhecido como “a mão esquerda do diabo”.

A agilidade com que o irmão mais magro põe em movimento o seu corpo durante as lutas – verdadeiras acrobacias de circo – fazem dele um alvo constantemente procurado, mas pouco encontrado em meio à confusão armada de braços e pernas, socos e pontapés, distribuídos e esquivados. Já o irmão mais gordo fica para trás no quesito agilidade, mas basta um único soco martelo no cocuruto para que o oponente caia no chão e se espatife feito uma jaca madura ou veja estrelas até o dia seguinte.

As brigas cômicas estouram na tela de tempos em tempos sempre ao estilo funambulesco presente neste e em outras mais de 20 produções com a participação da dupla de atores e amigos Bud & Terence. Na maioria dos filmes a temática faroeste abraça o roteiro com uma pitada de comédia na história, tudo para quebrar a acidez do molho à bolonhesa do spaghetti western.

Lembro você que o filme “Trinity é o Meu Nome” foi o grande propulsor responsável pelo sucesso na carreira internacional da dupla. No ano seguinte desta produção, em 1971, o diretor Enzo Barboni (que no primeiro filme de 1970 usava o pseudônimo de E. B. Clucher) lançava a sequência “Trinity Ainda É Meu Nome”, mais uma vez a história de Trinity alcançou o posto de produção italiana de maior bilheteria.

Além das duas estrelas que protagonizam a trama, existem outros personagens que se destacam não pelo tamanho do papel que interpretam, mas pelas doses extras de humor que eles incrementam aos diálogos: destaco nesta pauta o mexicano Chico, que desde a sua primeira aparição lá na estação de diligências encontra-se todo estrupiado, e na delegacia é mantido jogado no fundo de uma cela à base de doses de whisky para calar a “matraca” – costume que no final das contas faz com que o pobre coitado vire um alcoólatra; o outro “figura” é Jonathan (Steffen Zacharias), um homem caipira, de chapéu, suspensórios e um tanto quanto misterioso – aparenta ser uma espécie de servente de Bambino, ao mesmo tempo que o ajuda na delegacia. As cenas em que os dois dividem a tela garantem momentos hilários, Jonathan sempre está com a garrafa de bebida em mãos pronto para acalmar o beberrão do mexicano Chico, sendo que uma vez ou outra eles aparecem atrapalhados em cena.

O roteiro tem seus raros momentos de seriedade, pois em quase todo o tempo os diálogos são marcados por piadas para todos os gostos, entre outros besteiróis a mais que transportados para o mundo chato do politicamente correto de hoje em dia, pode receber o carimbo do preconceito batido pelo hipócrita moderno. As falas carregadas de dizeres religiosos dos personagens Tobias, Sarah (Gisela Hahn) e Judith (Elena Pedemonte) abrem uma brecha para as mentes sujas da dupla Trinity e Bambino interpretar por um viés nada ortodoxo, principalmente quando as falas saem das bocas das loirinhas. 

A fotografia característica para os filmes de faroeste dos anos 70 tem muito da personalidade à italiana do diretor de fotografia Aldo Giordani, assim como a inserção da vigorosa trilha sonora do compositor e maestro italiano Franco Micalizzi, trabalho realizado com seriedade diante de um filme que tem a leveza da comédia em suas entrelinhas e caminha lado a lado sem perder a estribeira do western italiano.

Em “Eles Me Chamam de Trinity” como também é intitulado o filme aqui no Brasil, Trinity e Bambino vão ao longo da história enfrentar diversos adversários com seus próprios punhos, estejam eles fechados ou apertando o gatilho. O grandalhão não gosta muito de ter a companhia do irmão intrometido que vive atraindo ou caçando contendas, comportamento que acaba irritando e ao mesmo tempo atrapalhando os planos de Bambino.

Mezcal e Major Harriman chegam ao assentamento mórmon.
Montados em seus cavalos e na companhia de seus homens, Mezcal e Major Harriman chegam ao assentamento mórmon.

Ambos perseguem a mesma ambição ao longo do filme, roubar cavalos. Enquanto Bambino espera pelos seus homens para realizarem assaltos, ele se disfarça atrás de uma estrela dourada cravada no peito – fruto de roubo praticado quando escapava da penitenciária. O distintivo roubado era do xerife que viria a substituir o xerife assassinado da cidade em que ele agora estava com o cargo.

A relação da dupla de protagonistas com os fazendeiros é aproximada depois que o olhar de  Trinity é atraído pela beleza das garotas Sarah e Judith, da comunidade mórmom, que esperam alguém do lado de fora do armazém, em frente à delegacia, quando de repente a pessoa que elas aguardavam é chutada porta afora do comércio por dois homens do Major Harriman. Trinity então sai em ajuda do trio e logo após entrar no estabelecimento aplica uma surra daquelas na dupla de capangas.

A ajuda prestada por Trinity ao trio de religiosos fez com que ele e seu irmão fossem bem recebidos pelo líder da comunidade religiosa (mórmon), irmão Tobias (Dan Sturkie). A aproximação deles com a comunidade de Tobias – principalmente depois da amizade colorida entre o ardiloso Trinity e as ingênuas Sarah e Judith – vai fazer com que os irmãos envolvam-se em um conflito de terras entre a comunidade mórmom e a aliança formada pelos homens do poderoso grileiro de terras Major Harriman com os homens do mexicano Mezcal. Aliás, este e seus cúmplices lembram de perto os “Três Demônios” (Ramón Valdés, Rubén Aguirre e Carlos Villagrán), personagens de “Chapolin” que aparecem no episódio “O Alfaiatezinho Valente – Parte 3”, em 1978. Teria Roberto Gómez Bolaños tirado alguma referências dos filmes de Bud Spencer e Terence Hill para o seriado “Chapolin Colorado”? O que diria “Os Trapalhões”

Uma das melhores cenas de “Trinity é o Meu Nome” é o terceiro ato, quando o confronto final para roubar as terras dos religiosos passa de uma ameaça para vias de fato. Os irmãos interpretados por Bud & Terence convencem os homens mórmons a treinarem e lutarem contra os invasores de terras, mesmo que a ação vá na contramão dos seus princípios, uma vez que eles nunca reagiram a uma violência se quer, pois rezar e trabalhar, trabalhar e rezar é somente o que eles fazem. Desde o treinamento dos fazendeiros até o embate derradeiro, você assistirá as cenas mais engraçadas deste longa-metragem com a peculiar essência dos filmes com Bud Spencer e Terence Hill.

O filme encerra com um “gancho” para uma continuação que acontece no ano seguinte com “Trinity Ainda É Meu Nome”. Não tenha dúvida de uma coisa, “Trinity é o Meu Nome” tem um roteiro que diverte a todos com as piadas, personagens que garantem o humor italiano caprichado e a comédia simpática dos atores, em especial dos parceiros Terence Hill e Bud Spencer que começaram neste filme uma sólida parceria que os revelaram para além das fronteiras do mapa da Itália, bota afora. 

Inté, se Deus quiser! 

NOTA: Nota do crítico - 5 estrelas (excelente!)

 

Bud Spencer & Terence Hill no Brasil e em companhia d’Os Trapalhões

Após eu finalizar a resenha crítica deste clássico do cinema italiano, resolvi abrir este espaço para destacar algumas curiosidades sobre os amigos Bud Spencer e Terence Hill em terras tupiniquins.

No ano de 1984, a dupla internacional deu o ar da graça no Brasil, em pleno programa humorístico “Os Trapalhões”, lugar perfeito para o encontro humorado entre a dupla italiana e o quarteto brasileiro. A entrevista foi conduzida por Didi (Renato Aragão) e logo sucedeu na divertida companhia dos colegas de elenco Dedé (Manfried Sant’Anna), Mussum (Antônio Carlos Bernardes Gomes) e Zacarias (Mauro Faccio Gonçalves).

Apesar do bate-papo disfarçado de entrevista, revelado no notório clima descontraído e cheio de graças entre eles, nota-se no quarteto de humoristas brasileiros um certo nervosismo, ou melhor, a timidez tomado em um sentimento perceptível de deslumbramento naquele momento histórico ímpar dos intérpretes d’Os Trapalhões frente à presença ilustre da dupla de atores italianos.

A emblemática entrevista cedida aos Trapalhões em 1984 foi possível por conta do filme “Eu, Você, Ele e os Outros” (Non c’è due Senza Quattro), a produção estrelada pelos italianos foi inteiramente rodada no Rio de Janeiro e coproduzida pela Renato Aragão Produções. Através das perguntas conduzidas por Didi e seus colegas, revelaram-se curiosidades acerca da vida de Bud Spencer e Terence Hill, principalmente do primeiro, uma delas foi que Spencer morou no Brasil, em Recife, por 3 anos; durante a entrevista ele se comunicou em uma das seis línguas que era fluente, o português, isso porque fazia 35 anos que não praticava o idioma. O domínio da língua portuguesa proporcionou a oportunidade de trabalhar no consulado da Itália no Recife, período que residiu de 1947 a 1949.

Acredito que quem já ouviu falar ou assistiu a um filme com a participação de Bud Spencer, provavelmente teve a curiosidade de saber se o primeiro nome “Bud” vem da marca de cerveja Budweiser. A resposta para essa curiosidade tem relação direta à marca, Carlo Pedersoli tinha a Budweiser como a sua cerveja favorita e gostava bastante do ator Spencer Tracy, daí a junção que resultou na escolha do nome artístico de Pedersoli.

Outras muitas curiosidades reveladas nesse encontro/entrevista antológica você encontra no vídeo logo abaixo. Dê o play e assista na íntegra:

Trailer

Pôster

Pôster do filme "Trinity é o Meu Nome" (1970)

Curiosidades sobre Trinity é o Meu Nome

  • Terence Hill jejuou 24 horas antes de filmar a cena em que Trinity come a frigideira cheia de feijão, para poder acabar com todos (e rápido);
  • Filme revolucionário dos atores italianos Terence Hill e Bud Spencer. O filme foi seu primeiro grande sucesso de bilheteria internacional e transformou os dois atores em superestrelas;
  • O apelido de Trinity (Terence Hill) era “The Right Hand of the Devil” (A mão direita do diabo). (O tipo de arma que Trinity tinha era uma Colt 45.) O apelido de Bambino (Bud Spencer) era “The Left Hand of the Devil” (A mão esquerda do diabo). O nome Bambino significa “bebê” em italiano. Os dois homens eram exímios atiradores. “The Devil” (O Diabo) era o apelido da mãe deles, uma madame de Nova Orleans;
  • O local de filmagem é um vale perto de “Camerata Nuova”, uma pequena cidade italiana, perto da fronteira das regiões do Lazio e Abruzzo, e Almería, uma pequena cidade no sudeste da Espanha onde muitos filmes, incluindo spaghetti westerns, foram filmado;
  • Esta foi uma paródia do então popular gênero “spaghetti western”. Tornou-se um sucesso tão grande que, segundo consta, arrecadou mais do que os próprios filmes que estava imitando;
  • O filme italiano com o maior número de espectadores nos cinemas italianos até 1986;
  • Quentin Tarantino usou o tema de Trinity em “Django Livre” (2012);
  • Os nomes de nascimento de Terence Hill e Bud Spencer são Mario Girotti e Carlo Pedersoli, respectivamente;
  • Quarto faroeste estrelado por Terence Hill e Bud Spencer. Os primeiros filmes em que estrelaram foram “God Forgives… I Don’t!” também conhecido como “Blood River” [‘Deus Perdoa… Eu Não!’ (1967)], “Ace High” [‘Os Quatro da Ave Maria’ (1968)] e “Boot Hill” [‘A Colina dos Homens Maus’ (1969)]. Além de pequenos papéis no épico italiano de espada e sandálias “Hannibal” [‘Aníbal, O Conquistador’ (1959)] anunciado sob seus nomes de nascimento, na época deste filme, Hill e Spencer nunca haviam contracenado juntos em um filme que não fosse de faroeste;
  • Lançado na Hungria ainda em 1988, tornou-se, no entanto, o maior sucesso de bilheteira do ano, vendendo 1.386 milhões de bilhetes – graças ao poder estelar de uma década dos dois protagonistas. Nenhum filme conseguiu superar esse nível de admissão desde então;
  • A cama de madeira sobre a qual Trinity (Terence Hill) se deita preguiçosamente e é arrastado por seu cavalo é conhecida como “travois”. (Bambino a certa altura chama isso de “ninhada”.) A Wikipedia define “travois” como “uma estrutura para conter cavalos… uma estrutura histórica que foi usada pelos povos indígenas, notadamente os índios das planícies da América do Norte, para arrastar cargas sobre a terra”. Fotos de Hill deitado no travois foram uma das imagens significativas associadas à imagem e foram vistas em fotos de produção e em muitos pôsteres do filme;
  • Após o sucesso de bilheteria deste filme nos EUA, os primeiros westerns feitos por Terence Hill e Bud Spencer foram relançados nos Estados Unidos, um deles até foi renomeado com a palavra “Trinity” nele. O nome passou a ser usado para praticamente todas as colaborações dos dois (dezoito ao todo), embora não houvesse mais filmes com Trinity e Bambino. (Ambos admitiram que nem eles nem o diretor Enzo Barboni consideraram uma série de filmes com esses personagens, mas talvez devessem fazê-lo em retrospecto.);
  • Enzo Barboni ofereceu a Franco Nero o papel de Trinity enquanto trabalhava em “Django” (1966);
  • O título do filme “They Call Me Trinity” pretende parodiar o personagem “The Man with No Name” de Clint Eastwood, usado pela distribuidora americana United Artists para promover os westerns spaghetti de enorme sucesso de Eastwood em meados da década de 1960;
  • Embora esse tenha sido o primeiro filme de grande sucesso da dupla, o filme foi, na verdade, o quinto em que Terence Hill e Bud Spencer trabalharam e o quarto em que ambos estrelaram;
  • O filme é um western spaghetti italiano. O filme foi dublado para lançamento nos cinemas em territórios de língua inglesa quando foi lançado nos cinemas;
  • Faturado como E.B. Clucher, o filme foi dirigido por Enzo Barboni, que dirigiu várias colaborações de comédia de Terence Hill e Bud Spencer. São eles: “They Call Me Trinity” [‘Trinity é o Meu Nome’ (1970)], “Trinity Is Still My Name” [‘Trinity Ainda é Meu Nome’ (1971)], “Go For It!” [‘Dois Contra o Oeste’ (1983)], “Crime Busters” também conhecido como “Two Supercops” [‘Dois Tiras Fora de Ordem’ (1977)] e “Double Trouble” [Eu, Você, Ele e os Outros (1984)];
  • Os atores italianos George Eastman e Peter Martell (também conhecido como Peter Martell) foram originalmente escalados para os personagens principais, mas Bud Spencer e Terence Hill acabaram ficando com o trabalho;
  • De acordo com o “Filmdungeon”, esse filme “deu início à mania das comédias de faroeste que varreu a Itália por um tempo”;
  • O bebê mórmon é interpretado por Jess Hill, o filho mais velho de Terrence.

Ficha técnica

Diretor: Enzo Barboni.
Roteiro: Enzo Barboni e Gene Luotto.
Produtores: Joseph E. Levine, Roberto Palaggi, Don Taylor e Italo Zingarelli.
Diretor de fotografia: Aldo Giordani.
Editor: Giampiero Giunti.
Design de produção: Enzo Bulgarelli.
Figurino: Luciano Sagoni.
Cabelo e maquiagem: Luciano Giustini.
Música: Franco Micalizzi.
Elenco: Terence Hill, Bud Spencer, Steffen Zacharias, Dan Sturkie, Gisela Hahn, Elena Pedemonte, Farley Granger, Ezio Marano, Luciano Rossi, Ugo Sasso, Remo Capitani, Riccardo Pizzuti, Paolo Magalotti, Vito Gagliardi, Antonio Monselesan, Gaetano Imbró, Franco Marletta, Luigi Bonos, Roberto Alessandri, Artemio Antonini, Fortunato Arena, Dominic Barto, Giancarlo Bastianoni, Omero Capanna, Nazzareno Cardinali, Angelo Casadei, Felice Ceciarelli, Michele Cimarosa, Alberto Dell’Acqua, Arnaldo Dell’Acqua, Roberto Dell’Acqua, Mario Dionisi, Alberigo Donadeo, Paolo Figlia, Lorenzo Fineschi, Augusto Funari, Mel Gaines, Gilberto Galimberti, Oscar Giustini, Jess Hill, Alba Maiolini, Emilio Messina, Osiride Pevarello, Herman Reynoso, Thomas Rudy, Sergio Smacchi, Sergio Testori, Pietro Torrisi, Bruno Ukmar, Franco Ukmar e Marcello Verziera.

1 comentário em “Resenha do filme Trinity é o Meu Nome (1970, Enzo Barboni)”

  1. Eu adoro esse filme. Aliás, eu vi a entrevista dos Trapalhões com a dupla Bud e Terence. Perfeitamente, um dos crossovers mais icônicos do Mundo. Eu só me interessei em Western Spaghetti, ao assistir Django Livre!. Depois, meu gosto requintado por cinema só multiplicou.

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